Moro de tolo

 

Por Ronaldo Souza,

Não lembro de quantas vezes já escrevi sobre esse tema, sei que algumas.

Sempre se chamou a atenção para a destruição da indústria brasileira realizada por Sérgio Moro e a Lava Jato.

A estatal Petrobrás e a privada Odebrecht são os maiores exemplos.

Destruir a Petrobrás atendeu muito bem ao desejo de alguns países, particularmente dos Estados Unidos. É só lembrar que durante o governo Dilma, o governo Obama foi flagrado espionando o Brasil através das agências de inteliência americana e suas siglas, que adolescentes brasileiros, principalmente os de 40-60 anos, adoram: CIA e FBI.

Qual era o grande interesse?

Petrobrás.

Por que?

Precisa dizer?

Por sua vez, a Odebrecht estava ganhando concorrências de empresas americanas dentro dos Estados Unidos e também em outros países. Também precisa dizer mais alguma coisa?

A manada dirá que foi em nome do combate à corrupção.

Não se deve dar explicações a idiotas, mas, o que poderia dizer a eles?

Se fosse possível, diria para procurarem saber se alguma vez qualquer governo dos Estados Unidos, em qualquer tempo, fosse do partido Democrata ou Republicano, permitiu que alguma empresa americana quebrasse, mesmo que fosse por conta de corrupção.

Na sua sabedoria, “eles” devem ter certeza de que as grandes multinacionais americanas são exemplos de não corrupção.

O que mais poderia dizer a eles?

 

Referência de combate à corrupção para eles, herói nacional, Moro quebrou a Odebrecht e agora, como sócio-diretor da consultoria norte-americana Alvarez & Marsal, vai… administra-la!!!

Já se sabe que ganhará uma fortuna!

Em dólar.

A imprensa já divulgou que a Alvarez & Marsal, consultoria americana da qual Moro agora é sócio-diretor, já faturou 17,6 milhões com a crise da Odebrecht.

Não é sensacional?

A outros procuradores, juízes…, peças de menor importância e degraus para as ambições de Moro na missão que lhe foi dada, coube tão somente a ação periférica de ajudar em todo esse processo.

De mudança, em 2021 ele estará de partida para o país que, pelos serviços prestados, agora lhe abre as portas.

Não sem antes embolsar uma fortuna, dessa vez como consultor de um bilionário israelense investigado por corrupção em disputa com a Vale, empresa… de onde mesmo? Ah, sim do Brasil.

 

Como se pode ver, Moro adora as nossas empresas e faz de tudo para protegê-las.

Enquanto esteve no governo, que ele fez com que fosse eleito, Moro protegeu de todas as maneiras o presidente e seus filhotes. Sua “conje”, como ele também possuidora de muita inteligência e sensibilidade, chegou a dizer que não adiantava tentarem criar inimizade entre ele e Bolsonaro porque os dois eram um só.

Moro, metade do um só, saiu atirando e entregando o mesmo governo de bandeja à Globo, através dos vazamentos que tanto encantavam à manada, agora dividida entre as duas metades do um só.

Agora palestrante (lembra das palestras de Lula, todas com dinheiro de corrupção?), Moro anda deslumbrado com o faturamento de fortunas dizendo coisas das empresas brasileiras que ele ajudou a destruir.

Segundo o jornalista Florestan Fernandes Júnior, “depois de fazer tanto mal ao país, agora Moro só quer saber de sua bufunfa”.

Incrível como a manada não sabe de nada disso.

Ou sabe?

Veja na matéria abaixo mais uma pequena amostra de outro setor (Energia Nuclear) que o consórcio Moro/Lava Jato destruiu e que passou despercebido para muita gente.

Beneficiário direto?

Estados Unidos.

Preso por corrupção o delegado que algemou o Almirante Othon

É mais um capítulo da enorme degradação do sistema judicial brasileiro com
a parceria pornográfica entre juízes, delegados e repórteres
Por Luis Nassif,

Um dos episódios mais indignos da Lava Jato foi a operação de prisão do Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, 76 anos.

Numa ponta, um almirante com enorme folha de serviços ao país, principal responsável pelo domínio que o Brasil passou a ter sobre uma fonte de energia relevante, a nuclear.

Na outra, um delegado da Polícia Federal, Wallace Fernando Noble Santos, com o poder absoluto assegurado por uma Justiça indecentemente parcial e uma mídia que se transformara em repassadora de pré-releases da operação.

O inquérito de Othon foi aberto a partir de informações entregues à Lava Jato por uma Advogada do Departamento de Justiça americano, que até um ano antes servira ao maior escritório de advocacia que atendia a indústria nuclear americana.

O delegado chegou ao apartamento da Othon e alertou que, se não abrisse a porta, ela seria arrombada. Indignado, Othon reagiu. Com dois pontapés, Noble arrombou a porta.

