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Paulo Souza:
Estou procurando parceiros da área odontológica para desenvolver equipamentos na área odontológica. Tenho experiência no desenvolvimento de equipamentos odontológicos. Trabalhei na Easy Equipamentos Odontológicos de Belo Horizonte no desenvolvimento de Equipamentos eletroeletrônicos para instrumentação rotatória com limas em NiTi, Motores para cirurgia de implante dentário, TermoPlastificador e Termo Injetor de guta percha, e outros.

contatos:
email: paulojas@gmail.com
msn: pajoalso@hotmail.com

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Renata Friedman:
Eu tenho pouco tempo de concluida a minha especialização e tenho muitas dúvidas da prática endodôntica.Uma delas é: quanto tempo deve-se considerar normal para o desaparecimento de uma fístula após terapia endodôntica ?

Renata, o prazo é variável em função de alguns aspectos. Lembre-se de que você está diante de um sistema de canais infectado e, apesar de quererem demonstrar que é muito simples, não é bem assim. Diante de um preparo de canal bem conduzido e que consegue o controle da infecção, normalmente uma semana já é suficiente para o desaparecimento da fístula, mas ela também pode persistir. Uma razão para isso é a presença de epitélio. Recomendo então, além de novo preparo do canal (instrumentação, irrigação com hipoclorito de sódio, medicação intracanal com hidróxido de cálcio), a curetagem da fístula.

Massagem de ego

Reconheço a reputação intelectual do professor que se oculta sob um palio de meritórias humildades mas que sei sobejamente merecida pelos seus conhecimentos da ciência odontológica.( Dedico estas palavras do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro no seu livro O sorriso do Lagarto ao Sr. Prof. Doutor Ronaldo, pelo brilhante e importante trabalho de divulgação e difusão dos mais importantes temas da odontologia na diciplina endodontica. Parabéns a todos.
Atenciosamente,
Heneias oliveira.
Diamantina, MG.

Heneias, agradeço imensamente as suas palavras. João Ubaldo é um dos mais importantes escritores brasileiros e seria uma estupidez da minha parte negar que, ao me dedicar essas palavras dele, voce faz uma bela massagem no meu ego.

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André Amaral Ribeiro
Bom dia, Dr. Ronaldo.
Tenho um caso de lesão periapical de 5 mm. O paciente sofreu trauma direto no 11, há mais de dez anos. Vou começar a endo, mas estou na dúvida em qual medicação intracanal usar. O próprio hidróxido de cálcio ou preciso acrescentar algo? Por ser uma lesão antiga e grande, fico um pouco preocupado. Quanto tempo devo deixar a MIC lá dentro? Uma semana é pouco?
Obrigado e bom dia

André, prepare o canal irrigando com hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária Qboa) e EDTA. Além disso, faça limpeza do forame (canal cementário). Como medicação intracanal, use hidróxido de cálcio PA com soro fisiológico ou água destilada. Não é possível comentar todas as possibilidades, mas como orientação, se houver exsudato muito intenso, faça a troca da medicação em um prazo entre uma e duas semanas. Em alguns casos é recomendável repeti-la uma a duas vezes, com prazo em torno de um mês entre ambas.

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Heneias Oliveira:
Bom dia professor.
Sou de Diamantina.
Gostaria de saber sua opinião a respeito do uso do ENDOPTC na instrumentação de canais.
Um grande abraço e parabéns pelo BLOG.

Heneias, não uso cremes, entre os quais o EndoPTC, no preparo do canal. A nossa recomendação é o hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária Q-Boa) e EDTA.
Obrigado pelo elogio ao blog. Aproveito para dizer que é possível, como tem acontecido com outros colegas, que você não saiba que o Blog da Endodontia faz parte do site www.endodontiaclinica.odo.br . Visite-o.

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Lorenza:
caro professor,estou com uma duvida em relaçao a uma paciente de 8 anos.ela tem o tratamento end do elemento 12 para ser feito ,mas tem o apice aberto demais.devo usar o hidroxido de calcio associado a algum medicamento e devo realizar trocas ,e com qual freqüência

Lorenza, uso o hidróxido de cálcio PA com soro fisiológico (veículo aquoso), isto é, sem nenhuma associação a qualquer outro medicamento, há cerca de 28 anos e acho que assim ele deve ser utilizado. Quanto às trocas de medicação, após uma ou duas iniciais com espaço de duas semanas entre elas, devem ser feitas a cada mês. Apesar de a literatura não concordar com prazos maiores de permanência pelo fato de ser veículo aquoso (há questões como a carbonatação do hidróxido de cálcio), posso assegurar que elas também podem ser feitas de dois em dois meses. Fiz em alguns casos e não é difícil explicar cientificamente porque é possível. Para isso, entretanto, é fundamental que se tenha um bom selamento coronário entre as consultas.

