Ecos do vazio

Por Ronaldo Souza

Vocês são testemunhas de quantas vezes falei aqui sobre Rodrigo Constantino, Rachel Sheherazade (os dois estão no mesmo nível), Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e demais.

O “jornalismo” dos dois primeiros é de um primarismo chocante.

Por algumas razões, não vejo telejornais há alguns anos. O que vejo deles são os vídeos que postam em blogs e sites que costumo visitar.

Inclua aí o Jornal Nacional.

Confesso, porém, que nunca esperei que chegasse ao nível que chegou

Outro dia vi um desses vídeos de Sheherazade.

A linha de raciocínio era de fazer chorar qualquer garoto ou garota de 20 anos que seja um pouco ligado em questões sociais ou políticas.

Mas, apesar de já estar mais acostumado, não adianta, a vida sempre apronta e confirma que é uma caixinha de surpresas, como diriam os humoristas do grupo os Melhores do Mundo.

E eis que me deparo com um dos mais surpreendentes momentos de demonstração do nada que preenche um ser.

Não é a conhecida questão do copo meio cheio ou meio vazio.

Não há copo.

Simplesmente isso. Sequer existe um copo.

É o vazio que preenche o vazio.

“Deveríamos construir mais prisões, mesmo que isso significasse menos escolas”.

Esta é a mais nova declaração do amigo do Pateta.

Ele mesmo: Rodrigo Constantino.

Eles, sim, eles, porque representam um universo crescente, não têm a menor ideia das correlações que existem na vida.

São cuspidos no mundo em estado bruto.

Em estado estúpido

Nada sabem sobre causa e efeito.

Pior.

Invertem essa relação.

Quando todo o mundo cobra das suas autoridades maiores investimentos na educação porque é a forma mais consistente de enfrentar a violência, diminuindo-a, Rodrigo Constantino encoraja a construção de presídios, não de escolas.

Nada mais é do que a ignorância absoluta que reina no mundo povoado pelos Constantino, Sheherazade e seus seguidores nessa vida inculta, incauta e inglória.

Talvez não inglória porque no fundo há uma gloria.

Disseminar a estupidez.

Dói saber que professores Brasil afora são seus seguidores.