Caso Clínico 31

                                            A

  B                                        C                                      D

Retratamento do 22. Observe em A que o instrumento trabalha em toda a extensão do canal; foi feita a limpeza do forame. A obturação foi intencionalmente feita a cerca de 4 mm aquém do ápice (B). Em C, radiografia de 7 anos e em D de 21 anos depois mostram reparo completo. Observe que o espaço do ligamento periodontal e a lâmina dura estão absolutamente normais. Nessas imagens pode-se observar melhor a extensão apical do canal que ficou sem obturação. Perceba que a imagem "diferente" do trabeculado ósseo na região é devida à fossa incisiva. Este e outros casos clínicos, que serão colocados no site gradativamente (veja também o 32 e 33), foram realizados ao longo dos últimos 21 anos e têm como principal objetivo mostrar que a obturação não é o fator determinante do sucesso em Endodontia, mas sim o preparo do canal. A causa das lesões periapicais, exsudato, fístula, é a infecção do canal. O controle de infecção é que cria as condições para o organismo promover reparo e o controle de infecção é realizado pelo preparo do canal. Em qualquer especialidade da Medicina sabe-se que a remoção da causa faz cessar o efeito. Em Endodontia não é diferente. Que fique bem claro: NÃO É UMA PROPOSTA DE OBTURAÇÃO. O canal deve ser bem obturado, como foram todos os outros que já estão no site e outros que ainda serão postados. É possível que você esteja chocado com as imagens, por isso recomendo ver detalhes dessa concepção em Souza RA. Endodontia Clínica, Santos, 2003. Você pode também fazer os seus comentários ou tirar as dúvidas pelo Blog da Endodontia deste site.

Caso Clínico 30

                                    A

         B                                                       C

Tratamento endodôntico do 48, com reparo das lesões periapicais. O preparo cervical, de acordo com a Técnica da Inversão Sequencial (Souza, RA. Endodontia Clínica, 2003), permite que as limas dos canais mesiais penetrem sem interferências (A). A imagem da obturação em B e C permite observar melhor a fluidez do preparo dos canais. Perceba que mesmo com limite apical da obturação aquém dos limites clássicos, particularmente no canal distal, houve reparo. 

Caso Clínico 29

       A                                                       B

       C                                                         D

                                    E

Tratamento endodôntico do 31. Observe o afastamento entre as raízes do 31 e 41, uma das características de lesão "cística" (A). Em B determinação do CT. A limpeza do forame foi feita e a camada residual removida com EDTA e hipoclorito de sódio. O hidróxido de cálcio com soro fisiológico foi levado ao canal com lentulo. Observe a qualidade do preenchimento (C). Após renovação do hidróxido de cálcio, a paciente só voltou 1 ano e 3 meses depois (D). Pela extensão do período, perceba que o hidróxido de cálcio foi absorvido, o canal está vazio. Note também a forma apresentada pelo canal, o que mostra que ele foi realmente preparado. Observe em E o desaparecimento da lesão 3 anos depois e o posicionamento normal das raízes envolvidas. 

Caso Clínico 28

      A                                                        B

                              C

      D                                                         E

Retratamento do primeiro molar inferior com extensa lesão periapical. Obturação anterior dos canais mesiais feita com cones de prata. Observe o instrumento fraturado na porção inferior da lesão periapical (A). Em B, desobturação e determinação do CT. Como sempre, foi feita a limpeza dos forames. Em C, veja a qualidade do preenchimento dos canais com hidróxido de cálcio com soro fisiológico, levado ao canal com lentulo. Perceba a posição assumida pelo instrumento fraturado. Em D, canais reobturados pela técnica da condensação lateral. O instrumento fraturado aparece em nova posição. Em acompanhamento radiográfico de 2 anos pode-se observar o desaparecimento da lesão periapical (E). Como não há mais lesão, não mais cavidade, há uma acomodação do instrumento pela falta de espaço. Compare agora as imagens das figuras A e E, inclusive a posição do instrumento fraturado.

Caso Clínico 27

      A                                                         B

                                    C

       D                                                         E

Tratamento endodôntico do 36 com lesão endoperio envolvendo a raiz distal (A). Não há cárie. Os canais mesiais apresentavam vitalidade pulpar, mas os distais não. Em B, determinação do CT. Os canais mesiais foram preparados com a Técnica da Inversão Sequencial e aparecem obturados C. No preparo dos canais distais foi feita limpeza do forame e após o preparo a camada residual (smear layer) foi removida com hipoclorito de sódio e EDTA e os canais preenchidos com hidróxido de cálcio preparado com soro fisiológico (perceba a qualidade do preenchimento). Em D, tal qual nos mesiais, os canais distais foram obturados com a técnica da condensação lateral. Observe o pequeno extravasamento, não intencional, de material obturador. Em acompanhamento de 5 anos pode-se perceber considerável reparo das alterações periodontais, sem cirurgia periodontal (E). O material obturador extravasado foi inteiramente absorvido.

Caso Clínico 26

Retratamento do 16. A) Lima trabalhando no forame do canal palatino. B) Obturação realizada. Observe que mesmo com a limpeza do canal cementário ainda há resíduo da obturação anterior. Quando acontecer com você, não se preocupe. Estando o canal bem preparado, isso não impede o reparo.

Caso Clínico 25

 

Tratamento endodôntico do 46, com polpa necrosada e lesão periapical, realizado por Evaldo Rodrigues, aluno do Curso de Atualização. O preparo do canal foi feito com a Técnica da Inversão Sequencial, com limpeza do forame, e a obturação com a técnica da condensação lateral.

Caso Clínico 24

Retratamento do 34. A) Desobturação e determinação do CT. Há um espessamento do espaço do ligamento periodontal apical. B) Obturação realizada pela técnica da condensação lateral. Observe o espessamento do espaço do ligamento periodontal apical e também o preenchimento com material obturador de vários canais laterais e delta-apicais nos 2 mm finais. Apesar de já ter visto dizerem isso, as "linhas" radiopacas que você vê acima do referido ponto não são obturações do "sistema" de canais, mas sim imagem do trabeculado ósseo que se superpõe à raiz em diferentes pontos. C) Acompanhamento de 5 anos. Perceba a diferença na imagem daqueles 2 mm finais; o material obturador não é mais visto na radiografia, foi absorvido. Há sim um forte trabeculado ósseo superpondo-se à raiz em todo o terço apical. Perceba também que os referenciais anatômicos (espaço do ligamento periodontal e lâmina dura) estão absolutamente normais.

Caso Clínico 23

      

Tratamento endodôntico do 37. A) Observe a interferência acentuada na entrada do canal MV (o que está sem lima). Foi feito preparo cervical de acordo com a Técnica da Inversão Sequencial (Souza, RA. Endodontia Clínica, 2003). B) Observe a retificação do terço cervical dos canais mesiais e a posição do forame apical na raiz distal evidenciada pela obturação.