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Daniele Bueno:
Prof. Ronaldo, sou aluna do 3º ano de odontologia da Faculdade Luterana do Brasil/RS. Em alguns congressos e seminários é muito discutido a questão “Em que situação deixar um “dente” aberto?????”
Gostaria de saber sua opinião e se sabes de algum estudo científico a respeito??!!!!
Atenciosamente,
Daniele

Daniele, o dente não deve ficar aberto, pois isso permitiria o acesso de muitas espécies de microorganismos da cavidade oral ao sistema de canais, o que levaria a uma dificuldade maior para o controle de infecção. Portanto, deve-se evitar isso, entretanto, não deve existir nada absolutamente rígido, ainda mais nas ciências da saúde. As dificuldades ocorrem e têm as suas conseqüências em função de vários aspectos, como a experiência do profissional. Um caso que apresenta exsudato persistente, que não cessa, por exemplo, pode se tornar de difícil solução para alguns endodontistas. Considerando-se isso, acredito que em algumas situações não deve ser descartada a possibilidade de se deixar o dente aberto e até se encaminhar o paciente para alguém com um pouco mais de experiência.

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Casimiro Ricardo:
Prof. Ronaldo a limpeza do forame foi realizada, inclusive é um procedimento que realizo sempre em caso de necrose pulpar. O seu livro já tenho desde de 01/08/03, quando esteve aqui em Juazeiro-Ba. Voltando ao referido dente, a lima 80 já não tem muita ação (lembra que é um retratamento e o que o forame já está bem ampliado). Talvez fosse necessário fazer uso da 3ªsérie(não causaria um “arrombamento” do forame?). Caso venha usar a 3ªserie teria um tempo de uso com hidroxido de cálcio antes de partir para cirurgia? Obrigado pela atenção. Abraço

Ricardo, os incisivos centrais superiores normalmente já têm canais amplos. Tendo em vista que é um retratamento, portanto já foi ampliado (você mesmo fala que o forame já foi bem ampliado), não acredito que alargar mais ainda seja recomendável, portanto, não me parece que usar limas da terceira série seja a solução do problema. Porém, caso você utilizasse essas limas, lembre que seria para preparar o canal, o que deve ser feito no comprimento de trabalho, e não para “arrombar” o forame. Por outro lado, essa história de que a limpeza do forame deve ser feita com lima fina é um grande equívoco, ela deve ser feita com instrumento compatível com o diâmetro do forame. Se ele é pequeno, lima de pouco calibre, se é grande, lima de grande (proporcional) calibre. Complementando a resposta à primeira pergunta (que está no blog), faça a limpeza do forame (todo o canal cementário), e até passe cerca de 2 mm e instrumente com vigor (limpeza ativa, veja no livro). Todos os outros passos (EDTA, hipoclorito de sódio a 2,5%, hidróxido de cálcio e, nesse caso, medicação sistêmica com antibiótico) devem ser seguidos.

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Clara:
Olá, gostaria de ter informações sobre displasia cementária periapical,obgda

Clara, a displasia cementária periapical é uma alteração que aparece mais comumente em indivíduos de meia idade (em torno de 40 anos), com maior incidência em mulheres de raça negra. É descoberta por meio de radiografias de rotina sem que o paciente apresente qualquer sintomatologia. É mais freqüente no osso periapical dos dentes anteriores inferiores e os dentes afetados mantêm sua vitalidade. Se desejar um maior aprofundamento, você encontra esse tema facilmente em livros de Patologia e Radiologia.

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Casimiro Ricardo:
Prof. Ronaldo estou com um caso de retratamento do el.11 em que no ex. Radiográfico sugere uma lesão cística em que já envolve os ápices dos els.12 e 13 e que no teste de sensibilidade deu negativo. Já realizei a terapia endodontica desses els. (12 e 13). Porém, não consigo sucesso no el. 11,usei  medicação com hidróxido de cálcio em forma de pasta com trocas de 15 dias  por um periodo de quatro meses, mas não obtenho o conduto seco. Diante disso, qual o tempo que devo ficar tentando sucesso com o hidroxido de cálcio? Ou já que a lesão radiográfica é consideravelmente grande temos que partir para cirúrgia ?

Casimiro, devido às particularidades do tratamento endodôntico e do sistema de canais, as substâncias químicas desempenham importante papel. O hipoclorito de sódio, EDTA e o hidróxido de cálcio, fundamentalmente essas três substâncias, são importantes em Endodontia e devem ser utilizados como rotina, mas tenha sempre em mente o seguinte: o preparo do canal é um ato cirúrgico e como qualquer ato cirúrgico (a Medicina sabe disso), durante a sua realização o mais importante é a instrumentação cirúrgica, o ato mecânico. Alguns poucos casos podem precisar de complementação cirúrgica, mas existe um procedimento que realizo há 22 anos e sobre o qual venho falando em todos os lugares do Brasil onde dou aula, que é a limpeza do forame. Sugiro que você faça a limpeza ativa do forame apical. Para entender melhor, você pode consultar o nosso livro. Não quero induzi-lo a comprar o livro, não é a minha intenção. Veja se alguém que você conhece tem, a biblioteca na faculdade, ou qualquer outra maneira, mas lá você vai encontrar em detalhes como fazer isso. Como tem ajudado a resolver alguns casos (tenho essa informação de colegas de algumas cidades do Brasil), acredito que pode ajuda-lo também.