Por Ronaldo Souza
O nível é muito baixo.
Infelizmente, porém, já estamos nos acostumando com os dejetos que saem da boca do presidente da república, o que é um péssimo sinal porque não se pode acostumar e aceitar o que não presta.
Ele é tão pequeno, nojento, indigno e covarde que o que diz ou faz já está deixando de impactar.
Mas quando vi o seu comportamento diante do casal Macron, percebi que ele não se cansa de se superar e que essas baixarias não terão fim.
É o mais asqueroso e burro dos presidentes que esse país já conheceu.
E o que fizeram alguns dos seus principais ministros e o 03, o nosso futuro embaixador?
Também ofenderam Macron.
O que mais poderiam fazer se nada mais sabem fazer?
Apesar disso, entretanto, resolvi que nada escreveria sobre o episódio.
Acostumar-se ao baixíssimo nível do presidente se tornou uma necessidade, afinal teremos que vê-lo fazer isso por mais cerca de três anos e meio.
Alternativas?
Darcy Ribeiro, incansável sociólogo brasileiro, dizia que ao brasileiro restariam duas alternativas; indignação ou resignação.
Duas mais parecem ter surgido no cenário político brasileiro; depressão ou infarto.
Estupidez e canalhice
Tudo se inviabiliza quando a podridão de caráter se dissemina e é incorporada por toda a matilha.
Aí veio a indignação.
Mas não pelo trogloditismo do pobre homem que nesse momento ocupa o mais alto cargo desse país.
Foi por ver, não sem sentir enorme repulsa, o baixíssimo nível intelectual e moral que, de forma lamentável e irreversível, tomou conta de pessoas com as quais convivemos todo esse tempo.
À burrice já tínhamos nos acostumado.
Coisas assim não provocam indignação, mas risos.
Portanto, ainda que também já estivéssemos nos acostumando com o cinismo e a canalhice dessas pessoas e, por isso, ignorando seus gestos e ações, há um limite suportável.
E esse limite foi ultrapassado há muito.
Vários dos momentos que registram isso ficaram marcados, como o do professor que postou montagens grosseiras de Manuela d’Ávila (candidata a vice-presidente na chapa de Haddad) com enormes olheiras e inúmeras tatuagens, com a clara intenção de exibi-la como uma drogada.
E a pergunta cruel e covarde; “você votaria nessa mulher para presidente do Brasil?”.
No seu mundo pequeno e horroroso o professor não deve ter pensado por um segundo sequer o quanto isso deve ser doloroso para os filhos dela, todos crianças.
Como muitos estão fazendo, era mais um que covardemente se escondia nas fake news.
Não há mais dúvidas sobre o que os une, presidente e seguidores, e os torna iguais.
A barbárie.
Dispenso-me de qualquer comentário sobre essa postagem, de tão indigna e covarde que é.
Enquanto o país vive um momento delicado e complexo e exibe a truculência que nunca fez parte da vida do seu povo, idiotas fazem trocadilhos infames com o incêndio que devasta boa parte da floresta amazônica.
Se inveja mata ou queima não sei.
Sei, porém, como é difícil conviver com seres tão primitivos.
Não é à toa que relações e convívio com algumas pessoas já vêm se inviabilizando há algum tempo, pessoas com quem eventuais contatos agora se limitam a situações bem específicas, geralmente de cunho profissional.
Civilização e barbárie
Não se trata de política há muito tempo.
Quando foi que opções políticas inviabilizaram a convivência das pessoas no Brasil?
Nunca.
A ignorância absurda, a violência (frequentemente resultado da ignorância), o ódio, a desqualificação agressiva aos que pensam diferente, a ofensa gratuita… chegaram a níveis insuportáveis.
É o odor fétido que emana de tudo isso que está afastando as pessoas.
O terceiro milênio nos expõe a confrontos que ainda parecem inevitáveis.
Perguntado sobre a asquerosa manifestação do presidente do Brasil sobre sua esposa, o presidente da França deu uma resposta que não alcança o nosso presidente porque ele não consegue entendê-la.
Infelizmente, entretanto, de maneira elegante e civilizada, o presidente Macron deu uma resposta que humilha a todos nós brasileiros.
“Isso é triste. É triste para ele e para o povo brasileiro. As mulheres brasileiras provavelmente sentem vergonha de ouvir isso do presidente. Como tenho uma grande amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que tenham rapidamente um presidente que se comporte à altura”.
O presidente Macron pôs a culpa em nós.
Sabe o que é pior?
Ele tem razão.
A culpa do bode na sala não pode ser do bode.