Ato contra a Globo na Bahia

ATO CONTRA A GLOBO! Veja a matéria completa aqui Rede Bahia, mentira todo dia

NA PORTA DA REDE BAHIA: Assembleia Popular Pela Democratização da Comunicação.

Salvador, 11 de julho, às 10 horas.

“A Globo na Bahia se transformou no instrumento político no combate à oposição. Sempre que um oposicionista conseguiu se eleger, foi massacrado pela Rede Bahia, que o Roberto Marinho e a Rede Globo sabem perfeitamente ser um instrumento político a serviço de Antônio Carlos Magalhães” (João Carlos Teixeira Gomes, Jornalista).

“O povo não é bobo, fora Rede Globo” (grito que ecoou nas manifestações recentes em nosso país, que levaram milhões de homens e mulheres às ruas).

“Rede Bahia, Mentira Todo dia” (se ouviu nas manifestações em Salvador).

A Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão tem a sua história marcada por escândalos e corrupção. O império consolidado por Antônio Carlos Magalhães foi construído quando o ex-senador se encastelou no Ministério das Comunicações durante o Governo de José Sarney, em 1986, com o objetivo de formar uma rede de alianças midiáticas sob a direção da sua família e grupo político, para dominar a política no estado da Bahia e perseguir a oposição.

A Rede Bahia controla os meios de comunicação de massa em nosso estado e impede que o povo trabalhador tenha acesso à informação sadia e de qualidade, inviabilizando a ampliação da democracia no país e na Bahia. Atrelada a um passado sombrio, a Empresa se beneficiou de trapaças e ilegalidades nas concessões de radio e TV, operadas pelo então Ministro ACM.

Hoje, a Rede Bahia comanda 10 grandes veículos de comunicação de massa: 7 emissoras de TV, duas rádios FM e um Jornal impresso. Esses instrumentos supostamente voltados a comunicar, estão à serviço de uma ideologia reacionária, atrelada aos interesses das elites dominantes em nosso país e no estado da Bahia. Através da Rede Bahia o povo é cotidianamente bombardeado com manipulações voltadas a criminalizar os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade; tipifica os jovens negros e negras das periferias como “inimigos padrões”; promove a mercantilização da vida e corpo das mulheres; impedem que as pautas populares sejam veiculadas; persegue funcionários que não se adaptam às suas idéias reacionárias e estão à serviço de setores que querem destruir as conquistas democráticas dos últimos 10 anos.

A Rede Bahia integra as Organizações Globo, maior conglomerado midiático da América Latina e um dos maiores do mundo, e estão presentes em praticamente todas as formas de mídia: jornais, revistas, rádio, internet, televisão (aberta e fechada), música e cinema. Propriedade da família Marinho, o grupo controla a maior rede de televisão do País, a Rede Globo de Televisão. Em torno dela está formada uma cadeia composta por 121 emissoras de TV entre geradoras (06) e afiliadas (115), com uma cobertura que alcança 5.441 municípios brasileiros e um público estimado em 159 milhões de espectadores. À rede de televisão dos Marinho orbitam 204 veículos de comunicação, distribuídos por 89 TVs VHF e 08 UHF, 34 rádios AM e 53 FM, além de 20 jornais.

A Rede Globo e a Rede Bahia estão diretamente envolvidas no período nefasto da Ditadura Militar (1964-1985) em nosso país, que cumpriu o papel de entregar as nossas riquezas para o capital estrangeiro, perseguir, torturar e assassinar uma série de lutadores e lutadoras que queriam ver brotar a democracia em nosso país.

Nesse momento, pesa sobre a Rede Globo a revelação de que houve irregularidades na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 pela emissora, que teve que pagar R$ 270 milhões à Receita Federal, apesar de mentir, negando a sonegação fiscal. A Rede Globo e a Rede Bahia tremem de medo e ódio quando as organizações populares e movimentos sociais de comunicação afirmam a necessidade da Democratização dos Meios de Comunicação em nosso país.

No momento da Assembléia Popular pela Democratização dos Meios de Comunicação, coletaremos assinaturas para a proposta de iniciativa popular de uma nova lei geral de comunicação. O projeto trata da regulamentação da radiodifusão e pretende garantir mais pluralidade nos conteúdos, transparência nos processos de concessão e evitar os monopólios. Democratizar a comunicação no país é batalha fundamental de todos os lutadores e lutadoras do povo e se insere na disputa pelas reformas estruturais em nossa sociedade. Em torno das lutas fortaleceremos a construção de um Projeto Popular para a Bahia e o Brasil.