Além da previsibilidade do DNA

Grampinho e o DNA

Por Ronaldo Souza

A gestão de Lídice da Mata na prefeitura de Salvador (1993 – 1997) deixou uma convicção; a de que teria sido se não a melhor uma das melhores que a cidade já teve, inclusive quando comparada com a atual, da qual ganha sem dificuldade.

Explico o “teria sido se não a melhor…”, porque aos olhos de alguns não foi.

Por que acham não foi?

Comenta-se desde a época que não foi porque Antônio Carlos Magalhães não teria deixado.

Diz-se desde então que o então poderoso governador da Bahia fez de tudo para atrapalhar a administração Lídice da Mata.

Como Salvador sofreu!

Um jeito de governar?

Da mesma fonte, o povo da Bahia, sempre chegaram notícias desse jeito especial de governar de “painho”, como também era conhecido o governador, tido por alguns como o “protetor da Bahia”.

Notícias, diga-se de passagem, que mostravam uma maneira esquisita de proteger a Bahia.

Roberto Santos, governador da Bahia que antecedera um dos mandatos de ACM, entre outros deixara como legados importantes do seu governo o Hospital Roberto Santos e o Parque Metropolitano de Pituaçu.

Sem dúvidas, obras importantes para o estado e sua população.

Não se pode dizer que Roberto Santos e ACM eram amigos, muito pelo contrário.

E as notícias diziam que a Bahia teria pago um preço alto por conta dessa relação.

Para ficar nesses dois exemplos, segundo elas tanto o Hospital Roberto Santos quanto o Parque Metroplitano de Pituaçu teriam sido abandonados por ACM.

Seriam verdadeiras as notícias?

Como que a confirmar, uma coisa era visível; a deterioração de ambos.

Um pecado imperdoável.

Nomes e sobrenomes não são simplesmente passados para os descendentes. Eles trazem consigo muito mais do que isso.

Um dos grandes problemas de nomes que são passados de pais ou avós para os descendentes é a inevitável comparação sobre várias características; o jeito de ser, por exemplo.

Além da beleza do arranjo da sua molécula, aquela fita dupla em forma de espiral como nos acostumamos a vê-la, o DNA significa muito mais.

É uma marca da qual não se foge.

E se o DNA marca, muito mais marcam nomes e sobrenomes.

O uso do “Filho, Júnior, ou Neto” atrelado ao nome não tem sido recomendado por estudiosos do tema ao longo dos anos.

O peso pode ser muito grande.

Diferentemente do DNA, detectável somente diante de exames laboratoriais, nomes e sobrenomes estão à vista, saltam aos olhos.

Nomes e sobrenomes trazem à luz o que só exames laboratoriais conhecem; a herança genética.

O resultado pode ser trágico.

Explica o porquê de ser e fazer de cada um.

E isso, mesmo com grande esforço, dificilmente se consegue esconder.