Revista americana Forbes mostra a corrupção da VEJA com Carlinhos Cachoeira

Há muito tempo falo sobre o envolvimento da Revista Veja (Editora Abril) com a corrupção, que veio à tona no recente episódio que a envolvia com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
 
A CPI de Carlinhos Cachoeira, como ficou conhecida, mostrou documentação farta de todo o envolvimento da Veja com o bicheiro e autoridades do PSDB, como Marconi Perillo, governador do Estado de Goiás.
 
A CPI planejava chamar alguns jornalistas envolvidos com o bicheiro para prestar esclarecimentos, entre os quais Policarpo Jr., Editor Chefe da Veja em Brasília, e o próprio Roberto Civita, dono da Editora Abril. Surgiu então o famoso jantar. A imprensa, tão preocupada com a liberdade de imprensa, tentou esconder o episódio, mas não conseguiu impedir que a notícia vazasse.
 
Segundo foi noticiado, um dos filhos do falecido Roberto Marinho e proprietário da Rede Globo pegou o seu jatinho e teria ido jantar em Brasília com a cúpula do PMDB, entre os quais o Vice-presidente da República, Michel Temer. Deixou bem claro que não queria que nenhum jornalista fosse chamado para depor na CPI, muito menos Policarpo Jr. e Roberto Civita. Se isso acontecesse eles iam enfrentar a fúria da imprensa, particularmente da Rede Globo. Desnecessário dizer que todos os membros do PMDB votaram contra o convite a ambos para prestarem depoimento.
 
O relatório final da CPI indiciou todos eles, mas não foi nem votado.
 
 
Casos como esse têm acontecido e têm sido denunciados com frequência, entretanto, como não são divulgados pela Rede Globo, Veja, Folha e Estadão, os meios de comunicação afinados com a elite brasileira, todos fazem de conta que nada sabem. Os corruptos são os “outros”.
 
Porém, agora, quem diria, a revista americana Forbes mostra claramente o vergonhoso envolvimento da Veja com a corrupção. É claro que ninguém soube disso nem vai saber. Ou você por acaso viu isso no Jornal Nacional? Tem alguma dúvida de que se fosse com os “outros” não haveria espaço para as tradicionais manchetes escandalosas durante pelo menos uma semana inteira no Jornal Nacional?
 
Da mesma forma que com vários outros episódios de corrupção patrocinados pelo consórcio mídia/oposição, também deste ninguém saberá.
 
Abro um parêntese. Já falei algumas vezes aqui no site obre o livro A Privataria Tucana. Pois bem, há muito tempo cópias desse livro já foram entregues e protocoladas junto ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, e nada, absolutamente nada, nenhuma providência foi tomada. O livro mais documentado e mais vendido no Brasil foi simplesmente ignorado pelo Procurador Geral da República e por toda a imprensa. Por que será? 
 
Fechando o parêntese, da mesma forma, a imprensa, não aquela comandada pela Globo, já denunciou vários episódios (devidamente documentados) de envolvimento do Procurador Geral da República com esquemas pesados. Quem ficou sabendo?
 
Segue abaixo a tradução do Google feita por um leitor da reportagem da Forbes. Fui ver o original antes de posta-la. Se você quiser ler o original, clique aqui http://www.forbes.com/sites/andersonantunes/2013/05/27/billionaire-roberto-civita-brazilian-media-baron-dies-at-76/ 
 
 
Bilionário Roberto Civita, brasileiro Mídia Barão Morre Aos 76 anos
 
Bilionário brasileiro Roberto Civita, o chefe de um dos maiores conglomerados de mídia da América Latina, morreu no domingo, depois de passar mais de 60 dias em um hospital de São Paulo devido a complicações de um aneurisma, de acordo com o seu grupo de media, Abril. Ele tinha 76 anos.
 
O filho de Victor Civita, fundador da Abril, em 1950, Roberto Civita assumiu a empresa em 1990, quando seu pai morreu. Abril emprega atualmente mais de 7.000 pessoas, e inclui a Editora Abril, que publica algumas das maiores revistas do Brasil, ea capital aberto Abril Educação.
 
Nascido em Milão, em 1936, Roberto e sua família se mudou para os Estados Unidos logo depois, onde ficaram por cerca de uma década. Durante uma visita ao Brasil, seu pai decidiu liquidar seus negócios lá, ea família mudou-se novamente, desta vez para São Paulo.
 
