Dois sentimentos são fatais a Fernando Henrique Cardoso: vaidade e inveja. Ocorre que os dois costumam caminhar juntos.
Com a eterna blindagem da mídia brasileira, ele sempre tem espaço, muito espaço, para desfilar esses dois sentimentos. Os seus textos, na maioria das vezes inconsistentes, expressam isso com muita clareza; vê quem quer.
Hoje, um nome relegado a um plano inferior pela história, apesar de ser bem recente a sua passagem pela presidência da república, vive de espaços doados pela imprensa, no seu incansável projeto de tentar mante-lo vivo, o que não é fácil.
Quando a Presidente Dilma Roussef o escolheu como interlocutor para um diálogo respeitoso com a oposição, a imprensa ficou excitadíssima, até falando bem de Dilma (claro que tentando apagar Lula). Todos lembram que até para o jantar com Barack Obama, presidente dos EEUU, ela o convidou. Não adiantou. Sem querer Dilma Roussef mostrou ao país que ele não tinha condições de exercer esse papel e expôs mais ainda a vaidade e inveja dele. Sempre que teve chances destilou o seu fel pela imprensa. Dilma Roussef não suportou as sucessivas asneiras ditas por ele até quando ele foi grosseiro, muito grosseiro. Aí, ela desistiu.
Na véspera do aniversário do PT, pra variar ele solta um vídeo no YouTube falando das picuinhas do PT. Tudo bem que para um sociólogo que já pediu que esquecessem o que ele escreveu (que coisa!!!), nada surpreende, mas é declarar-se, mais uma vez, completamente desorientado.
“Fui eu que fiz, começou no meu governo, eu criei os programas sociais…”, aquela conversa boba alimentada pela imprensa (olha ela aí outra vez). Vou assumir um compromisso com você de postar em breve um texto mostrando a comparação dos dois períodos, FHC versus Lula/Dilma. Vou mostrar, por exemplo, que quando ele deixou o governo, a inflação já tinha voltado. Chamo a atenção para uma coisa: serão dados oficiais, que vocês poderão confirmar em fontes oficiais, e não informações da Globo e da Veja.
Por enquanto, acho melhor não falar mais nada. Leia o mais recente comentário de Bill Clinton, amigo de FHC, sobre o Brasil de hoje logo abaixo, mas antes de ler veja os vídeos e observe os absurdos que Clinton tinha dito sobre o governo do seu amigo FHC e sobre o Brasil. E FHC ficou calado.
SÃO PAULO, 28.08.2012 (Reuters) – O Brasil parece ter as melhores perspectivas no longo prazo entre as potências econômicas emergentes, graças a sua estrutura política estável, aos amplos recursos naturais e ao bom relacionamento com os vizinhos, disse nesta terça-feira o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, em um apoio evidente a uma economia que ultimamente tem enfrentado dificuldades.
"Se eu estivesse sentado em uma sala apostando sobre o futuro dos países em ascensão, eu apostaria primeiro no Brasil", afirmou Clinton…
…O ex-presidente norte-americano afirmou que o Brasil está comparativamente melhor do que a Índia, que enfrenta dificuldades com uma agenda de reforma econômica estagnada, e a China, que apresenta tensões com alguns de seus vizinhos e corre o risco de sofrer com escassez de água e outros recursos naturais…
…Clinton falou ao lado de outros dois líderes proeminentes que também defenderam o livre mercado e a globalização durante os anos 1990 –o ex-premiê britânico Tony Blair e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso…
…O Brasil levou mais de 30 milhões de pessoas –cerca de 15 por cento de sua população– para a classe média durante a última década.
Deve ter sido muito difícil Fernando Henrique Cardoso ter que ouvir isso.
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