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Marcelo Soares Bertocco:
Caro Prof. Ronaldo, ao se trabalhar com patência apical e obturação termoplastificada, qual a maneira ideal para se evitar um extravazamento acidental de material obturador para a região periapical, mesmo não colocando cimento na popnta do cone principal. Um abraço e obrigado

Marcelo, a instrumentação do canal gera a formação de raspas de dentina, que não só constituem a parte inorgânica da camada residual (smear layer) como também tendem a se acumular nas porções finais do canal. Isso pode levar à formação do tampão apical de raspas de dentina, ocorrência registrada na literatura por vários trabalhos, inclusive alguns de nossa autoria. O tampão pode interferir em alguns momentos do tratamento endodôntico, entre os quais o da obturação. Não cabe discutir aqui outras eventuais conseqüências, mas, sabe-se, por exemplo, que ele tem a capacidade de evitar ou diminuir extravasamentos de material obturador. Uma vez que a patência apical minimiza ou mesmo elimina o tampão, pode favorecer a extrusão de material obturador. Independente disso tenha em mente que com a obturação termoplastificada há sempre uma tendência maior de extravasamentos, com ou sem patência. Para diminuir essa possibilidade um recurso é o que você falou, não levar cimento na ponta do cone, mas a própria guta percha plastificada pode extravasar. Um outro seria “controlar” a plastificação no terço apical, mas perceba que essa é uma alternativa que de uma certa forma se opõe à idéia da plastificação da guta percha, que é faze-la principalmente neste terço do canal.

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