Civita inicialmente fundou a sua editora como Editora Primavera (Primavera de Publicações), a publicação de um comediante italiano sucesso chamado Raio Vermelho (Red Ray). Mais tarde, ele renomeou Abril (abril), fazendo referência ao mês em que começa a primavera no hemisfério norte, e publicou o seu primeiro título, o Pato Donald, que continua a correr até esta data. Primeira revista da Abril levou Civita para reivindicar "Tudo começou com um pato", parodiando a declaração de Walt Disney que "Eu só espero que nós nunca perder de vista uma coisa:. Que tudo começou com um rato"
 
Roberto trabalhou durante 18 meses como estagiário na Time Inc. sob Henry Luce antes de reivindicar sua posição no negócio editorial da família. Ele estudou física nuclear e de partículas na Universidade de Rice, além de estudar jornalismo na Universidade da Pensilvânia, e tinha uma licenciatura em Economia pela Wharton School. Ele também tinha um diploma de pós-graduação em sociologia na Universidade de Columbia.
 
Em 1968, ele fundou a Veja. Hoje Veja é a maior revista do Brasil e do best-seller revista semanal fora dos Estados Unidos, com uma tiragem de mais de 1 milhão. Apesar de amplamente lido, a publicação é também um dos meios de comunicação mais odiados do Brasil, devido ao seu conteúdo editorial de direita alegada cheio de políticos lançadores de bombas e sua clara oposição ao governo do Partido dos atuais trabalhadores.
 
Em 14 de maio de 2005, a Veja publicou uma reportagem descrevendo um esquema de corrupção aparente no serviço postal brasileiro. A revista narrou uma gravação de vídeo de 110 minutos, feito com uma câmera escondida, que mostrou um ex-Diretor de Pós aparentemente recebendo uma propina de um empresário. O incidente desencadeou o escândalo agora conhecido como "Mensalão", que abalou o governo do então presidente Luis Inácio Lula da Silva, e foi seguido por uma série de relatórios devastadores semelhantes.
 
Mais recentemente, Veja se envolveu em corrupção e uma sonda de lavagem de dinheiro, que rompeu com a prisão em fevereiro de 2012 de Carlos Augusto Ramos, mais conhecido como Carlinhos Cachoeira (Charlie Waterfall), que supostamente usado para executar uma raquete de jogos de azar no estado de Goiás. Um rosto familiar na política brasileira, Chachoeira também foi uma figura-chave do caso Mensalão. Mas, enquanto vários funcionários foram demitidos, ele caminhou livre. Congresso do Brasil criou uma comissão especial para investigar o assunto, que incluía um calendário de audiências de pelo menos 167 convocações. Um dos editores da Veja foi um dos primeiros na lista.
 
Ironicamente, foi durante o governo do Partido dos Trabalhadores que Abril experimentou seu maior crescimento econômico. Em 2006, a Naspers da África do Sul adquiriu 30% de Abril para 422,000 mil dólares, incluindo os 13,8% que pertenciam a Capital International, um fundo de investimento. Então, em 2011, Abril Educação, uma empresa de educação que oferece cursos pré-universitário primário, secundário e, assim como a educação com foco editoras, veio a público. A empresa, em que a família Civita é dono de uma participação majoritária, tem uma capitalização de mercado de mais de 5,7 bilhões dólares no mercado.
 
No início deste ano, Roberto e sua família foram listados pela primeira vez na lista de bilionários da Forbes do mundo, com um patrimônio líquido estimado em US $ 4,9 bilhões. Além de sua posição como CEO da Abril, Roberto também foi o presidente da Fundação Victor Civita, criada em 1985 para melhorar
a educação básica no Brasil. Ele deverá ser substituído por seu filho, Giancarlo Civita, na gestão de operações da Abril.
 
A notícia da morte de Roberto Civita vem poucos dias após o falecimento do jornalista Ruy Mesquita, editor do influente jornal "O Estado de S. Paulo", que morreu em 22 de maio. Os dois homens foram considerados os últimos verdadeiros barões da mídia no Brasil, um título que ganhou graças à sua influência no país e sua política há mais de seis décadas.
 
"Quanto mais independente do governo, maior a contribuição da imprensa e da livre iniciativa para o seu desenvolvimento. O leitor é o único responsável das coisas ", Roberto Civita costumava dizer.
 

Ele não só ficou com essa afirmação, mas ele praticou e, mais importante, deixou como seu legado.