Por Flavio Furtado de Farias, no Partido da Imprensa Golpista
Eles morrem de ódio. Tremem. Quase choram mesmo. O ódio os consome. Fervilha em seus fígados, o desejo de fazer sofrer. Devem impingir dor. Pespegar humilhação. Coagir o corpo e a alma. E tirar-lhe a liberdade, neste momento, era a única coisa a fazer. Enfiá-lo em uma cela, depois de desfila-lo para o alto da “Praça da Lampadosa”. Gostariam de coloca-lo sobre um patíbulo, abrindo-lhe o cadafalso, com a louca vontade de parti-lo em quatro. Enfiar-lhe-iam uma lança se possível. Na impossibilidade, após o escárnio, encarcera-lo já os regozijaram. Mas, qual não foi a decepção de que o punho no alto fechado, um punho como o de Madiba, socasse-os nos flancos. Arretaram-se. Enlouqueceram. Exigiram mais dura pena. E realizaram. Os olhos inflamaram quando viram o apoio que ainda recebia. Tiniram. Reviraram a noite sem entrecruzar os cílios. Diante dos braços estendidos a ele, proibiram. Descomporam-se. Doestaram. Pois no calvário imposto ainda era convocado. Ofereceram-lhe um labor e digna paga. Um tapa na cara daqueles invejosos. Corroeram-se. Proibiram. Esbandalharam. Atingi-lo a fundo. Amolga-lo era o sedento desejo dos detratores. A cinza em suas bocas. Os amigos levaram-lhe leitura. O mundo em páginas. O universo para um viajante. Cada letra derruba uma parede. Arranca uma barra de ferro. Faz o tempo no cárcere voar, e o espírito é livre. Não suportariam eles vê-lo voar. Era necessário desala-lo. Recolheram os pergaminhos. E prepararam-se para cachinar. Tolos. Nunca aprenderão que, o homem livre, é impossível prendê-lo.