Por Ronaldo Souza
Confesso que cheguei a pensar que no jogo contra o Vasco ele jogaria melhor.
Rio de Janeiro, jogar contra o time de maior visibilidade na série B, motivações a mais para qualquer jogador.
Mas Thiago Ribeiro não é qualquer jogador.
É um jogador especial.
Pelo menos deve ser assim que ele se vê.
Thiago Ribeiro não reage.
Não vibra.
Titular absoluto, não era substituído, jogava toda a partida.
Agora substituído, não reclama.
No jogo das minhas esperanças de alguma possibilidade de mudança de atitude (Rio de Janeiro, time de maior visibilidade na série B), não o vi em campo.
Ouvi seu nome uma única vez na narração em um lance típico de alguns jogadores.
De maneira tola, fez uma falta no lado esquerdo da defesa do Bahia junto à bandeirinha de escanteio, num jogador que estava de costas para o gol, com alguma dificuldade de sair da marcação.
O juiz marcou, parou o lance, o jogador do Vasco ajeitou a bola para bater a falta, agora de frente para o gol.
Ausente do lance Thiago Ribeiro estava, ausente ele continuou.
E “saiu” do lance.
Abandonou o local do crime.
Sem um único gesto de contrariedade.
Jogador sem alma.
Combina com um time como o Bahia?
Sem chance.
Como entender que Doriva ainda não viu isso?
Está jogando no nome.
Será que Doriva não percebeu que o time ganha mais vida sem ele?
Parece que seu contrato é até o final deste ano.
Li há cerca de quatro dias que Marcelo Sant’Ana, presidente do Bahia, deseja estender o seu empréstimo até final de 2017.
Presidente, quer um conselho?
Não estenda.
Antecipe.
Mais uma Bahia
Mais uma partida em que o Bahia sofre com arbitragem.
O jogo foi atípico.
Tarde inspiradíssima de Nenê.
Daquele jeito pode ir para as próximas quinze Copas do Mundo.
Ao contrário, não era a tarde de Marcelo Lomba.
Falhou clamorosamente nos dois primeiros gols.
Apesar de muito bem batida, falhou um pouco também no quarto gol, o de falta, ao oferecer todo seu canto esquerdo e se posicionar mal. Não daria, como não deu, para chegar a tempo na bola.
E no terceiro gol, a ducha bem fria (o Bahia tinha acabado de empatar).
Ali estava o Bahia sofrendo outra vez com arbitragem.
Não foi só o pé, a bola e Pikachu (lateral direito do Vasco) quase saem do estádio, mas o bandeirinha achou que não houve nada.
Vi o jogo pela TV Brasil (TV Educativa).
O repórter de campo falou.
“A torcida do Vasco não vai gostar do que vou dizer, mas a bola de Pikachu saiu”.
Ele se referia ao lance em que Pikachu esticou a perna, saiu do campo, pegou a bola e voltou com ela para dar um drible em João Paulo Cunha (tremenda bobeira) e passou para Nenê.
Mesmo não conseguindo disfarçar a torcida pelo Vasco, somente o narrador achou que a bola não saiu. Os dois comentaristas acharam que sim.
Na cara do bandeirinha.
E aí o gol.
Fiquei com dúvida em outro lance também importante, mas não foi colocado no vídeo.
Não consegui “pegar” o vídeo da TV Brasil. Trabalhei no do Globo Esporte.
Veja.
Mais uma complicação da arbitragem.
Presidente Marcelo, posso dar outro conselho?
Pegue o dinheiro da antecipação do contrato de Thiago Ribeiro e compre alguns árbitros.
O Bahia vai precisar.