Brice Barreto:
Caro prof Ronaldo,
venho solicitar sua ajuda num caso novo e interessante pra mim, gostaria muito de lhe enviar os rx para melhor esclarecimento. Estou com um paciente com unidade 35 com uma lesão periapical grande e grande reabsorção indo em direção a base mandibular, temáimos o pior, sofoi então encaminhado para Azoubel que realizou a remoção da lesão e biópsia, enquanto o canal permanecia limpo e com hidróxido de cálcio. O forame estava amplo e o canal tb. A biópsia deu granuloma, após três meses de troca de medicação e formação cementária apical e nítida formação óssea não total ainda, obturei o canal e mandei pra rebilitação protética por observar uma fissura por vestibular(ps: o dente anteriormente não apresentava hígido e só descobrimos a lesão por o apciente relatar dor a mastigação). Vinte dias após a obturação, quando realizou um Rx observamso uma enorme reabsorção com os cones totalmete fora do conduto. Estou sem saber o que fazer, se removo tudo e coloco hidróxido de cácio ou se parto para curetagem apical e selamento apical co Mta, aguardo seus valiosos e ponderados conselhos. Abrçs, Brice
Brice, você fala em fissura. Será que não é mais do que isso (dor à mastigação)? Veja bem a questão das imagens radiográficas, se podem ser comparadas (incidências, angulação, densidade, etc). Três meses não é um prazo em que normalmente se dá reparo radiográfico tão rápido e vinte dias após a obturação menos ainda para uma reabsorção tão marcante. Se puder enviar as radiografias será melhor.
Categoria: Geral
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Polyana Firmo:
Oi Professor!
Ao atender o paciente novamente fiz o que me orientou.Testes de percusão vertical e horizontal,não houve dor, perguntei se tinha sentido algum estalido ao mastigar, porém, ele respondeu que não.Fiz a remoção da camada residual deixando o EDTA e o Hipoclorito agirem por mais tempo e deixei com hidróxido de cálcio.O problema é que o paciente disse que está indo embora da cidade no fim do mês o que não vai me dar tempo para uma terapia com hidróxido de cálcio mais prolongada.Hoje examinei de novo o paciente e apareceu uma fístula localizada no palato na região edêntula e ao pressionar o palato o esxudato drenou através do espacó gengival onde o dente 25 se localizava( o alvéolo já se encontrava praticamente fechado quando iniciei a terapia endodôntica).O colega protesista está cogitando fazer um retalho e curetar o local.O que vc acha?
Abraços!!
Polyana, faça um cateterismo da fístula com um cone de guta percha para ver onde ele vai se posicionar e assim ver se ela tem origem endodôntica e de fato está relacionada com o dente em questão. Faça também uma curetagem da fístula. Além disso, e em função da viagem do paciente, não está descartada a possibilidade de curetagem.
Demorou um pouco, mas saiu
Peço desculpas a alguns colegas que me enviaram e-mails e não respondi. Estive momentaneamente “fora do ar”. Estou em Porto Alegre fazendo um trabalho de pesquisa com o Prof. Figueiredo e amanhã vou a Passo Fundo dar um curso. Aproveito uma folga aqui na PUC para responder a alguns que foram enviados pelo blog.
Já vou postar as perguntas e respostas.
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Dani:
Olá Doutor!
Estou com uma dúvida… Fratura radicular no 1/3 apical, qual o tipo de esplintagem? Gostaria de saber o porque… Obrigada
Dani, não faço esplintagem quando a fratura é no terço apical porque o dente geralmente não apresenta mobilidade que a justifique.
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Gabriela Carballeda:
Obrigada por me ajudar! Estou com outra dúvida … uma paciente grávida está com o rosto edemaciado e dor espontânea no dente 23 (cárie). Aos testes térmicos o dente não responde e apresenta-se sensível à percussão vertical. Qual seria o diagnóstico? Pulpite irreversível?? Gostaria de saber também quais os medicamentos que devem ser prescritos?? Obrigada!