Segundo ele, Othon teria avançado sobre a equipe. O valente Noble, com a ajuda de um agente, derrubou e algemou o Almirante, de 76 anos, que gritava que, na condição de vice-almirante da Marinha, deveria haver no mínimo um vice-almirante no local. Preso, algemado e era apenas uma operação de busca e apreensão.

Noble respondia ao então juiz Sérgio Moro.

Ontem, uma operação da Lava Jato Rio de Janeiro prendeu o delegado Noble, sob a acusação de vender proteção aos grandes criminosos. Advogados atuavam como intermediários, vendendo proteção a empresários e repartindo a propina com policiais como Noble.

É mais um capítulo da enorme degradação do sistema judicial brasileiro com a parceria pornográfica entre juízes, delegados e repórteres.

Quem é a vítima?

Por Ronaldo Souza

De repente Gerson irrompeu no gramado como que atingido por um raio, despejando toda a indignação do mundo.

Acusava o desconhecido jogador do Bahia, Índio Ramirez, colombiano, de lhe ter dito; “cala a boca, negro!”

Que sensação deve sentir uma pessoa nessas horas?

De ira, claro, dirão muitos, quem sabe todos!

Mal terminara o jogo, eram os mais diversos possíveis os comentários em apoio a Gerson, vítima de injúria racial.

O próprio presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, ligou pessoalmente prestando toda solidariedade a ele. Além disso, a nota oficial do Bahia dizia “que é indispensável, imprescindível e fundamental que a voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza”.

Nenhum outro apoio poderia ser mais emblemático do que esse.

Nada mais justo, afinal, sob qualquer perspectiva, o racismo é altamente deplorável e condenável.

Assim, entendendo a sua posição e o papel que lhe cabia, o Bahia prestava solidariedade à vítima.

Por entender perfeitamente o que lhe cabia fazer, o Bahia também tratou de afastar o acusado, o seu jogador, Índio Ramires, das atividades do clube.

O prejuízo era enorme, pois, como reconheceram narradores e comentaristas de diferentes emissoras, Ramirez foi decisivo no jogo.

Mais importante, porém, do que a qualidade técnica demonstrada, importantíssima para as próximas partidas, o Bahia entendeu que afastá-lo era recomendável, até para preservá-lo.

Naquele momento, ao afastá-lo, o Bahia não estava aceitando o veredito de culpado, já emitido pela imprensa e pelo Flamengo. Muito menos o estava acusando, pelo contrário. Ao entender que sua missão teria que ir além do gramado, afastou-o, mas, de imediato, foi prestado ao jogador o devido acompanhamento psicológico.

O Bahia mostrava que suas ações sociais, através do Núcleo de Ações Afirmativas, não são “da boca pra fora”. A compreensão demonstrada por sua diretoria, tendo à frente o presidente Guilherme Bellintani, do momento que se vive mostrava porque esse clube hoje é reconhecido nacional e internacionalmente como o mais progressista do Brasil.

O pesadelo

No início da semana após o jogo, Flamengo e Gerson compareceram à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância para o depoimento de Gerson e abertura de inquérito de investigação.

A queixa era de injúria racial, que teria sido cometida por Ramirez contra Gerson.

Ao mesmo tempo em que abria o inquérito, o Flamengo encaminhou o processo ao STJD e à polícia e contratou peritos para fazerem a leitura labial e elucidar o que de fato teria sido dito.

O mundo desabava sobre a cabeça daquele garoto de 23 anos que saíra da Colômbia, seu país, para construir um futuro nesse imenso país/continente, o Brasil.

Diante das câmeras e microfones do mais poderoso sistema de comunicação do país, os dois peritos confirmaram a injúria racial; a palavra “negro” tinha sido pronunciada.

Estava confirmada a injúria racial.

Levada com grande ênfase aos quatro cantos do país e provavelmente além do nosso jardim, antecipavam-se julgamento e condenação do jovem jogador.

O que deve passar nessas horas na cabeça de um garoto de 23 anos que se vê diante de um inquérito policial de injúria racial aberto contra ele, recém-chegado a um país inteiramente desconhecido?

Terá sentido o peso da veemência do julgamento e condenação antecipados que parte da imprensa e da sociedade promoveram?

Como seria a justiça desse país/continente em que ele imaginara viver o seu sonho?

Ela, a justiça brasileira, se deixaria levar pela força do quarto poder?

Ela, a justiça brasileira, se permitiria ser influenciada pelo poder daquele que é tido como o mais importante e querido clube do país?

Ela, a justiça brasileira, em algum outro momento teria tido experiência ou conhecia algum episódio de condenação sem as devidas provas?

Qual seria a postura dos torcedores? Apoiariam a sua condenação por convicções pessoais e não provas?

Qual seria a postura do clube que o contratara? Teria coragem e iria enfrentar um processo que nem sempre corre nos trilhos?

Sonhos não morrem

No horizonte sombrio, o Flamengo tinha surgido com o que parecia ser a evidência final: uma discussão entre Ramirez e Bruno Henrique, outro jogador do rubro negro carioca, na qual os peritos do Flamengo afirmaram ter havido a injúria racial.

