-Professor, não estou conseguindo colocar o cone principal no comprimento de trabalho, posso usar um secundário (acessório)?
Eu aprendi que não; “como o nome diz, principal é principal, secundário é secundário”. E aí, não se usava. Isso acontecia com alguma freqüência no canal mésio-vestibular (MV). Normalmente, esse canal era instrumentado até a lima 25 (às vezes menos). Na hora da obturação não era incomum o cone 25 não atingir o comprimento de trabalho (CT). A sugestão era alargar mais o canal para o cone “entrar” e, mesmo assim, às vezes não se conseguia.
Agora, eu pergunto a você; por que não pode?
Não cabe aqui falar de eventuais diferenças na composição de um e de outro; falemos de uma outra questão. O cone acessório sempre apresentou uma forma, (vamos chamar de conicidade [taper, não, Ariano Suassuna e a Língua Portuguesa agradecem]) diferente em relação ao cone chamado de principal. Só. Ambos são cones de guta percha. Ambos têm um objetivo; selar o canal. Se você consegue adaptar o cone ao canal (por exemplo, cortando a sua ponta), ele pode se tornar o “principal”.
Há vinte anos já fazia isso com o R8. Hoje, com os cones com diferentes conicidades, ficou mais fácil ainda.
Outro dia me perguntaram isso outra vez.