Espantosamente medíocre ou Juiz Moro e Lava Jato e a desmoralização definitiva

Gatos que investigam2

Por Ronaldo Souza

Mesmo nos seis dias que passei fora de Salvador com a minha família no período da virada do ano, li e escrevi. Na verdade, em todo esse período de férias da faculdade praticamente não fiz outra coisa além de ler e escrever.

Todos os dias, invariavelmente, só parando para fazer a caminhada no começo da noite.

Ocorre que foi basicamente sobre a minha área profissional.

Estava buscando tempo e condições para escrever algo sobre os últimos dias de 2015 e os primeiros de 2016. O tempo se tornou realmente escasso e as condições não eram exatamente as mais estimulantes.

Mesmo escasso, tempo sempre se arranja, ainda que não seja como você gostaria.

Condições que estimulem, nem sempre.

Tudo se tornou espantosamente medíocre.

De repente, como que da noite para o dia, a mediocridade se instalara em tudo que lia e via.

Foram chocantes e de profunda mediocridade as movimentações dos homens nos seus diversos segmentos da sociedade nesses últimos tempos.

Reproduzo aqui um texto sobre um artigo de Rui Daher no Jornal GGN.

Abre aspas

Sem tesão não há solução

Por Ronaldo Souza

Rui, “Sem tesão não há solução”, como dizia e escreveu Roberto Freire, o outro, o somaterapeuta, não o traste que atende pelo mesmo nome e que anda por aí, trôpego pelos becos escuros da vida com uma garrafa de whisky debaixo do braço.

Seu texto é brochante e tudo que é brochante é antitesão, permita-me e me perdoe pela redundância.

Já dei essa brochada muitas vezes, mas sempre buscava de novo o tesão.

Ultimamente, porém, tem ficado cada vez mais difícil recupera-lo, pelas mesmas razões que você expôs no seu texto.

De fato, nunca houve, não há e jamais haverá vácuo de poder.

O poder tem dono e foi ele que o ocupou em todos os momentos nesses últimos 515 anos que você fala.

Quando parecia que se ensaiava algo diferente, tudo ficou, para usar as suas palavras, espantosamente medíocre.

E é essa mediocridade espantosa que torna cada vez mais difícil recuperar o tesão.

Entretanto, por vezes tenho a sensação de que essa mediocridade espantosamente brochante traz serenidade e até um pouco de sabedoria.

Nas horas em que se vai o tesão e assume o abatimento, você se pergunta; como encarar isso?

Textos como o seu têm esse papel. Trazer junto com a pancada a percepção de que sem inteligência e sensibilidade não há solução.

Inteligência e sensibilidade serão cada vez mais importantes nessa luta.

Não foi só a Lava Jato e o seu anão (com seus anõezinhos menores ainda), todo o Brasil se transformou num circo.

Mas os anões, os que pediram para esquecer o que escreveram e os que nem isso podem pedir por razões óbvias, não cresceram, só incharam e por isso ocupam mais espaço. Mas esse circo privado é ainda mais espantosamente medíocre e a sua lona pobre e podre. Quando cair, envolverá a todos.

Essa será a luta.

A nossa luta.

Desarmar esse circo.

E homens como você são imprescindíveis nessa luta.

Fecha aspas

Escrevi esse texto há cinco dias e Rui Daher me respondeu citando o livro “Cleo e Daniel”, também de Roberto Freire (li todos dele na mesma época da minha vida).

“Não foi só a Lava Jato e o seu anão (com seus anõezinhos menores ainda), todo o Brasil se transformou num circo.

Mas os anões, os que pediram para esquecer o que escreveram e os que nem isso podem pedir por razões óbvias, não cresceram, só incharam e por isso ocupam mais espaço. Mas esse circo privado é ainda mais espantosamente medíocre e a sua lona pobre e podre. Quando cair, envolverá a todos”.

Quando disse isso no texto e falei que “a nossa luta era desarmar o circo”, havia dentro de mim uma convicção muito grande.

E, de fato, o circo está desarmando.

Veja a carta aberta de juristas brasileiros que cansaram da ilegalidade das ações do juiz Moro e sua Lava Jato.

A Lava Jato é uma Justiça à parte!