Ao mesmo tempo em que “surgiam” evidências mais fortes, dessa vez “comprováveis”, desapareciam do cenário aquelas que deram início a todo o processo e que condenavam o jogador do Bahia. É que nada que comprovasse a injúria racial de Ramirez a Gerson, absolutamente nada tinha sido encontrado.

Nada se confirmara.

E isso trazia prejuizos claros ao julgamento/condenação já perpetrado.

Para Flamengo e Gerson, as esperanças de confirmação repousavam agora na ríspida discussão de Bruno Henrique com Ramirez.

Foi aí que entraram em cena os peritos contratados pelo Flamengo, que afirmaram que Ramirez teria dito sim a palavra “negro”.

Estavam salvos.

Havia, porém, um detalhe que não tinha como deixar de mencionar; o comportamento xenofóbico (crime com a mesma pena do racismo) por parte de Bruno Henrique ao chamar Ramirez de “gringo de merda”.

Para o torcedor, e o Flamengo se tornara um, o “jogo” estava empatado.

1 X 1.

A injúria racial de Ramirez contra Bruno Henrique (e não contra Gerson) versus a xenofobia de Bruno Henrique contra Ramirez.

Não estava.

O próprio Bruno Henrique tratou de negar a nova “prova” do Flamengo, ao dizer que em nenhum momento ouviu a palavra negro.

E esta era também a primeira desqualificação dos peritos contratados pelo time carioca, que afirmaram ter havido a ofensa a Bruno Henrique, a nova vítima do time do Ninho do Urubú, o belo centro de treinamento do mais querido.

Na sequência viria outra.

O INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) fez um comunicado à imprensa dizendo entre outras coisas o seguinte: “O INES, a despeito de possível expertise que possa vir a ter qualquer um de seus servidores, não possui a competência para se manifestar sobre questões que requeiram habilidades de leitura labial” .

Por sua vez, o Bahia fez quatro laudos periciais, dois dos quais com peritos com experiência internacional e forense. Foram todos taxativos em dizer que nada que comprovasse a injúria racial que teria sido cometida por Ramirez foi encontrado. Ao mesmo tempo, afirmaram que houve injúria xenofóbica por parte de Bruno Henrique.

Que sentimentos entram em jogo numa partida com aquela intensidade, inclusive de emoções que vão em direções completamente opostas?

Qual o tamanho da sensação de perda em um jogo com aquelas características e que recursos podem ser, já foram e ainda serão utilizados no futebol para reverter situações assim?

Qual o tamanho dessa perda e o que ela pode representar diante da proximidade de uma eventual e esperada conquista de um título?

Há quem possa saber e controlar o que dita o inconsciente de cada um dos que vivem esse processo?

Que sensações poderão ter passado pela mente de Gerson naquele momento em que seu time parecia ter assegurado a vitória com extrema facilidade e de repente sofre uma virada com aquela força e qualidade, que pode desorientar qualquer adversário?

Foi altamente frustrante ver as análises feitas pela nossa imprensa.

Foi altamente decepcionante perceber mais uma vez a incapacidade de vários jornalistas e repórteres em analisar manifestações que deixavam de pertencer ao futebol, por refletirem algo que, apesar de acontecerem com muita força também no futebol, encontram em outras esferas do comportamento humano a sua explicação.

Mostraram-se pequenos outra vez e sem nenhuma inteligência e sensibilidade estiveram a poucos passos de interferir de maneira desastrosa na carreira de um jovem jogador de futebol. 

Teria Ramirez, um garoto de 23 anos, lido ou ouvido em algum lugar que sonhos não morrem?

Sonhos não morrem, Ramirez!

Sonhos não podem morrer.

Morrendo, morremos todos e cada um de nós.

Que bom que você, no que deverá ser um dos piores momentos de sua carreira ainda na fase inicial, está em um clube cuja diretoria demonstra possuir essas coisas chamadas inteligência, sensibilidade, serenidade…, tão em falta nos tempos que vivemos.

Obs. Quem desejar ver a íntegra da entrevista de Guilherme Bellintani, é só clicar aqui www.youtube.com/watch?v=i3j9RQVfACI&feature=youtu.be

A tua piscina tá cheia de ratos

Por Ronaldo Souza

Os cortejos dominicais das avenidas paulistas espalhadas pelo país (Avenida Atlântica, Farol da Barra, Boa Viagem…) nunca conseguiram perceber que eram amarelados não pelas cores da Bandeira Brasileira, com a qual muitos se cobriam, mas pela insensatez que a farsa e a ignorância costumam impor às bandeiras de moralistas sem moral, autointitulados de guerreiros do combate à corrupção.

A clareza da farsa era gritante, a começar pelas referências, que se tornaram ícones da moral e dignidade.

