A Endodontia e o CIOBA

CIOBA 2018

Por Ronaldo Souza

Em novembro de 2016 escrevi e postei A ABO Bahia está de parabéns, no qual me reportei à feliz condução do CIOBA daquele ano.

Tendo havido um desabamento de parte da estrutura do Centro de Convenções da Bahia um mês antes do congresso, Dra Maria Angélica Behrens (presidente da ABO) e sua diretoria foram heroicos.

No curto espaço de tempo de um mês “construíram” um novo CIOBA, realizado na Fonte Nova.

Sobre essa questão, encerrei o meu texto assim:

É nítido que a ABO-BA respira novos ares e dá sinais de viver um novo momento.

Mesmo desvinculado por razões pessoais de participação no CIOBA desde a sua última versão em 2014, por estar no dia-a-dia da ABO através dos nossos cursos de Especialização e Atualização pude ver o “sufoco” que foi a vida de Dra. Angélica e de alguns membros de sua equipe durante o mês que antecedeu o Congresso.

Posso dizer, portanto, que qualquer crítica nesse sentido não tem pertinência.

A ABO Bahia está de parabéns.

E então abordei outro tema, dessa forma:

Entretanto, se, diante do que foi exposto, essas eventuais críticas devem ser desconsideradas, outras talvez não.

Durante os encontros pelas “ruas” do Congresso, alguns colegas (posso assegurar que não foram poucos) conversaram comigo e houve uma crítica de todos eles, alguns de forma tímida outros mais veementes, sobre o apelo comercial em algumas palestras.

Disseram que o nome do instrumento, do sistema, do material, o que fosse, aparecia com frequência inaceitável.

Alguns comentaram que já tinham percebido isso antes, mas a surpresa é que mais recentemente tem sido exagerado e que o envolvimento de alguns ministradores estaria ficando muito evidente.

Se pudesse fazer uma síntese do que ouvi, seria esta: não se falou ou pouco se falou do tratamento em si, mas sim do instrumento para fazê-lo.

Parece que as plateias estão percebendo algo estranho, algo que não seria de agora e muito menos estaria acontecendo somente no CIOBA.

E no estranhamento desses colegas parecia haver um pedido implícito.

Não deixem que isso aconteça também com o CIOBA.

Falei aí em cima que “mesmo desvinculado por razões pessoais de participação no CIOBA desde a sua última versão em 2014…

De fato, afastei-me da elaboração e organização da parte científica da Endodontia nos congressos de 2014 e 2016.

Assisti a todos os cursos dos professores convidados nos dois congressos, mas sem qualquer participação na sua elaboração.

Em conversas com a Dra. Maria Angélica Behrens, sempre atenta às coisas, ela não tardou a perceber; “alguma coisa está fora da ordem”, como diz Caetano Veloso em uma de suas músicas.

Os cursos do CIOBA voltariam, como voltaram, às mãos dos coordenadores dos departamentos da ABO.

Corrigiram-se os rumos de algo que não tinha sido bem traçado.

Tive o prazer de trabalhar com a Profa. Eneida Araújo na elaboração e organização do módulo Endodontia. Sua reconhecida simplicidade torna bem mais fácil a relação profissional. A sua também reconhecida humildade torna agradável o convívio.

Ficamos todos felizes diante dos elogios ao módulo Endodontia, particularmente o debate final, que, por questões de disponibilidade de horário, não estava previsto na programação oficial, mas pelo qual “briguei” até a quinta-feira (25/10), véspera do módulo.

Assim, em meu nome e no de Eneida, ficam aqui os parabéns pela qualidade das aulas e do debate e os agradecimentos aos professores Alexandre Capelli, Antônio Batista, Eudes Gondim Jr. e Rodrigo Vivan.

Afinal, foram eles que deram brilho a aquele momento e o fizeram “bombar”, segundo as palavras de Dr. Luciano Castelucci, vice-presidente do congresso.

Todos os parabéns a Maria Angélica Behrens, Luciano Castelucci, Paulo Feitosa, Cláudia Albernaz, Maria Rita Sanches e a todos os membros das comissões que organizaram o CIOBA e aos funcionários da ABO Bahia.

Vocês fizeram um belo congresso.