Gabriela, diagnóstico é uma das coisas mais difíceis em Endodontia, ainda mais sem examinar e conversar com o paciente, mas pelos dados parece ser um abscesso periapical agudo. O atendimento de urgência com acesso à cavidade pulpar e drenagem deverá resolver a questão da sintomatologia. Como sugere ser um problema localizado (não há sinais de disseminação do processo), em condições normais não prescreveria medicação sistêmica, algo que deve ser sempre controlado. Tratando-se de paciente grávida, à distância e sem maiores informações sugiro um contato com o médico da paciente.
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Gabriela:
olá, gostaria de saber quais as soluções permissíveis em caso de degrau!
aguardo resposta! obrigada!
Gabriela, a melhor maneira é usar um instrumento de aço inoxidável fino (lima K) com a ponta pré-curvada (não use instrumento de níquel-titânio nesse momento). Recue cerca de 1 mm do degrau e com movimentos delicados vá colocando a lima com a curvatura da ponta em direções diferentes para localizar e recuperar o trajeto original. Também não use EDTA enquanto estiver tentando superar o degrau, trabalhe com hipoclorito de sódio. Não esqueça, porém, de um velho ditado: “é melhor prevenir do que remediar”. Existem alguns recursos para “evitar” a formação de degrau, como a pré-curvatura dos instrumentos (conferindo e refazendo frequentemente, pois ela se desfaz dentro do canal), instrumentação oscilatória/rotacional e não limagem, pequena amplitude de movimentos e fazer patência do forame enquanto prepara o canal.
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Hélio Onoda:
Olá profº tenho intenção em estudar mais profundamente a microbiologia endodontica, gostaria de saber se tem artigos sobre ou poderia me direcionar, sou formado pela UFMS e faço especilaização aqui em Campo Grande, fico grato pela atenção.
Hélio, apesar de alguns dos meus artigos, e também o livro, abordarem esse tema, como não tenho formação em Microbiologia não tenho trabalhos publicados especificamente sobre esse assunto. Não sei se você fez acesso direto ao Blog da Endodontia, mas, no nosso site, do qual faz parte o blog, você encontrará alguns artigos nossos que abordam esse tema clique aqui. Não tenho nenhuma dúvida de que os seus professores saberão lhe direcionar nesse tema melhor do que eu, porém, mesmo assim, se eu puder ajudar estou à disposição.
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Polyana Firmo Silva:
Professor,
Estou com um caso complicado e não sei mais que conduta seguir,preciso de um “help”. Inclusive atendi o paciente hoje e até cheguei a sugerir cirurgia para a resolução do quadro.
Trata-se de um 26 de uma paciente do sexo masculino, 56 anos.O paciente foi encaminhado para tratamento de canal por um colega. O dente estava fechado com ionômero de vidro e bolinha de algodão, segundo o paciente havia três meses.Ao abrir o dente verifiquei que não havia exsudato e como disse tbm não havia lesão, pelo menos visível radiograficamente.Instrumentei o dente, porém não consegui ascessar o forame dos canais vestibulares, somente do palatino e fiz limpeza de forame, deixei com hidróxido de cálcio por um mês e fechei o canal
Porém, após um mês e quinze dias já com o dente preparado para colocação de uma prótese( o dente juntamente com o 24 serão pilares de uma prótese fixa para substituir o elemento 25 que foi perdido segundo relato do paciente devido a fratura de uma lima no interior do conduto que gerou um abcesso que regredia com medicação mas voltava algum tempo depois que a mesma era suspensa) o paciente me procurou com abcesso sem fístulação no palato que ao ser pressionado drenava pelo sulco do 26.Antes ele havia passado pelo colega protesista que receito Parenzime tetraciclina e Lysador.Quando o paciente chegou a mim já nãi estava tomando mais essa medicação, não havia mais dor porém o abcesso ainda era presente.