Poucas vezes os farsantes se mostraram de forma tão explícita; a farsa era despudoradamente exibida em plena luz do dia, sempre sob a proteção do velho guarda-chuva da luta contra a corrupção e o comunismo, “luta” que reflete uma tremenda mediocridade inetelectual.

Lenta e gradativamente a estupidez foi sendo injetada nas veias abertas que conduzem a corações e almas dominados pela ignorância e preconceito.

Nada se percebia.

Chico Buarque já cantava assim em outros momentos:

“Dormia a nossa pátria mãe, tão distraída,
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”

Agora que passou o processo eleitoral que levou um homem doente à presidência e não há mais grandes riscos, o judiciário brasileiro sai um pouco da sua covardia e acanalhamento para julgar de fato e só aí “percebe” que os processos contra Lula têm que ser arquivados (sete já foram) por absoluta inconsistência e falta de provas.

Como as notícias sobre os arquivamentos dos inquéritos não são divulgadas, pelo contrário, são abafadas pelos já conhecidos sistemas de comunicação do país, faz-se de conta que nada está acontecendo.

Se o que está acontecendo não é divulgado (que interesse haveria em divulgar que Lula terá que ser inocentado e que Dilma já foi?), ninguém toma conhecimento do que está acontecendo.

Assim, o não ver e o não querer ver, ambos, tornam a ignorância bem mais confortável. Esse conforto traz a sensação de menos estupidez. 

Já ouviu falar de tapar o Sol com uma peneira?

É isso que faz Rodrigo Maia, o presidente do Congresso, já ter engavetado mais de 50 pedidos de impeachment (devidamente embasados) do pobre homem que ocupa o cargo de presidente.

É isso que faz a suspeição de Moro aguardar julgamento há dois anos. Todas as vezes que o julgamento é marcado, é adiado.

É isso que faz Dallagnol desaparecer, na velha jogada de dar um sumiço por uns tempos para que a sociedade esqueça o que ele fez.

Entretanto, a farsa, já desmascarada em vários momentos, não cansa de ter novos episódios vindo à tona.

O mais recente, que, pra variar, os “sistemas de comunicação” também não comunicam ao povo, você pode ver no texto abaixo.

E a manada, que tudo ignora, segue seu destino, feliz da vida.

Gonzaguinha também já cantava:

A plateia ainda aplaude ainda pede bis
A plateia só deseja ser feliz

——

Com denúncia do hacker, prisão de Moro e Dallagnol é única alternativa

Por Jeferson Miola

Se as instituições estivessem funcionando normalmente no Brasil, o ex-juiz Sérgio Moro, o [ainda] procurador Deltan Dallagnol e os demais elementos do bando criminoso da Lava Jato – integrantes de tribunais e altas Cortes do judiciário, do MPF, da PF e da mídia – estariam todos presos.

Esta é a única conclusão a que se pode chegar depois de se assistir à entrevista de Walter Delgatti Neto, que se notabilizou como hacker de Araraquara/SP, à emissora CNN Brasil.

Na entrevista, Delgatti enfatizou que Moro era o que tinha muito interesse no Lula. Conhecedor do conteúdo de todas mensagens, ele sustenta que o fato pelo qual o prenderam [Lula] não existe.

Delgatti detalha aspectos publicados pelo site The Intercept Brasil [Vaza Jato], como por exemplo a promiscuidade de ministros do STF com procuradores da Lava Jato.

Ele explicou que Barroso, Fux e Fachin eram “aliados de altíssima confiança no STF entre os procuradores” – os 3, aliás, e não por coincidência, muito festejados nos grupos de Telegran do bando criminoso: Aha! Uhu!, o Fachin é nosso!”, “In Fux we trust” e “1 Barroso vale por 100 PGRs!.

O Barroso, eles tinham um laço bem próximo. O Barroso e o Deltan conversavam bastante, afirmou o hacker, acrescentando, ainda, que o “iluminista” ministro do STF também agia ilegalmente como o Moro, e orientava a estratégia de acusação contra Lula: Inclusive o Barroso, em conversas, auxiliava o que colocar na peça, o que falar. Um juiz auxiliando, também, o que deveria fazer um procurador.

Delgatti também detalhou denúncias inéditas, que não haviam sido divulgadas pelo Intercept.

Ele disse, por exemplo, que os procuradores transpareceram terem ficado mais empolgados com o resultado da morte do Zavascki do que consternados com a morte trágica do então relator da Lava Jato no STF. O motivo da alegria ficou óbvio: Fachin assumiu a relatoria da Lava Jato no Supremo. Aha! Uhu!.

Outra novidade explosiva foi a de que a Lava Jato pretendia prender os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Perguntado a respeito, Delgatti foi categórico: Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentavam de tudo pra conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queria que a OAS delatasse o Toffoli, eles quebraram o sigilo do Gilmar Mendes na Suíça, do cartão de crédito, da conta bancária dele, eles odiavam o Gilmar Mendes, falavam mal do Gilmar Mendes o tempo todo.

