Marina e Itaú, juntos, sem pudor

 
Itaú lança a Rede para embalar a candidatura Marina
 
Por Fernando Brito, no Tijolaço
 
Quando você pensa que já viu de tudo, a política brasileira mostra que vai além da mais criativa imaginação.
 
E da mais absurda cara-de-pau.
 
A Redecard, de operadora de cartões de crédito de  propriedade do Itaú – cuja herdeira, Maria Alice Setúbal, é braço direito de Marina Silva, mudou seu nome para…Rede!
 
Vejam que maravilha: a Rede de Marina Silva não tem direito aos míseros segundos de propaganda eleitoral, mas passou a ter a possibilidade de ter seu nome veiculado, farta e remuneradamente, pelo Itaú.
 
O espectador verá a Rede, com ou sem decisão do TSE.
 
É obvio que os altos dirigentes do Itaú participaram desta decisão e não são idiotas que não percebessem a implicação da identidade do nome com a Rede Sustentabilidade e com a “patroa” amiga de Marina.
 
Se isso saiu, saiu com sinal verde – sem trocadilhos – da outra Rede.
 
O diretor da empresa que “criou” a marca Rede, Milton Maluhy Filho, explica, candidamente, a razão:
 
“Rede remete à tecnologia, agilidade e modernidade ao mesmo tempo em que cria para a marca uma personalidade jovem e conectada. Uma Rede que conecta pessoas e empresas, mudando a experiência de consumo”, afirmou o executivo, em comunicado oficial.
 
Qualquer semelhança com o discurso marinista será mera coincidência?
 
Marina, graças a isso, será não apenas a candidata do banco, mas o próprio banco em campanha.
 
Nem com Fernando Henrique a caradura era tanta.
 
Em lugar de Banco do Brasil, temos o “Brasil do Banco”.
 
Com o Itaú garantindo a Sustentabilidade da Rede.
 
E os brasileiros pagando a fatura.