O caso de Fausto

O caso de Fausto está em um post logo aí embaixo. Vamos ve-lo agora? Reveja como ele colocou.

Caro colegas quem poderia me ajudar?compareçeu na clínica uma paciente que apresentava fistula no 11,12,21 foi feito o preparo dos canais medicacao, desapareceu a fistula do 21 e do 12 já foi obturaçao, mas a do 11 persistiu já fiz nova instrumentacao e troca de medicacao, calen pmcc,já fiz troca 2 vezes 15 em 15 dias o que deve ta acontecendo que ainda nao desapareçeu?desde já agradeço!

1. Fausto, dos três dentes que você relata, houve desaparecimento da fístula e dois já foram obturados. Acredito que você trabalhou da mesma forma nos três casos, confere? O paciente é o mesmo, os canais foram tratados pelo mesmo profissional, com a mesma técnica, no mesmo momento (não foi um há dois anos, outro agora, nesse sentido, portanto, o mesmo momento do sistema imune). Então vamos colocar nesses termos; tudo igual. Por que funcionou em dois e no outro não? Só há uma coisa que pode ser diferente e portanto a causa. A infecção em cada um deles. É possível que no caso que o tratamento falhou a infecção fosse de mais difícil controle. Por que? Talvez nele houvesse uma maior quantidade de bactérias. Talvez nele as bactérias fossem mais resistentes. Talvez nele o sistema de canais dificulte mais o acesso e combate às bactérias. Talvez nele todos esses aspectos, juntos, estejam presentes.
Por que sugeri que lessem o artigo Preparo e obturação do canal? Porque ele nos leva a compreender o processo como um todo e nele chamo a atenção para isso. Tirei de lá duas colocações para trazer para essa nossa conversa – Você já observou quantas vezes uma antibioticoterapia é modificada no tratamento de pacientes em Medicina? Por que? As razões são diversas, mas há uma de fácil compreensão; com essa ou aquela medicação não se conseguiu a eliminação do processo infeccioso. E a outra – Por que alguns tratamentos podem falhar? Porque as medidas tomadas para controle de infecção não foram suficientes para este ou aquele caso.
Então perceba que não é como dizem, faça assim com essa(s) técnica(s) que dá certo. Existe biologia para explicar porque a técnica falha.
2. Os comentários estão interessantes e você tem neles a boa vontade e sugestões dos nossos colegas. O que eu faria? Considerando-se a sua experiência, a limpeza ativa do forame, irrigação do canal com hipoclorito de sódio a 2,5% (Q-boa), remoção da camada residual (smear layer), medicação intracanal com hidróxido de cálcio preparado com soro fisiológico, bom selamento coronário e curetagem da fístula. Dê um retorno.

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