Vale lembrar que na época a imprensa lavajatista – Globo à frente – realizou vazamentos seletivos com tais suspeitas contra os 2 ministros.

As provas de todas afirmações de Delgatti estão custodiadas pela PF desde julho de 2019, e são mais que suficientes para recomendar a instauração de processos criminais contra todos envolvidos; a instalação de CPIs sobre o golpe e a farsa da eleição de 2018; e a abertura de processo de investigação sobre conexões internacionais na perpetração do golpe no Brasil.

Estas novas denúncias reforçam o embasamento para o julgamento dos criminosos que corromperam o sistema de justiça e a democracia do país com propósitos particulares, políticos e ideológicos e manietados por potência estrangeira.

Com essas denúncias gravíssimas, a prisão do Moro, do Dallagnol e do bando criminoso por eles chefiado é a única alternativa que resta para se poder iniciar a restauração do Estado de Direito.

Ah!, e se as instituições de fato funcionassem normalmente e tivessem o menor resquício de compromisso democrático, o STF julgaria imediatamente a suspeição do Moro, cujo processo aniversariou 2 anos sem julgamento na Suprema Corte.

Miséria humana

 

Por Ronaldo Souza

Ao longo dos anos Bolsonaro tem sido considerado um completo idiota, muito burro (é consenso que é o presidente mais burro que o Brasil já teve e virá a ter; nesse caso, o futuro se faz previsível), ignorante, estúpido, mentiroso, desajustado mentalmente, “canalha, covarde, contrabandista e com graves distúrbios psicológicos” (esta última descrição foi feita pelo Exército Brasileiro quando o expulsou dos seus quadros).

Também tentei, em vão, defini-lo.

Dei-me por vencido e, reconhecendo, chamei-o de inadjetivável (veja aqui Bolsonaro, o inadjetivável).

Entretanto, o jornalista Jânio de Freitas deu fim a essa questão, ao defini-lo como “miséria humana”.

Miséria humana!

Resolvida a questão, deixei-o de lado. Hoje, raramente falo ou escrevo sobre ele.

Não pretendo gastar um tempo de que não disponho para falar de um assunto que me é tão desagradável e constrangedor. Sempre é doloroso falar da miséria humana, seja em que sentido for.

O ovo da serpente

“Desprovido de valor, de importância, reles, de tamanho inexpressivo, minúsculo, ínfimo, que incita compaixão, que necessita de muita coisa, mísero, que incita desprezo, canalha, desonesto, vil”… Estas são algumas definições de “miserável” dadas pelo Dicionário Online de Português.

Como culpar um miserável por ser miserável?

Talvez Bolsonaro não tenha culpa de ser Bolsonaro.

Gestado por um processo perverso, ele é fruto de algo inconcebível.

Algo que não tem a ver com a vida, mas com a morte, morbidez que se tornou sua incrível e constante companhia.

 

Durante a sua vida, todos os limites do que que há de pior na raça humana foram ultrapassados, mas nos últimos tempos ele foi muito além das fronteiras da sua insanidade!

 

Em nada lhe afetam mortes e mortos.

Nos encontros e desencontros das duas vertentes mais aceitas, herança genética e meio em que se vive, devem estar as explicações que talvez consigam dizer porque Bolsonaro é o que é.

Entretanto, sem saber o que diz, muito menos o que faz, não parece ser tão simples culpá-lo, só ele, por tantos desatinos.

Chico Anysio, gênio do humor brasileiro, contava uma história que, inicialmente engraçada, hoje soa trágica.

Dizia ele que durante a criação do mundo, um anjo, sempre muito crítico, contestava Deus frequentemente. Em um desses momentos, apontando para vários países, disse o anjo:

– Veja, Senhor, nesses países o senhor pôs vendavais, tufões, maremotos, terremotos, temperaturas excessivamente frias, outras quentes demais… e, apontando para o Brasil, completou; agora nesse, o senhor colocou um céu esplendorosamente azul, dias ensolarados, um carnaval maravilhoso, florestas maravilhosas, frutas tropicais de sabor inigualável, temperaturas mais agradáveis, sem vendavais, tufões, terremotos…

Deus, que já andava de saco cheio do anjo, respondeu.

– Por que és tão precipitado, meu filho? Espera só para ver o povo que vou botar aí!!!

Faz-se absolutamente desnecessário qualquer esforço para se enxergar a origem daquela que é vista como a maior aberração e o maior desastre da história da política brasileira.

Mas, como isso foi possível?

Acontecimentos como esse só se tornam possíveis quando a sociedade atinge os mais elevados índices de degradação!

Política e políticos são demonizados e cria-se um enorme vazio no seio da sociedade. A história registra que esses vazios costumam ser “preenchidos” pela falta de ideias arejadas.

É comum então que homens doentes despertem na raça humana o que há de mais patológico nela.

Por isso, soa trágico o que um dia foi engraçado!

“O povo que vou botar aí”.

