Joaquim Barbosa, acuado, diz mais uma… inverdade

De uma certa forma, deu pena. Um homem, naquela idade (58 anos), tomar um pito de dois ministros (sem falar do próprio que ele acusou de fazer chicana), em público, diante de todos os outros ministros, vários advogados, estudantes e estagiários de direito e do que eles mais gostam; das câmeras de televisão.

Humilhado, sem argumentos, sem força, sem moral, depois dos pitos Joaquim Barbosa fez de conta que não perdeu o velho jeito arrogante e, fingindo indiferença, convidou o Ministro dias Tóffoli, o próximo a dar o voto: “Ministro Dias Tóffoli, vamos trabalhar?” 

Ao “convidar” os ministros a trabalhar pelo chamamento ao Ministro Tóffoli para dar o seu voto, tentava mais uma vez mostrar serviço, mostrar o homem acima do bem e do mal (e dos pitos). Não dava. Acostumado a mostrar o que não é, era nítido o seu abatimento.

Qual o argumento com o qual Barbosa tentou esconder as suas verdadeiras intenções? Alegou que é atribuição sua dar a devida celeridade ao processo e, mais uma vez jogando pra torcida, disse que “justiça que tarda não é justiça”.

Joaquim Barbosa mente. Em pesquisa da TRANSPARENCIA BRASIL é apontado como O MAIS LENTO juiz do STF e chegou a acumular mais de 14 mil processos em seu gabinete. Veja na matéria do Diário do Centro do Mundo o que ele tem feito com os aposentados da VARIG. Além disso, veja também como ele é “muito” preocupado com isso na matéria de Fernando Brito abaixo.

Justiça que tarda não é Justiça, diz Barbosa. Mas ele é quem mais tarda
 

Por Fernando Brito no Tijolaço

O Dr. Joaquim Barbosa justificou ontem seu autoritarismo e grosseria sobre Ricardo Lewandowski.

Disse que é em nome da celeridade – Merval, celeridade é de célere, rápido, não de celerado, viu? – que o tribunal deve à população, “que afinal é quem paga os nossos salários”.

Muito bem, Dr. Barbosa!

Mas se a eficiência de um julgador pode ser medida pela celeridade, o senhor vai mal, muito mal.

Porque nos processos que não têm a visibilidade deste, o onde o senhor colhe os frutos da exposição como “justiceiro”, no resto o senhor anda devagar, quase parando.

Os números do site Meritíssimos, do festejado Transparência Brasil, o senhor aparece como o que mais tempo demora para resolver os processos sob sua responsabilidade, como mostram os gráficos aí de cima.

O site é criterioso e faz as contas ressaltando que, para evitar os processos acumulados ou herdados com uma série de pendências, o mais representativo é o que acontece com as ações distribuídas nos últimos dois anos.

Pelo pouco tempo de STF, foram excluídos Luiz Fux, Roberto Barroso e Teori Zavascki.

O resultado não deixa dúvidas: Barbosa fecha a fila, léguas atrás do – segundo ele – “chicaneiro” Lewandowski.

Aliás, nem era preciso gráfico para mostrar isso. Bastava perguntar para os aposentados da Varig, que até greve de fome andaram fazendo para que o Dr. Joaquim tirasse
da gaveta o processo 
 de seus dinheirinhos do fundo de pensão, que ficou seis meses parado.

O que continua salvando Joaquim Barbosa é a blindagem da imprensa. Mas é só até ele cumprir o papel que lhe foi dado. Assim que o trabalho que a imprensa lhe deu estiver concluído, ele vai ver o que essa mesma imprensa vai fazer dele. É mais um episódio da Casa Grande e Senzala.