A dor passa?

Carolina:
Olá minha dúvida é a seguinte: Fiz a endodôntia do dente 47 de um paciente, que foi realizada porque o mesmo apresentava dor pulsátil e espontânea devido a uma cárie profunda que já havia sido removida e feita restauração. Pois bem fiz o canal, localizei os 3 canais procurei um quarto canal mas achei, porém o mésio lingual era muito atrésico, não entrava gattes consegui apenas limar. Agora o paciente se queixa de dor espontânea e ao mastigar. Já prescrevi nimesulida, celestone, e dipirona mas quando para a medicação ele diz q continua a dor isto a 2 semanas. Gostaria de uma sugestão, vou ter que retratar o canal? Obrigada

Carolina, se for somente dor pós-operatória em caso de polpa viva, em princípio não precisa retratar. Quais foram os limites apicais utilizados, se você já obturou houve extravasamento de material obturador? Pode ser um quarto canal (não entendi se você achou ou não). Outras informações são necessárias.

Qual é a hora certa?

Veruschka:
Olá,Prof.Estou com uma duvida em um caso clinico,que chegou até a mim por conta de dor na UD 21,indicada por uma ortodontista.Porém quando radiografei constatei lesão periapical nas UD 12,11 21.Instrumentei os canais,e tratei com Caoh PA,no momento não ha mais sintomalogia,mas as lesões naõ regrediram totalmente.Devo esperar ou posso obturar.Corre risco de reabsorção?

Veruschka, a imagem da lesão periapical demora alguns meses para desparecer, portanto, tendo sido feito o controle de infecção (que se consegue com um bom preparo do canal), pode obturar. Nessas condições, se houver reabsorção será nos níveis normais inerentes à correção ortodôntica, se esta for bem conduzida.

Previsões para o Ano Novo

Fim de ano, ano novo chegando, momento propício para se avaliar o que foi feito, o que ficou por fazer, sacudir a poeira e começar de novo. Tudo será replanejado.

Alimentação agora só nutritiva, balanceada, nada de MacDonalds (no máximo 5 vezes na semana). Malhar todos os dias, inclusive a vida dos outros (faz um bem enorme para diminuir o estresse). Andar todos os dias (com um carro legal é tudo de bom). Mulher só com barriguinha de tanquinho, mulher feia… veja mais

Nova turma de especialização

No dia 06/11/2009 fizemos a seleção para a nova turma de especialização. Foram vinte inscritos para as doze vagas. Queremos agradecer a confiança que todos esses colegas depositaram no nosso curso e confirmar com aqueles que não foram classificados que numa próxima turma teremos o maior prazer em recebe-los.

Veja abaixo a relação dos classificados:

Camila Coimbra Pereira
Daniela Cristina Diniz Ferreira
Débora Maria Oliveira Cruz
Eliane Ferreira Campos
Gabriel De Souza Petró
Gabriela Martins Rodrigues
Igor Ricardo Fróes Cândido
Jenila Pinto Costa
Marcela Rocha Silva
Maria Fernanda Teixeira Bastos
Paula Silva Borges
Simone Cerqueira Cardoso

Extravasamento de hipoclorito de sódio

Rachel Zanoni:
Gostaria de saber qual a conduta no caso de extravasamento de hipoclorito de sódio…tenho um caso em que o rosto da paciente inchou em menos de 2 horas…a solução usada foi a 1%…

Rachel, vou repetir o mesmo texto que postei em 29/12/2007 em resposta à Caroline Santana. O extravasamento do hipoclorito de sódio promove grande destruição tecidual, cuja intensidade dependerá basicamente de dois fatores; o volume extravasado e a concentração da solução. Deve-se ter em mente, porém, que mesmo em baixas concentrações há injúria grave. No momento do extravasamento, o paciente pode acusar a sensação de “queimação” e inchaço imediatamente após. Procure irrigar bastante com soro fisiológico e faça uma boa aspiração via canal. São comuns a necrose tecidual e formação de feridas na mucosa, que precisam ser muito bem higienizadas. Deve-se afastar a possibilidade de infecção, por isso é usual a prescrição de antibióticos, além dos analgésicos. A aplicação de gelo externamente na face pode ajudar a diminuir as dores do paciente. O período de manifestação dos sinais e sintomas é variável, também dependente do grau de injúria. Sobre esse tema, permita-me sugerir a leitura de um dos nossos artigos anteriores aqui no blog – Cuidado com o hipoclorito de sódio.

