Circuito Nacional de Endodontia – Etapa Bahia Aviso importante

Oi pessoal, como voces já devem saber, a inscrição no Circuito Nacional de Endodontia – Etapa Bahia é feita aqui mesmo no site (veja aqui). Assim que a ficha de inscrição é preenchida e enviada, automaticamente o colega recebe um e-mail com os dados da conta corrente onde o valor da inscrição deve ser depositado. Ocorre que alguns colegas que já se inscreveram enviaram o comprovante de depósito mas sem a indicação do seu nome. Já estamos corrigindo pedindo que ponham o nome e enviem novamente, para melhor controle e identificação das inscrições. A quantidade de inscrições está aumentando cada vez mais e ficará bem mais difícil identificar e fazer esse controle depois.

Faço esse pedido: quando enviarem o comprovante, por favor ponham o nome. No próprio ato da inscrição essas informações já são dadas, mas reforço aqui: o comprovante pode ser enviado por FAX (71.3358-5396) ou escaneado e enviado por e-mail (ronaldoasouza@lognet.com.br). Além disso, guardem e tragam quando vierem para o evento para agilizar a entrega do crachá.

Até o Circuito Nacional de Endodontia – Etapa Bahia. Aqui nos veremos.

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Heneias Oliveira:
Estou com um caso de reabsocao externa vestibular no elemento 24, tratado endodonticamente a mais de um ano. Foi colocado nucleo metalico e coroa. A reabsorcao se localiza no terco medio. Qual sua opiniao sobre um possivel tratamento para esse caso? Obrigado.
Parabens pelos seu trabalhos!

Heneias, se a reabsorção está no terço médio imagino que está em contato com tecido ósseo (não há comunicação com o meio bucal por uma bolsa periodontal, por exemplo). Nesse caso, sugiro remoção da prótese, esvaziamento do canal (se a região periapical estiver normal, o esvaziamento pode ser feito somente até um pouco acima do nível da reabsorção) e tratamento com hidróxido de cálcio para paralisar o processo de reabsorção. A renovação do hidróxido de cálcio pode ser mensal (lembre sempre de que nada é fixo, varia-se em função de cada caso). O tempo de tratamento é variável, mas assim que você perceber que o processo foi paralisado, reobture o canal com a técnica que você usa normalmente.
Além disso, verifique a possibilidade de haver perfuração por preparo para pino.

Circuito Nacional de Endodontia – Etapa Bahia

O Circuito Nacional de Endodontia – Etapa Bahia será realizado de 27 a 29 de agosto de 2009, portanto daqui a quatro meses ainda. Apesar da distância, a quantidade de inscrições feitas já surpreende, com um detalhe; as inscrições são de colegas de vários estados, do nordeste ao sul, o que mostra que o Brasil virá à Bahia. Só falta você. Venha, temos certeza de que vai gostar. A Bahia está lhe esperando. Veja as informações aqui.

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Frederico:
Faço endodontia há 23 ano e observei em muitos casos que a endodontia que estava no limite ideal no momento da obturação, agora parece uma subobturação.  O cimento pode ter sido reabsorvido, mas e o cone de guta?

Frederico, para muitos, não sei se é o seu caso, o nível ideal de obturação é cerca de 0,5 mm aquém ou mesmo no limite apical. Nessas condições, a literatura tem demonstrado que ela estaria em tecidos periapicais, isto é, constitui uma sobreobturação. Materiais obturadores expostos aos fluidos periapicais são mais rapidamente absorvidos do que os confinados no canal. Assim, uma obturação nesse “limite ideal” pode ser absorvida e tornar-se mais curta, para alguns uma subobturação. Um outro aspecto é que não é muito comum a imagem radiográfica da obturação permitir a identificação do que é cone de guta percha e do que é cimento obturador. Às vezes o cone principal de guta percha ficou em um determinado limite e o cimento se estendeu um pouco mais, o que faz crer que ali também tem cone, e isso se torna mais facilmente perceptível quando alguns retratamentos são feitos. Esse pequeno detalhe pode se manifestar e tornar mais confusa ainda a identificação a depender do cimento utilizado, em função da sua radiopacidade. Assim, o cimento seria absorvido e deixaria a obturação mais curta. De qualquer forma, pelo visto você já observou essa característica da obturação. Deixo uma pergunta e gostaria que voce utilizasse o blog para responder: em função dessa “subobturação” que voce percebe tempos depois, tem observado sempre o surgimento de lesões periapicais nesses dentes?

