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Gabriela:
olá Prof., gostaria que esclarecesse uma dúvida. Paciente chegou ao consultório com um quadro de pulpite, dai fiz o tratamento de urgencia na 1 sessao, na sessao seguinte instrumentei e mediquei, na 3 sessao o paciente nao se queixava de dor nenhuma entao obturei logo o canal. Mas 1 semana depois o mesmo de queixa de dor nesse dente quando mastiga alimento solido! Gostaria de saber de onde provem essa dor e qual a minha conduta frente a este caso! um abraço

Gabriela, eu precisaria saber de alguns detalhes, como por exemplo, qual é o dente em questão. Pode parecer sem sentido, mas não é. O tratamento endodôntico de alguns canais, como é o caso do canal vestibular do primeiro premolar superior, pela sua localização embaixo da cúspide, torna o dente mais suscetível à fissura/fratura após o seu preparo, o que poderia levar ao quadro que você relata. Extravasamento de material obturador. Restauração coronária fora do plano de oclusão. Dê mais informações.

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P. S. Durão:
olá, sou ortodontista e recebi uma paciente que apresenta o elemento 22 tratado endodonticamente, porém ainda com lesão periapical e reabsorção do terço apical da raiz. Neste caso, seria contraindicado o tratamento ortodôntico devido ao risco de aumento severo da reabsorção?

Durão, ainda existem algumas questões não definidas nessa relação. O meu ponto de vista é que no tratamento endodôntico de canais com lesão periapical bem conduzido o paciente pode ser liberado para correção endodôntica, pois o reparo da lesão não será impedido. A reabsorção do terço apical deveria merecer as mesmas considerações porque, como a lesão periapical, é de origem endodôntica, mas, a depender das suas características (por exemplo, a extensão da reabsorção), talvez seja mais recomendável não incluir de imediato esse dente no tratamento ortodôntico.

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Elton:
Retramento do elemento 11, após remoção da obturação deficiente, foi colocado um cone papel com medicação, na sessão seguinte durante a remoçaõ do curativo, a ponta do cone se rompeu extravasando para além do forame apical.Qual a melhor conduta a ser adotada??

Elton, o cone de papel pode gerar uma reação do tipo corpo estranho, tal qual uma obturação extravasada. São acidentes, às vezes inevitáveis. Mesmo assim, não encaminhe para cirurgia parendodôntica. Prepare o canal, obture e acompanhe o paciente. Qualquer coisa, estou à sua disposição para orientação em qualquer momento.

Endo na Ilha

Segundo o Prof. Wilson Tadeu Felippe o objetivo principal do Endo na Ilha, realizado em Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catarina, foi reativar os encontros de Endodontia naquele estado. Professores de todas as faculdades estavam presentes, uma razão a mais para me sentir honrado por ter participado desse momento, juntamente com o Prof. Mário Tanomaru (Araraquara). Ficam aqui os meus agradecimentos pelo convite que me foi feito e um grande abraço aos colegas de Santa Catarina. Clique nas imagens para ve-las em tamanho maior.

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Logo após o curso do Prof. Ronaldo Souza, da esquerda para a direita, professores Eduardo Antunes Bortoluzzi, Ronaldo Souza, Mara Felippe e Mário Tanomaru.

 

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Logo após o curso do Prof. Mário Tanomaru, ele e o Prof. Ronaldo Souza. 

 

Professores Ronaldo Souza e Mário Tanomaru no jantar de confraternização. 

 

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Professores Ronaldo Souza, Wilson Felippe e Mário Tanomaru no jantar de confraternização. 

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Nayara Meireles:
Gostaria de saber o que pode acontecer quando há um estravasamento de um unico cone (secundário) de guta percha no apice com mais ou menos 3mm! E o que devo fazer?

Nayara, preconizar o extravasamento de material obturador, cimento e/ou guta percha, é um grande equívoco, entretanto, é um acidente que ocorre com alguma freqüência. É claro que a discussão em termos de reparo é mais complexa, mas o fato de um cone acessório ultrapassar, apesar de trazer transtornos aos tecidos periapicais, não é o fator  gerador do surgimento ou manutenção de uma lesão periapical. Se isso acontecer, reveja, repense e retrate, ou encaminhe para alguém mais experiente, mas não para fazer cirurgia parendodôntica. Quanto ao que você deve fazer é restaurar o dente e acompanhar o paciente.

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Maila:
Se mesmo após medicação intracanal, e após cirúrgia parendodontica não houver regressão de lesão periapical?

Maila, a causa da lesão periapical é a infecção do sistema de canais radiculares. Os microorganismos responsáveis por isso estão alojados nele e, segundo diversos autores, em muitos casos também na própria lesão. Para que se tenha reparo, isto é, desaparecimento da lesão, é fundamental que se promova controle de infecção. A realização da cirurgia parendodôntica já é um indício de que teria havido falha no controle de infecção por parte do tratamento endodôntico, condição passível de reversão, ou seja, ainda é plenamente possível, e recomendável, promover-se esse controle via retratamento endodôntico. A cirurgia parendodôntica encontra a sua indicação quando o tratamento endodôntico de fato bem conduzido não atinge, por algumas razões, o seu objetivo. Devo esclarecer que, nessa condição, tratamento endodôntico bem executado, em raros casos a cirurgia parendodôntica será necessária. Se ela também não resolve, alguns aspectos devem ser conferidos, mas é bem provável que ambos, tratamento endodôntico e cirurgia parendodôntica, não tenham sido bem realizados. Ou então a lesão não é de origem endodôntica.

