Condenou pelo menos um dos réus do mensalão com o argumento de que usou uma empresa de fachada para se locupletar.
Ele próprio, Joaquim Barbosa, tinha criado poucos meses antes uma empresa de fachada nos Estados Unidos para supostamente não pagar impostos na compra de um apartamento lá, nos Estados Unidos. Endereço da empresa? O apartamento em que ele mora e que pertence ao Supremo Tribunal Federal.
Manteve desde sempre sob segredo de justiça o inquérito 2474 (veja matéria aqui Joaquim Barbosa e Antônio Fernando de Souza faltaram com a verdade). Entre outras coisas, constam neste inquérito documentos que comprovam que o dinheiro da Visanet é privado e não publico e que o empréstimo feito pelo PT foi pago e aprovado pelo Superior Tribunal de Justiça como legal. Comprova-se pelos documentos contidos nesse inquérito a inocência de alguns réus, como Henrique Pizolato, que também exercem influência direta na pena de outros réus. Os advogados pediram acesso a esse inquérito e Joaquim Barbosa negou.
Em Joaquim Barbosa vira unanimidade negativa na midia falei sobre o episódio em que Joaquim Barbosa acusa o Ministro Ricardo Lewandowski de fazer chicana. Motivo. Segundo ele, Joaquim Barbosa, o Ministro Ricardo Lewandowski estava querendo atrasar a conclusão do julgamento.
Quarta-feira, 11 de setembro, pressentindo que os embargos infringentes iam ser aprovados, Joaquim Barbosa, inexplicavelmente, suspende a sessão. Razão: teria um dia, a quinta-feira, 12 de setembro, para que a pressão da imprensa fosse feita sobre Carman Lúcia, a próxima ministra a votar. Ao atrasar o julgamento, Joaquim Barbosa fez chicana, aquilo que ele tinha usado para desqualificar o Ministro Ricardo Lewandowski.
A Globo, Veja, Folha e Estadão… fizeram enorme pressão.
Funcionou. Quinta-feira, 12 de setembro. A ministra Carmen Lúcia, que em outros momentos já se posicionara a favor dos embargos infringentes, votou contra.
Enquanto a votação ocorria, o Globo.com já dava a notícia de que o voto do Ministro Celso de Mello não ia ser proferido naquela sessão. Qual era a estratégia? Os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello dariam votos muito extensos de modo a não permitir que houvesse tempo para Celso de Mello proferir o voto dele. Gilmar Mendes entra em campo, chama os réus de delinquentes, ataca o PT da maneira mais baixa e violenta possível, um verdadeiro discurso político e estende o tempo de voto.
Em que Corte Superior do mundo um Ministro desqualifica todos os réus, desqualifica um partido político da forma como fez e já tinha feito Gilmar mendes? Foi então feito um longo intervalo, incomum no STF.
Na sequencia de votação, entra em jogo Marco Aurélio de Mello. Marquei o tempo do voto. Na sua eloquência medieval Marco Aurélio de Mello levou 1 hora e meia para dar o voto. Até contar o placar, lenta e calmamente, ele contou.
Os ministros, sem saber, estavam confirmando a notícia dada horas antes pelo Globo.com de que a jogada era não deixar o Ministro Celso de Mello anunciar o voto dele. Motivo. Sabiam que mesmo acusando agressivamente e condenando José Dirceu de maneira contundente durante o julgamento, ele já tinha reconhecido que, juridicamente os réus tinham direito a recorrer aos embargos infringentes e que ia dar voto favorável.
Mesmo diante da jogada para impedir o seu voto naquele dia, Celso de Mello se dirigiu a Joaquim Barbosa e disse que o voto dele estava pronto e que o daria em CINCO minutos. Joaquim Barbosa disse que não e suspendeu a sessão.
Ao atrasar o julgamento mais uma vez, agora por uma semana, Joaquim Barbosa quis ganhar tempo para que as pressões sobre Celso de Mello se tornassem insuportáveis.
Mal terminou a sessão, começaram as pressões da nossa isenta impr
ensa e dos políticos da oposição que, absolutamente incapazes de ganhar as eleições, usam o judiciário brasileiro para tentar desqualificar o governo e o partido que do qual faz parte.
Ao atrasar o julgamento mais uma vez, Joaquim Barbosa novamente fez chicana, aquilo que ele tinha usado para desqualificar o Ministro Ricardo Lewandowski.
Qualquer pessoa de origem humilde e negra sabe o quanto é difícil chegar à posição que Joaquim Barbosa chegou, o que torna a sua trajetória pessoal altamente louvável, um exemplo. Ao mesmo tempo, porém, é incrível como um homem com essa história de vida se deixa seduzir de forma lamentável pelo canto da sereia da imprensa e sua elite e se comporte da maneira desprezível como tem feito.
Recentemente, mais uma vez sob as luzes da ribalta, que exercem sobre ele um encantamento juvenil, disse na Europa que os órgãos de imprensa no Brasil pertencem a poucas famílias e são de direita e racistas. Se essa afirmativa pode parecer interessante à primeira vista, é, na verdade, de grande inconsistência e absoluta desconexão com a realidade. Como pode ele dizer tal coisa se já se rendeu a ela há muito tempo. Uma frase de efeito sem efeito.
Já disse anteriormente que nos arquivos da História, Joaquim Barbosa será registrado como um homem de origem humilde que se tornou poderoso. Jamais como um grande homem.