Por Ronaldo Souza
A Copa do Mundo de Futebol da FIFA de 2014, da qual participaram a Seleção Brasileira e mais 31 seleções de outros países, chega ao fim.
Para nossa tristeza.
Foram 32 dias de um belo espetáculo.
Grandes jogos, muitos gols, grandes defesas por parte dos goleiros, muita alegria e congraçamento entre povos.
A Seleção Brasileira de Futebol esteve mal, muito mal.
Desde o início, para nossa surpresa e grande preocupação, mostrou-se frágil.
Ainda que buscássemos justificar o seu desempenho, já tínhamos identificado que aquela não era a nossa seleção. Não era a nossa velha conhecida e respeitada amarelinha, que tantas vezes nos fez chorar de tristeza, mas muito mais vezes nos fez sorrir e chorar de alegria na confusão de emoções que só as grandes alegrias são capazes de proporcionar.
Se não era aquela velha conhecida, nem por isso deixava de ser nossa. E fomos com ela.
É verdade, não fomos longe. Mas fomos com ela até o final.
Também é verdade que choramos. E não foi pouco.
Não é a iminência da derrota que a torna menos dolorosa porque nela está contida, lá no fundo, a esperança.
Não é a esperança a última que morre?
Mas como esquecer os dias de alegria e de festa que vivemos?
Por mais que a derrota e a maneira como ela se deu tenham sido dolorosas, não é a tristeza que caracteriza a alma do brasileiro.
Não são as nuvens escuras que emolduram os nossos dias.
É o Sol.
A tristeza como comportamento não está no nosso sangue, não está na nossa alma.
Desde a quarta-feira, 09/07, o dia após aquela imensa tristeza, o brasileiro já voltou à sua vida normal. Triste, mas voltou.
E já estava de volta torcendo pela sua seleção no sábado, quando nova derrota horrorosa lhe derrubou outra vez.
Outro tombo.
Com a mesma intensidade?
Não.
Onde estava o brasileiro no domingo? Em casa se torturando?
Não.
Torcendo pela Alemanha.
Não queiram fazer do brasileiro um povo perdedor.
Quem apostar nisso vai perder outra vez.
A Copa que ele perdeu já passou.
Mas há outra Copa.
Começou bem antes da Copa do Mundo de Futebol.
O Brasil ganhou.
De goleada.
Mas essa continua.