Medicação intracanal somente?

Luciana:
Paciente com dor aguda, mordida profunda, dente com mobilidade e testes de vitalidade negativo. Foi feita a cirurgia de acesso e colocado medicação intra canal. Depois de 24hs, paciente com dor, o dente foi aberto e drenou muito puz, após 5 consultas decidi deixar o dente aberto e entrar com amoxicilina. Após 15 dias o dente ainda continua drenando via canal muito puz… O q ue fazer? Obrigada

Luciana, entendi que você não fez o preparo do canal, é isso? A colocação de medicação intracanal, seja ela qual for, só deve ser feita após o preparo do canal. É este quem remove a causa da patologia. A medicação intracanal entra como um complemento. Prepare o canal com hipoclorito de sódio (no mínimo a 2,5%) e EDTA, limpeza ativa do forame e faça medicação com hidróxido de cálcio. Esse procedimento pode ser repetido em função de cada caso.

Extravasamento de cimento obturador

Queila:
Olá Professor Ronaldo. Em primeiro lugar desejo parabenizá-lo pelo circuito de endodontia em Salvador. Estive presente e gostei muito. Tenho uma pergunta a fazer. Chega um paciente em meu consultório e através de exame radiográfico percebo que uma unidade dentária apresenta tratamento endodôntico e extravasamento de cimento obturador. Qual deverá ser a minha conduta? Desde já agradeço a atenção. Abraços.

Queila, permita-me concordar com você. Por absoluta falta de tempo ainda não falei do Circuito Nacional de Endodontia – Etapa Bahia aqui no site e no blog, mas foi muito bom. Recebi vários comentários como esse. Obrigado pelo seu. Quanto ao extravasamento, infelizmente, você vai se deparar com isso cada vez mais. Lamento que essa concepção absurda da necessidade de extravasamento de material obturador esteja se difundindo. Tenha em mente o seguinte. Se o dente estiver “sem problema”, não mexa. Se precisar retratar o canal (lesão periapical que persiste, presença de fístula…), retrate. Você não vai conseguir remover o cimento extravasado, mas retrate, não faça cirurgia parendodôntica. O extravasamento não contribui em nada para o sucesso, mas não é causa do insucesso. A presença dele, isso sim, impede o reparo que o verdadeiro endodontista busca, nos três níveis (clínico, radiográfico e histológico), mas geralmente não deve impedir o radiográfico.

Uma ocorrência comum?

Regina:
Obturei o canal do  36,e ele apresentou dor somente após 3 a 4 dias.Dor à percussão vertical e dor esponânea.Não há contato prematuro e não há extravasamento de material.O que pode ser?Gostaria muito que me desse alguma ideia do que pode ser.
Obrigada

Regina, precisaria de mais informações. A obturação nos limites finais do canal, mesmo sem extravasamento, é um fator de agressão. O tecido pulpar não totalmente removido é outro fator que pode gerar dor. Um canal extra. Examine também a possibilidade de fratura, um fenômeno que ocorre com alguma fraquência.

Selamento provisório

Dr. Pablo:
Caro Professor, parabéns por este site. A distância o sr acaba ajudando muitos pacientes e dentistas. Gostaria de saber a sua posição quando ao tipo de material restaurador provisório em duas situações: um simples acesso coronario e para uma ampla restauração subgengival? Paralelo a isso gostaria de saber qual o tempo máximo entre consultas q vc costuma deixar o curativo. Desde já agradeço pela atenção.

Pablo, acredito que você está falando para usar entre as consultas do tratamento endodôntico. Lembre que são materiais provisórios, portanto, não devem permanecer por muito tempo. O IRM oferece boa resistência aos impactos mastigatórios, mas não é um bom selador. Materiais como Coltosol, Cimpat… são melhores como seladores mas não resistem bem aos impactos mastigatórios. Faça a opção de acordo com a necessidade de cada caso. Sempre que possível, uma solução interessante é o selamento duplo ou triplo (geralmente, o primeiro é mais viável). Lembre também que há uma alternativa muito boa que é o ionômero de vidro. Quanto ao tempo máximo entre as consultas, é variável, depende de cada caso. O endodontista deve fazer sempre uma pergunta: o que eu quero do procedimento? Sendo estimulado a pensar assim, ele não ficará preso a regras (condenáveis na Ciência, que precisa de reflexão) e, o mais importante, ele começará a definir os seus próprios caminhos.