O fato é que um paquiderme jamais subirá numa árvore!

Veja o elefante; nunca conseguiria.

Alguém teria que colocá-lo lá.

Apesar das evidentes dificuldades, fazer isso não representa o maior problema. A grande questão é que a estrutura criada para colocá-lo na árvore não pode ser retirada.

O peso daquele corpo, que desconhece o equilíbrio, de imediato o levaria ao chão e proporcionaria (não deve haver nenhuma dificuldade em se chegar a essa dedução) um grande desastre; a destruição da árvore.

Por essa razão, quanto menos ele se mexer, mais fácil será. Ao contrário, quanto mais ele se movimentar mais dificuldades trará ao projeto.

Em cada patada, galhos irão se quebrar aqui e ali, o que faria desabar a árvore antes do tempo previsto. É, portanto, fundamental que se contenha o animal, mesmo sabendo que se trata de tarefa difícil, afinal, animal não raciocina, faz por instinto!

Assim, a enorme equipe que se cria para tornar possível o projeto de por o elefante na árvore sabe que, mais do que simplesmente colocá-lo lá, mecanismos precisam ser criados para que lá possa ser mantido.

Suas ações terão que ser controladas.

Apesar disso parecer fácil, não é.

Talvez não seja difícil imaginar que, diante de qualquer contrariedade e ameaçado de ser retirado da árvore, o paquiderme recorrerá à sua manada (que o ajudou a subir na árvore), para ajudá-lo mais uma vez. Não que a manada criará mecanismos de sustentação, isso é impossível, tendo em vista que, também paquidermes, não pensam.

Quem assistiu aos famosos filmes de Tarzan, lembra dos sinais emitidos por ele próprio e pelos elefantes no chamamento das manadas; era aterrorizante aqueles animais enormes chegando em grandes grupos acuando qualquer outro animal ou humano que estivesse pondo em risco o bem-estar de um deles.

Os famosos gritos de Tarzan eram sinais de comunicação entre os animais. Lembre que Tarzan foi criado na selva por animais.

Hoje, na verdade há cerca de dez anos, já foi identificada por pesquisadores o que eles chamaram de “linguagem secreta” dos animais, sinais trocados entre eles que os humanos não conseguem alcançar e entender.

Coisas ditas nos tempos atuais, sem nexo, estranhas, incompreensíveis, verdadeiros uivos e grunhidos e por isso não entendidos pelos humanos, são na verdade usadas como sinais que só as manadas entendem.

O paquiderme, sempre que acuado, emite os sinais.

Diante do chamamento, formam-se as manadas.

Como nos filmes de Tarzan, o barulho que fazem cria uma atmosfera de terror.

A presença física delas é uma constante ameaça aos humanos.

Nada racional, puro instinto.

A compreensão disso nos faz entender que o paquiderme, sozinho, representa o mal menor.

Há todo um contexto criado para não permitir mudanças no status quo

Diante de qualquer iniciativa para retirar aquele paquiderme de cima da árvore (o que entre os humanos tem um nome esquisito, impeachment), todo o sistema é mobilizado.

O paquiderme sabe que nada irá lhe acontecer ou aos seus filhotes.

Não é o rei da selva, mas quem o controla, controla tudo mais, inclusive a selva.

Uma frase consagrada por Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, ligeiramente modificada pode ser utilizada e explica bem.

É a estrutura, estúpido!

Um patife sem máscara

Por Fernando Brito, no Tijolaço

O Brasil tem um patife como presidente, não há mais palavras que, sem ferir o decoro ou o Código Penal sirvam para definir o covarde e desqualificado que ocupa o Planalto.

Depois de prescrever, como charlatão que é, mezinhas e poções contra a Covid 19, Bolsonaro, em sua maldita live, em meio a um monte de asneiras, investiu contra a única e mísera arma que temos para evitar que o morticínio seja ao menos, contido nas alturas em que está: a máscara.

“A questão da máscara, não vou falar muito porque ainda vai ter um estudo sério falando da efetividade da máscara, se ela protege 100%, 80%, 90%, 10%, 4% ou 1%. Vai chegar esse estudo. Acho que falta apenas o último tabu a cair”

Não é, claro, nem na teoria nem na prática que este energúmeno investe contra a máscara. Já em agosto, o supercientista dizia que a máscara “tem eficácia quase nula”. E antes (e depois, também) fez questão de, sem ela, meter-se a provocar aglomerações de seus fanáticos.

Fosse apenas um imbecil sem função, nada de mal nos faria passar, senão vergonha.

Acontece que todos sabem que os dirigentes dos órgãos públicos com responsabilidades sobre a saúde e o bem-estar da população devem-lhe obediência canina e ele não hesita em os pressionar e até os humilhar para que sigam à risca os seus delírios: os militares não lhe foram atrás do conto da cloroquina, deixando milhões de doses encalhadas e o próprio general da Saúde, Eduardo Pazuello não aceitou se publicamente humilhado no caso da vacina chinesa?

