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Polyana Firmo Silva:
Professor,
Estou com um caso complicado e não sei mais que conduta seguir,preciso de um “help”. Inclusive atendi o paciente hoje e até cheguei a sugerir cirurgia para a resolução do quadro.
Trata-se de um 26 de uma paciente do sexo masculino, 56 anos.O paciente foi encaminhado para tratamento de canal por um colega. O dente estava fechado com ionômero de vidro e bolinha de algodão, segundo o paciente havia três meses.Ao abrir o dente verifiquei que não havia exsudato e como disse tbm não havia lesão, pelo menos visível radiograficamente.Instrumentei o dente, porém não consegui ascessar o forame dos canais vestibulares, somente do palatino e fiz limpeza de forame, deixei com hidróxido de cálcio por um mês e fechei o canal
Porém, após um mês e quinze dias já com o dente preparado para colocação de uma prótese( o dente juntamente com o 24 serão pilares de uma prótese fixa para substituir o elemento 25 que foi perdido segundo relato do paciente devido a fratura de uma lima no interior do conduto que gerou um abcesso que regredia com medicação mas voltava algum tempo depois que a mesma era suspensa) o paciente me procurou com abcesso sem fístulação no palato que ao ser pressionado drenava pelo sulco do 26.Antes ele havia passado pelo colega protesista que receito Parenzime tetraciclina e Lysador.Quando o paciente chegou a mim já nãi estava tomando mais essa medicação, não havia mais dor porém o abcesso ainda era presente.
Eu desobturei os condutos, porém não houve drenagem atráves do conduto palatino, realizei novamente a limpeza de forame neste conduto, tentei novamente acessar o forame dos canais vestibulares e novamente não tive sucesso.Preenchi os condutos com hidróxido de cálcio, realizei raspagem de uma bolsa periodontal que havia se formado na mesial( já existia um espessamento na parede mesial da raiz mésio-vestibular), iriguei com clorexidina e receitei Amoxicilina 500mg associada ao metronidazol 400mg; reavaliei o paciente com 15 dias o abcesso havia desaparecido, a bolsa diminui à sondagem….porém o paciente viajou e um mês após minha intervenção o quadro de abcesso voltou.
Estou  pensando em deixar alguns dias com o hidróxido de cálcio, fechar e encaminhar para a cirurgia.O que me deixa insegura é que o paciente já perdeu um dente segundo ele por processo igual a esse e esta bastante apreensivo quanto a resolução do quadro.
Notei ao analisar as radiografias que a cicatrização do alvéolo do dente 25 está ocorrendo de maneira que uma pequena imagem circular radiolúcida em local próximo de onde se localizava o ápice do dente persiste.Será que se trata de um cisto residual? E se for será ele capaz de provocar essa agudização?
Ronaldo, sei que seu tempo é bastante corrido, mas se puder me responder logo( se não for muita indelicadeza minha lhe pedir isso) iria me dar mais segurança para definir a conduta.
Abraços,
Polyana

Polyana, ponha um periodontista para também avaliar o caso e checar melhor o envolvimento periodontal e veja a possibilidade de existir alguma fissura/fratura nesse dente. Faça palpação e percussão vertical e horizontal para ver se detecta algo diferente (dor, inchaço, etc). Sonde com o paciente se ele lembra de algum estalido (se ouviu algum barulho diferente ao mastigar alguma coisa mais dura). Quanto a uma nova intervenção, que vai depender das orientações acima, quando fizer outra instrumentação faça a remoção da camada residual como lhe orientamos no curso, dê um tempo maior de ação para o EDTA e hipoclorito de sódio. Quando essa intervenção for feita, procure faze-la com o paciente já sob medicação sistêmica (pode ser a mesma que você usou) e mantenha por cerca de sete dias. Dê um retorno.

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