Jamais na História do Brasil advogados dessa envergadura foram obrigados a isso!

Conversa Afiada reproduz carta aberta de advogados e juristas em repúdio ao regime de supressão episódica de Direitos e garantias verificado na Operação Lava Jato:

No plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados, a Lava Jato já ocupa um lugar de destaque na história do país. Nunca houve um caso penal em que as violações às regras mínimas para um justo processo estejam ocorrendo em relação a um número tão grande de réus e de forma tão sistemática. O desrespeito à presunção de inocência, ao direito de defesa, à garantia da imparcialidade da jurisdição e ao princípio do juiz natural, o desvirtuamento do uso da prisão provisória, o vazamento seletivo de documentos e informações sigilosas, a sonegação de documentos às defesas dos acusados, a execração pública dos réus e o desrespeito às prerrogativas da advocacia, dentre outros graves vícios, estão se consolidando como marca da Lava Jato, com consequências nefastas para o presente e o futuro da justiça criminal brasileira. O que se tem visto nos últimos tempos é uma espécie de inquisição (ou neoinquisição), em que já se sabe, antes mesmo de começarem os processos, qual será o seu resultado, servindo as etapas processuais que se seguem entre a denúncia e a sentença apenas para cumprir ‘indesejáveis’ formalidades.

Nesta última semana, a reportagem de capa de uma das revistas semanais brasileiras não deixa dúvida quanto à gravidade do que aqui se passa. Numa atitude inconstitucional, ignominiosa e tipicamente sensacionalista, fotografias de alguns dos réus (extraídas indevidamente de seus prontuários na Unidade Prisional em que aguardam julgamento) foram estampadas de forma vil e espetaculosa, com o claro intento de promover-lhes o enxovalhamento e instigar a execração pública. Trata-se, sem dúvida, de mais uma manifestação da estratégia de uso irresponsável e inconsequente da mídia, não para informar, como deveria ser, mas para prejudicar o direito de defesa, criando uma imagem desfavorável dos acusados em prejuízo da presunção da inocência e da imparcialidade que haveria de imperar em seus julgamentos – o que tem marcado, desde o começo das investigações, o comportamento perverso e desvirtuado estabelecido entre os órgãos de persecução e alguns setores da imprensa.

Ainda que parcela significativa da população não se dê conta disso, esta estratégia de massacre midiático passou a fazer parte de um verdadeiro plano de comunicação, desenvolvido em conjunto e em paralelo às acusações formais, e que tem por espúrios objetivos incutir na coletividade a crença de que os acusados são culpados (mesmo antes deles serem julgados) e pressionar instâncias do Poder Judiciário a manter injustas e desnecessárias medidas restritivas de direitos e prisões provisórias, engrenagem fundamental do programa de coerção estatal à celebração de acordos de delação premiada.

Está é uma prática absurda e que não pode ser tolerada numa sociedade que se pretenda democrática, sendo preciso reagir e denunciar tudo isso, dando vazão ao sentimento de indignação que toma conta de quem tem testemunhado esse conjunto de acontecimentos. A operação Lava Jato se transformou numa Justiça à parte. Uma especiosa Justiça que se orienta pela tônica de que os fins justificam os meios, o que representa um retrocesso histórico de vários séculos, com a supressão de garantias e direitos duramente conquistados, sem os quais o que sobra é um simulacro de processo; enfim, uma tentativa de justiçamento, como não se via nem mesmo na época da ditadura.

Magistrados das altas Cortes do país estão sendo atacados ou colocados sob suspeita para não decidirem favoravelmente aos acusados em recursos e habeas corpus ou porque decidiram ou votaram (de acordo com seus convencimentos e consciências) pelo restabelecimento da liberdade de acusados no âmbito da Operação Lava Jato, a ponto de se ter suscitado, em desagravo, a manifestação de apoio e solidariedade de entidades associativas de juízes contra esses abusos, preocupadas em garantir a higidez da jurisdição. Isto é gravíssimo e, além de representar uma tentativa de supressão da independência judicial, revela que aos acusados não está sendo assegurado o direito a um justo processo.

