“Lava Jato, maior escândalo judicial da história brasileira”

Por Ronaldo Souza

Tinha lido o artigo abaixo no Conjur ontem no começo da tarde, mas, por falta de tempo, não o postei.

Para minha surpresa, Gilmar Mendes o citou no final da tarde durante seu voto sobre a suspeição de Moro.

Publicado no The New York Times e traduzido e também publicado na sua versão em espanhol, o artigo de Gaspard Estrada só confirma aquilo que todos já sabíamos; a corrupção e desmoralização de Moro, Dallagnol e toda a Lava Jato.

O reconhecimento dessa corrupção é há algum tempo fato consumado. A diferença é que agora a identificação da corrupção está disseminada por todo o mundo.

Não adianta mais a Globo, como fez ontem no Jornal Nacional, tentar esconder e continuar protegendo a sua criatura; Moro é lixo da História.

Lembram de Joaquim Barbosa?

Como Moro, também já foi guindado pela mesma Globo à condição de herói de plantão!

Por onde anda?

Muito menos adianta o espernear dos seguidores de Moro.

Na sua estupidez, farão de tudo para não ver.

E daí?

Num país minimamente sério, Batman e Robin ao avesso estariam presos.

Presos ou não, com “supostas mensagens” ou não, os paladinos da justiça, os combatentes da corrupção, estão completamente nus.

Uma nudez que mostra o quanto são feios e cheiram mal.

Há mais.

Podem aguardar.

Lava Jato, maior escândalo judicial da história brasileira

Conjur, sobre texto de Gaspard Estrada, cientista político francês

A “lava jato” se vendia como a maior operação anticorrupção do mundo, mas se transformou no maior escândalo judicial da história brasileira. É o que afirma Gaspard Estrada, diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e do Caribe (Opalc) da universidade Sciences Po de Paris, em artigo publicado nesta terça-feira (9/2) no jornal norte-americano The New York Times.

Ao comentar o fim da força-tarefa no Paraná, Estrada aponta que osprocuradores defendem a operação com uma série de números: 1.450 buscas e apreensões, 179 ações penais, 174 condenados, incluindo políticos e empresários, incluindo o ex-presidente Lula. “Porém, para conseguir esses resultados, os procuradores violaram o devido processo legal, sem reduzir a corrupção”, diz.

Se antes já havia dúvidas sobre a sua parcialidade na condução dos processos contra Lula, cita Estrada, com a divulgação de mensagens de Telegram se verifica que o ex-juiz Sergio Moro orientou a construção da acusação contra o ex-presidente, “violando o princípio jurídico de não ser juiz e parte ao mesmo tempo”.

Quando foi relevado que o escritório Teixeira Zanin Martins Advogados, responsável pela defesa do petista, foi grampeado pela “lava jato”, os procuradores alegaram que se tratou de um erro. Entretanto, ressalta o diretor do Opalc, hoje é possível confirmar que os membros do Ministério Público Federal eram constantemente informados por agentes da Polícia Federal sobre as ligações, com o objetivo de traçar estratégias e obter a condenação de Lula.

Para Estrada, as consequências da atuação ilegal da “lava jato” estão claras: ‘O Estado de Direito está cada vez mais em perigo, com a aprovação de grande parte do establishment político e econômico que ontem apoiou cegamente a operação ‘lava jato’ e hoje apoia a chegada de um político acusado de corrupção [Arthur Lira] à presidência da Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo em que o presidente [Jair Bolsonaro] desmantela grande parte das instituições de combate à corrupção e ao crime.”