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Eric:
eu aqui de novo. como devo realisar uma boa ascepsia após o corte dos cones?? é que na faculdade nos ensinaram apenas alcool em bolinhas de algodão. procede??

Esse procedimento é o que se recomenda para remoção do material obturador da câmara pulpar. Ela deve estar completamente limpa.

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Eric:
olá doutor Ronaldo, sou eric da paraíba, recém formado, na minha cidade de 15 mil habitantes só tem apenas um consultório e por sinal sempre cheio, terminei o curso agora, mas estou pensando em montar um consultório logo logo!!. a questão é o seguinte, até agora só realisei tto de canal em dentes anteriores, com um conduto, óbivio. sabendo eu a localização dos condutos em dentes com mais de um. devo realizar, ou devo fazer um curso extra?? muito grato, abraços

Eric, a Endodontia não é nenhum bicho de sete cabeças, mas também não é tão fácil como alguns querem fazer parecer. Na graduação a carga horária e o momento do aluno muitas vezes não permitem o aprofundamento que o professor gostaria de dar ao ensino/aprendizado da disciplina. Acredito que você ganhará mais segurança fazendo um curso que lhe proporcione um melhor aprendizado e possa praticar uma boa Endodontia.
Desejo que tenha sucesso na profissão, mas não esqueça que a Odontologia é muito mais do que às vezes nos fazem imaginar. Pela sua preocupação, tenho certeza de que será um profissional que sempre buscará o aperfeiçoamento. Para isso, estude e trabalhe apoiado em evidências científicas.

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Flávia Maria:
Caro Professor, hoje me ocorreu um caso evento diferente . Recebi  um paciente de um colega com o elemento 14 para tratamento endodôntico. No Rx inicial havia  um leve desvio no acesso ( uma angulo de 20 graus com o canal vestibular e uma profundidade de 1mm aproximadamente) … ao remover o  curativo observei que o colega so havia exposto o canal vestibular… acabei de acessar o canal palatino e fui sondar os canais… apartir dai começou um sangramento excessivo…. bem característico de perfuraçao…  sangue minando do conduto vestibular … posicionei as limas nos canais vestibulare e palatino e radiografei… as limas se encontram dentro dos condutos…  tentei estirpar  os nervos na ansia de diminuir o sangramento…  o que nao ocorreu.  Com uma lima 10 , no meio daquele sangue tentei encontrar alguma  perfuraçao, mas a lima nao ia em  outra direçao que nao a direçao que julgo ser o do canal vestibular( confirmada radiograficamente)… fiz uma pasta de  Hidróxido de Cálcio , taponei a camara com esta e coloquei ZOE.  Acabei de falar com o paciente que relata nao sentir nada, e ainda relata nao sentir mais dor com quente ou frio. Penso que tenha  sim uma perfuraçao a nivel de terco cervical( no local do desvio  do rx inicial…  mas nao tenho como precisar pois a lima nao desviou …nem o sangramento me possibilita e ver algo.
Obs. anatomicamicamente   os canais vest e palatino estão separados por uma fenda de aproximadamente 2 mm.
O senhor poderia me dar alguma luz? O paciente nao possui problemas  sist6emicos de coagulaçao sanguínea, nem é diabético.
Desde já grata.
Flávia Maria

Flávia, não está descartada a possibilidade de perfuração, mesmo com a imagem radiográfica “mostrando” a lima dentro do canal. À distância, porém, sem ver o caso é muito difícil diagnosticar. Diante do que você relata, sugiro aguardar a volta do paciente na próxima consulta e observar. Veja então como estará o quadro geral (por exemplo, se ainda há sangramento de difícil controle) e a partir dos dados que você obterá pode-se ter uma idéia melhor da situação. Se você quiser digitalize as radiografias e envie para que eu possa examinar.

Curso de Especialização

Estiveram recentemente no nosso curso de especialização (em módulos diferentes) os professores José Antônio P. Figueiredo (RS), dando aula de Histologia, e Francisco Carlos Ribeiro (ES), aula de Patologia. Figueiredo, além de renomado professor de Endodontia, é professor de Histologia, o que faz com que a “sua” Histologia seja direcionada para a Endodontia. Da mesma forma, Francisco é professor de Endodontia, mas é mestre e doutor em Patologia. Uma aula inteiramente direcionada para a Endodontia. Os alunos ficaram encantados com as aulas, mas também e muito com os professores, figuras humanas encantadoras. Veja fotos abaixo (clique nas imagens para ver em tamanho maior).

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Em pé: Eduardo Gonçalves, Fernanda  Nunes,  Prof. Figueiredo,  Sara Salgado, Talita Mota, Alexandre Tahim, Artur Paiva Neto.
Agachados: Elisa Oliveira, Carolina Bastos, Carla Nunes, Érica  Galvão, Tatiana Conde e Juliana Pedreira.

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Em pé: Eduardo Gonçalves, Érica  Galvão, Artur Paiva Neto, Sara Salgado, Prof. Francisco, Juliana Pedreira, Carla Nunes, Talita Mota e Fernanda  Nunes.
Agachados: Tatiana Conde, Elisa Oliveira e Alexandre Tahim. Na hora da foto não estava presente Carolina Bastos.