Por isso Bolsonaro é mais que um presidente nulo em meio à pandemia. Não é apenas um mau governante, é um governante mau, que não titubeia em ameaçar direitos da população, inclusive o primeiro e maior, o direito à vida.

Falando de Endodontia

 

Parece ser esse um momento em que conceitos e técnicas consagrados pelo tempo através das pesquisas e experiências clínicas estão sendo desprezados, em nome de um “fazer canal” em que o tempo de duração do tratamento e outras questões menores determinam o como fazer. 

Tudo se tornou possível.

Ensina-se, como num passe de mágica, que todos os problemas da Endodontia são de fácil solução.

Instalou-se o reino do simplismo.

Um reino onde não há dúvidas, não há perguntas, onde o domínio da anatomia se tornou absoluto e banal.

É nesse momento que surge o “Falando de Endodontia”.

Um encontro, um bate-papo entre colegas.

Em cada um deles, eu e Figueiredo estaremos conversando com um convidado sobre as coisas da Endodontia.

Alguns dos nomes mais importantes da nossa Endodontia farão parte desse momento.

O primeiro deles será o Prof. Dr. Mário Tanomaru Filho, (UNESP – Araraquara), com o tema “Cimentos endodônticos biocerâmicos: bases para a aplicação clínica”.

O Falando de Endodontia terá início no dia 24/11/2020 (terça-feira), das 19 às 20:30.

Será realizado na plataforma Zoom, com 1 hora e 30 minutos de duração.

Em breve, mais detalhes. 

Sejam bem-vindos!

Até lá,
Ronaldo Souza (EBMSP) e José Antônio P. Figueiredo (UFRGS)

Existirmos: a que será que se destina?

Por Ronaldo Souza

Há algum tempo, um professor fez o seguinte “comentário” sobre um texto que escrevi e postei aqui:

“Vá a merda professor”.

Sem comentários sobre os erros grosseiros na construção da frase.

Surpresa?

Nenhuma!

Conheço-o bem.

Sua inteligência e sensibilidade nunca lhe permitiram alcançar algo além do básico que lhe ensinaram na escola. Assim, não se poderia esperar que seu conhecimento permitisse alcançar a essência do que é ser professor.

Nesse pequeno universo sem portas e janelas, ele vive com os seus iguais.

Isolado do resto do mundo, ali não chegam as verdadeiras informações, só aquelas corrompidas, originadas nas mentes dos donos desse pequeno mundo.

Mundo, aliás, difícil de ser alcançado.

Mesmo em tempos em que as tecnologias de comunicação avançaram de forma assustadora, para alcançá-lo as informações precisariam travestir-se de desinformação ou de não informação.

Uma regra que tem sido considerada básica na comunicação é; faça-se entender!

Não é tão simples.

Para se fazer entender no universo daquele professor e seus iguais, você precisa usar métodos que os permitam alcançar o sentido.

Isso pode ser dito de outra forma; você precisa baixar o nível.

A não ser que se tenha outros objetivos, em alguns casos, inconfessos, é uma opção sempre perigosa.

Inspiro-me em Caetano Veloso:

Existirmos: a que será que se destina?

A que será que se destina a vida de um professor?

Os transformadores do mundo continuam transformando o mundo?

Continuam merecendo a glória dessa missão?

Estamos de fato fornecendo as ferramentas para a formação da essência do ser humano?

Estamos oferecendo aos alunos as verdadeiras informações, aquelas que os farão, de fato, grandes profissionais?

Estamos oferecendo informações que exigem esforço maior para sua absorção e metabolização, mas que fazem surgir o homem e o profissional na sua plenitude, ou, num enorme e tolo esforço de “nos fazermos entender” a qualquer custo, aquelas mais palatáveis em nome de um suposto perfil da atual geração, à qual deram o nome de “geração mimimi”?

Devemos descer o degrau e lá ficar com eles entre sorrisos e abraços ou devemos trazê-los para o degrau acima e daí continuarmos, juntos, a subir?

Como diz Caetano na mesma bela canção:

“Apenas a matéria vida era tão fina”

Construir o saber é vida, algo muito fino.

Chico

Por Ronaldo Souza

Acordei cedo.

Um hábito.

Também um hábito, nessas horas a minha cabeça se inquieta e viaja.

Muitas vezes para longe.

Posso lhe assegurar que são viagens maravilhosas, que me dão enorme prazer.

Possuem uma característica que nenhuma outra viagem possui; não há fronteiras.

Você viaja por todos os cantos, não do mundo, mas de um universo maior, muito maior, infinito; o da sua imaginação.

Experimente sair do mundo em que você vive e ir para outro onde não há limites.

Pode chamar isso de loucura, concordo com você.

É sim, uma loucura!

Sempre será uma loucura você se ver além do que é possível ver.

Como uma trilha sonora, veio-me:

“As aparências enganam
Aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões…”

Fui busca-la e convidei a minha companheira a curtir comigo.

