Início hoje uma pequena série de matérias sobre a absurda sonegação fiscal da Rede Globo, não sem antes dizer que no título acima roubo a ideia do jornalista Miguel do Rosário, do blog O cafezinho. Explico.
Para quem não sabe, Miguel do Rosário é o responsável pelas noites de insônia da toda poderosa Rede Globo. Um “pequeno” blog, O Cafezinho, descobriu toda a maracutaia em que está envolvida a Globo, o quarto poder que controla, simplesmente controla, os três poderes oficiais.
Ele escreveu um artigo no seu blog com o título A máquina de esconder escândalos, também sobre a Globo. Como você pode observar, só acrescentei o criar e.
Alguém pode dizer que há um “complô” contra a Globo. Não, não há. O que há são pessoas, e posso assegurar que agora são muitas, muito mais do que se possa imaginar, espalhadas por todo o Brasil preocupadas com o excessivo poder de uma concessão pública que se tornou o maior obstáculo a qualquer possibilidade de surgimento de um país justo para com o seu povo.
Essas pessoas, jornalistas, como Miguel do Rosário, ou não, como eu, projetam as suas vidas para além de programar se nas férias de meio de ano vão aos Estados Unidos e no fim do ano à Europa ou ao contrário.
É muito mais do que isso.
De uma maneira bem simples, o papel da imprensa é, sobretudo, informar a sociedade na qual está inserida e para a qual trabalha. Daí surgem temas como liberdade de expressão e liberdade de imprensa, cada vez mais integrados à vida dos brasileiros, mas intencionalmente misturados para gerar confusão na sua compreensão.
A incompreensão e o temor gerados permitiram que órgãos de imprensa deixassem de lado a razão maior que justifica a sua existência e se transformassem em verdadeiros assassinos de reputação. Não há limites.
Quem não lembra dos inúmeros escândalos criados pela Rede Globo nos últimos tempos? Quantos conseguiram ou quiseram perceber que a famosa e ferrenhamente defendida liberdade de imprensa para “informar” ao povo tinha um direcionamento? Quantos souberam ou quiseram saber de inúmeros outros casos de escândalos que foram escondidos?
Quem não lembra, por exemplo, do escândalo da tapioca, como ficou conhecido. O ato de pagar uma tapioca, um beiju de tapioca, com um cartão corporativo foi transformado num episódio de corrupção imperdoável e por esta razão o ex-Minsitro dos Esportes, Orlando Silva, foi afastado do ministério. Quanto custa uma tapioca, dez reais? Afastado do cargo, as investigações posteriores comprovaram a sua inocência.
Muitos assassinatos de reputação têm sido cometidos pela imprensa, tendo à frente a vênus platinada, sem que nada se faça. Não há a quem recorrer.
Ao contrário, as informações sobre outros inúmeros escândalos ficam “escondidas” e esquecidas, como este recentemente descoberto por Miguel do Rosário, que está há sete anos sem merecer qualquer investigação. Condenada desde 2006, nenhum dos órgãos competentes, Ministério Público e Polícia Federal por exemplo, demonstrou o menor interesse em investigar a Rede Globo.
A sociedade brasileira precisa ter parâmetros bem definidos que possam balizar a sua conduta. Ela está perdida, sem saber o que é mais grave; comprar uma tapioca de dez reais com um cartão corporativo, quando o Ministério Público e a Polícia Federal tiveram grande interesse e realizaram investigações de grande porte e um ministro foi afastado, ou uma sonegação fiscal de R$615 milhões em valores de 2006, sem que os mesmos Ministério Público e Polícia Federal manifestassem qualquer interesse em investigar durante sete anos.
A partir das denúncias iniciais de O Cafezinho, vários jornalistas e repórteres foram em busca de mais detalhes. Desde a segunda-feira (29/07), a Rede Record começou uma série de reportagens sobre o tema, que é o que você vai ver a partir de agora nos vídeos que serão postados aqui.
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