Eu desobturei os condutos, porém não houve drenagem atráves do conduto palatino, realizei novamente a limpeza de forame neste conduto, tentei novamente acessar o forame dos canais vestibulares e novamente não tive sucesso.Preenchi os condutos com hidróxido de cálcio, realizei raspagem de uma bolsa periodontal que havia se formado na mesial( já existia um espessamento na parede mesial da raiz mésio-vestibular), iriguei com clorexidina e receitei Amoxicilina 500mg associada ao metronidazol 400mg; reavaliei o paciente com 15 dias o abcesso havia desaparecido, a bolsa diminui à sondagem….porém o paciente viajou e um mês após minha intervenção o quadro de abcesso voltou.
Estou pensando em deixar alguns dias com o hidróxido de cálcio, fechar e encaminhar para a cirurgia.O que me deixa insegura é que o paciente já perdeu um dente segundo ele por processo igual a esse e esta bastante apreensivo quanto a resolução do quadro.
Notei ao analisar as radiografias que a cicatrização do alvéolo do dente 25 está ocorrendo de maneira que uma pequena imagem circular radiolúcida em local próximo de onde se localizava o ápice do dente persiste.Será que se trata de um cisto residual? E se for será ele capaz de provocar essa agudização?
Ronaldo, sei que seu tempo é bastante corrido, mas se puder me responder logo( se não for muita indelicadeza minha lhe pedir isso) iria me dar mais segurança para definir a conduta.
Abraços,
Polyana
Polyana, ponha um periodontista para também avaliar o caso e checar melhor o envolvimento periodontal e veja a possibilidade de existir alguma fissura/fratura nesse dente. Faça palpação e percussão vertical e horizontal para ver se detecta algo diferente (dor, inchaço, etc). Sonde com o paciente se ele lembra de algum estalido (se ouviu algum barulho diferente ao mastigar alguma coisa mais dura). Quanto a uma nova intervenção, que vai depender das orientações acima, quando fizer outra instrumentação faça a remoção da camada residual como lhe orientamos no curso, dê um tempo maior de ação para o EDTA e hipoclorito de sódio. Quando essa intervenção for feita, procure faze-la com o paciente já sob medicação sistêmica (pode ser a mesma que você usou) e mantenha por cerca de sete dias. Dê um retorno.
Para Alírio e Breno
Em um post de 30/03/2008 (página 3 deste blog) prometi a Alírio Mendonça da Silva que escreveria algo sobre a questão que Breno Araújo Batista colocara, se devia retratar ou não um canal exposto ao meio bucal. Argumentei com a falta de tempo para não faze-lo naquele momento. Alírio, a falta de tempo continua, mas o texto já está no nosso site em Conversando com o Clínico clique aqui, sob o título Retrata ou não?
Abraço
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Luis Yonel do Pias:
Caro professor ronaldo, disculpe tive erros no momento de escrivir o que qiz dizer foi que o dente ja teria sido re tratado por outro colega, agora ‘e a 3 vez de tratamento e a lesao radio lucida presumivel granuloma periapical y sim ainda manten um trajeto fistuloso, e procurei por outro conduto dessa raiz mais com certeza nao ten,vou refazer meu protocolo com suas acotacoes professor, tenho um duvida com respeito a irrigacao, eu posso irrigar com hipoclorito de sodio 5% um canal que tenha exudato purulneto pelo condcuto o so preciso manter a aspiracao? que irrigante o senhor me recomenda nesse caso? obrigado professor um abraço
Luis, ficam então as sugestões que fiz no post anterior. Além disso, pode irrigar com hipoclorito de sódio a 5% e inclusive fazer a limpeza do forame, mas aí deve ser uma irrigação passiva (veja no nosso livro o que é e como fazer). Ao final do preparo, faça uma boa aspiração, penetrando o máximo no canal com a cânula para aspirar bem.