A vida não é cá ou lá, em cima ou em baixo, atrás ou na frente…

A vida é um turbilhão de sentimentos e emoções que se misturam, se contradizem, se encontram e desencontram…

Que pulsam em você, com uma força assustadora.

Viver sem isso não é viver.

Viver sem vida não é viver.

“Navegar é preciso
Viver não é preciso”

Já dizia Fernando Pessoa.

A inquietação que tomara conta de mim pareceu se aquietar.

Da cozinha, durante o café da manhã, ouvi a voz de Chico me chamando.

Voltei à sala.

Tinha “entrado” um show dele.

Outra vez, a inquietação tomou conta de mim e estava ali, na poltrona ao lado daquela na qual a essa altura eu já estava sentado.

Deixei-me levar pela 1:39 h do show.

Claro, voltando algumas vezes para ver de novo aquilo que tinha acabado de ver e ouvir, que tinha acabado de sentir.

Não, não posso ser egoísta.

Este domingo deixou de ser meu, é de todos.

O que trazer para para compartilha-lo com vocês, tantas são as alternativas?

Se nessa música maravilhosa de Sérgio Natureza e Tunai, Elis canta divinamente os encontros e desencontros do amor e do ódio entre um homem e uma mulher, deixemos que Chico, como poucos um conhecedor do amor em todos as suas nuances e sentidos, nos fale dele numa dimensão maior: o amor e o ódio nos homens e nas mulheres.

Não pense em analisar Chico.

Não vale a pena.

Para ver e ouvir Chico, é preciso só uma coisa:

Sentir.

Sinta!

Caminhos Cruzados

Por Ronaldo Souza

Não sei se há o que comemorar.

Nosso tempo cruzou com um tempo escuro, sombrio, de tempestades sem fim.

E nos pôs diante do sem futuro.

Nos pôs diante dos nossos filhos.

Calados, sofridos, um olhar que nunca vimos naqueles rostos lindos, eles nos perguntam:

Essa será a nossa herança?

Na real?

Não, não há o que comemorar.

No entanto, ao mesmo tempo, a vida nos lembra que ela foi feita para ser festejada.

Já fizemos festa em outros tempos adversos.

Já sofremos, já fomos chicoteados, já choramos, já sentimos dor.

Mas aprendemos a dizer apesar de você para quem nos fez mal e cantar vai passar, na cara dos caretas.

Não será a primeira vez que o sofrimento e a dor nos ensinarão a cantar.

Vamos respirar o mais fundo que pudermos e dizer aos nossos filhos:

Os dias não eram assim.

Amanhã vai ser outro dia.

Kennedy: Moro e Dallagnol corromperam o sistema judicial e lançaram o Brasil no abismo

“Em 2020, o Brasil descobre que Bolsonaro é autoritário e corrupto.
Moro, parcial e corrupto. Dallagnol, hipócrita e corrupto”

O jornalista Kennedy Alencar, correspondente da CBN nos Estados Unidos, se manifestou sobre a blindagem ao procurador Deltan Dallagnol e a derrota de Sergio Moro no Supremo Tribunal Federal. “Em 2020, o Brasil descobre q Bolsonaro é autoritário e corrupto. Moro, parcial e corrupto. Dallagnol, hipócrita e corrupto. Bolsonaro se beneficiou das rachadinhas. Por isso, não responde pela grana do laranja Queiroz. Moro e Dallagnol corromperam sistema judicial. País no abismo”, disse ele. Saiba mais sobre a derrota de Moro:

Sputnik – A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (25) anular uma sentença proferida pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, no caso Banestado, esquema de corrupção ocorrido na década de 1990.

A decisão ocorreu porque o colegiado entendeu que houve quebra de imparcialidade de Moro ao julgar um recurso do doleiro Paulo Roberto Krug.

Segundo os ministros, o ex-juiz agiu de forma irregular ao colher depoimentos durante a verificação da delação premiada de Alberto Youssef, e ao juntar documentos aos autos depois das alegações finais da defesa. As informações foram publicadas pelo portal G1.

Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela anulação da condenação. Edson Fachin e Cármen Lúcia manifestaram-se pela manutenção da sentença e pelo reconhecimento da regularidade da conduta de Moro.

No entanto, diante da ausência de Celso de Mello, em licença médica, prevaleceu o resultado mais favorável ao doleiro Paulo Roberto Krug, conforme determina o regimento do STF.

Em nota, Sergio Moro disse que a regularidade de sua atuação foi confirmada por outros tribunais superiores.

“Em toda minha trajetória como Juiz Federal, sempre agi com imparcialidade, equilíbrio, discrição e ética, como pressupõe a atuação de qualquer magistrado. No caso específico, apenas utilizei o poder de instrução probatória complementar previsto nos artigos 156, II, e 404 do Código de Processo Penal, mandando juntar aos autos documentos necessários ao julgamento da causa”, escreveu Moro.