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Florival Dias:
Favor esclarecer-me se posso fazer cirurgia paraendodontica em um so conduto, em casos de dentes multirradiculares. Obrigado

Florival, em primeiro lugar pense na possibilidade do retratamento. Situações em que é impossível ter acesso a todo o canal (instrumentos fraturados, calcificações, curvatura acentuada em que ocorreu bloqueio apical por raspas de dentina, desvio em que não se consegue voltar ao canal…) a cirurgia parendodôntica pode estar indicada. Afora isso, não, o retratamento endodôntico é a primeira opção. Acredito que você está com lesão periapical em uma raiz e nas outras não. Se é um tratamento endodôntico realizado há pouco tempo a cirurgia não deve ser feita, pois podem surgir lesões também nas outras raízes. Mas, há o outro lado. Tendo sido bem feito o tratamento, a lesão ainda pode regredir. Você deve observar se o tempo de realização do tratamento já é suficiente para “assegurar” que não surgirá lesão periapical nas outras raízes. Isso é importante. Se for assim, a cirurgia pode ser realizada como você sugere.

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Kayte Botelho:
o edta pode ser usado na polpa viva e na polpa necrosada?? em que momento se usa o edta??

Kayte, é possível que alguns autores não concordem, mas o EDTA pode ser usado no tratamento de canais com polpa viva e necrosada. Em parte, são objetivos e formas de usar que podem apresentar alguma diferença. Tendo em vista que não há infecção nos casos de polpa viva, a permanência da camada residual (smear layer) após o preparo do canal não parece trazer maiores consequências, porém pode interferir na qualidade do selamento pela obturação, razão pela qual sugere-se o seu uso nesse momento. Particularmente, não faço assim, mas que pode ser utilizado, pode sim.
Nos casos de polpa necrosada, acho de grande importância a sua utilização. Sugiro o seguinte. Após o preparo do canal com hipoclorito de sódio a 2,5%, irrigar bem o canal com soro fisiológico, fazer uma boa aspiração e secagem com cones de papel absorvente. Em seguida, irrigar o canal com EDTA, sem fazer pressão forte no êmbolo da seringa, agitar com Lentulo e deixar em repouso por 3 minutos. Fazer nova irrigação com hipoclorito de sódio a 2,5%, agitar com Lentulo e deixar em repouso por cerca de 5 minutos. Finalmente, nova irrigação com soro fisiológico, aspiração, secagem e o canal está pronto para receber a medicação intracanal ou ser obturado. Devo dizer que diferentes tempos de permanência das soluções teem sido sugeridos, há uma razoável dose de empirismo nesse procedimento. Os tempos que sugiro não fogem à regra. Assumo isso sem nenhum constrangimento.
É muito importante que voce nunca esqueça o seguinte. Não se pode analisar as soluções irrigadoras fora do seu contexto, um erro que tem sido cometido. Além das características das substâncias químicas, é importante saber o que se deseja delas. Ao fazerem algumas colocações (equivocadas) de forma taxativa quanto às soluções irrigadoras e suas concentrações, diversos autores esqueceram desse aspecto. O bom senso, a boa prática clínica e o tempo se encarregaram de promover mudanças importantes na Endodontia, entre as quais essa.

Limpeza ativa do forame

Já há alguns anos ouço e recebo comentários de vários colegas sobre limpeza do forame, inclusive a limpeza ativa.

Realizo a limpeza do forame desde janeiro de 1987, portanto, há 22 anos, quando não se falava disso em lugar nenhum, particulamente no Brasil, onde sempre se ensinou que o canal cementário era intocável, sagrado. Alguém aí lembra disso? Querem saber como isso aconteceu?  Clique aqui e leia “Pondo os pingos nos is”, na seção Conversando com o Clínico.

Em 1992, diante de um caso que não conseguia controlar, mesmo com a limpeza do forame, resolvi mudar a forma de fazê-la e foi aí que criei a limpeza ativa do forame. Posso assegurar a voces que inúmeros colegas já estão fazendo esses procedimentos como rotina em boa parte do Brasil (mais do que voces imaginam), inclusive com professores preconizando nos seus cursos. Fico muito feliz com isso. Sempre que sou convidado para ministrar um curso em qualquer cidade do Brasil, esse é o tema mais solicitado. 

Agora, alguns começam a se manifestar sobre isso aqui no blog (clique em comentários nas perguntas de Juliana em um post aí embaixo, publicado em 27/03/2009, e verão os comentários de Renata e Fausto Costa). Quem mais está fazendo isso e tem algo para contar? Usem o blog para emitir as suas opiniões e comentários. Vamos divulgar esses procedimentos para que mais colegas possam usa-lo?