É de todo inaceitável, numa Justiça que se pretenda democrática, que a prisão provisória seja indisfarçavelmente utilizada para forçar a celebração de acordos de delação premiada, como, aliás, já defenderam publicamente alguns Procuradores que atuam no caso. Num dia os réus estão encarcerados por força de decisões que afirmam a imprescindibilidade de suas prisões, dado que suas liberdades representariam gravíssimo risco à ordem pública; no dia seguinte, fazem acordo de delação premiada e são postos em liberdade, como se num passe de mágica toda essa imprescindibilidade da prisão desaparecesse. No mínimo, a prática evidencia o quão artificiais e puramente retóricos são os fundamentos utilizados nos decretos de prisão. É grave o atentado à Constituição e ao Estado de Direito e é inadmissível que Poder Judiciário não se oponha a esse artifício.

É inconcebível que os processos sejam conduzidos por magistrado que atua com parcialidade, comportando-se de maneira mais acusadora do que a própria acusação. Não há processo justo quando o juiz da causa já externa seu convencimento acerca da culpabilidade dos réus em decretos de prisão expedidos antes ainda do início das ações penais. Ademais, a sobreposição de decretos de prisão (para embaraçar o exame de legalidade pelas Cortes Superiores e, consequentemente, para dificultar a soltura dos réus) e mesmo a resistência ou insurgência de um magistrado quanto ao cumprimento de decisões de outras instâncias, igualmente revelam uma atuação judicial arbitrária e absolutista, de todo incompatível com o papel que se espera ver desempenhado por um juiz, na vigência de um Estado de Direito.

Por tudo isso, os advogados, professores, juristas e integrantes da comunidade jurídica que subscrevem esta carta vêm manifestar publicamente indignação e repúdio ao regime de supressão episódica de direitos e garantias que está contaminando o sistema de justiça do país. Não podemos nos calar diante do que vem acontecendo neste caso. É fundamental que nos insurjamos contra estes abusos. O Estado de Direito está sob ameaça e a atuação do Poder Judiciário não pode ser influenciada pela publicidade opressiva que tem sido lançada em desfavor dos acusados e que lhes retira, como consequência, o direito a um julgamento justo e imparcial – direito inalienável de todo e qualquer cidadão e base fundamental da democracia. Urge uma postura rigorosa de respeito e observância às leis e à Constituição brasileira.

Advogados, juristas e Lava Jato

Na imagem, os advogados que assinam o manifesto

Libertação do futebol brasileiro

Libertação do futebol brasileiro

Por Ronaldo Souza

Já conversamos aqui sobre a renovação do acordo feito pela Globo e os clubes brasileiros para transmissão exclusiva dos Campeonatos Brasileiros de 2016 a 2018.

O prejuízo para os clubes foi demonstrado à época.

Já se sabia com antecedência que a Record estava com uma proposta financeira muito melhor do que a da Globo.

A Vênus Platinada então saiu da disputa oficial e durante as noites escuras do futebol brasileiro arquitetou o plano para ter os clubes ao seu lado, tarefa, aliás, muito fácil.

O único time que tentou resistir até o final foi o Atlético Mineiro, cujo presidente era Alexandre Kalil, mas, sozinho, não conseguiu. Ao contrário, o seu rival Cruzeiro foi um dos primeiros a aderir. O presidente era Zezé Perrela, muito ligado à Rede Globo.

Sim, aquele mesmo do helicóptero com meia tonelada de pasta base de cocaína.

O trenzinho da alegria também passou pela Bahia. O Bahia (o presidente era Marcelo Guimarães Filho, o destituído) e o Vitória (o presidente era Alex Portela) também aderiram de imediato.

A Globo ganhou mais força ainda e os times perderam. O dinheiro que os clubes receberam foi bem menor do que receberiam pela proposta da Record.

Era o caso de as torcidas perguntarem:

Presidente, por que o senhor preferiu um contrato em que meu time ganha menos?

Mas elas, as torcidas, não ficaram sabendo.

Por que?

Porque a mídia não pensa no futebol brasileiro e sim nos seus interesses.

E a notícia, claro, foi abafada.

Corinthians e Flamengo foram os beneficiados.

Todos sabem, e isso já foi denunciado várias vezes, que um diretor da Globo participa das reuniões da CBF e é ele quem determina como e quando serão os jogos (numa tentativa de ficar de fora da descoberta dos recentes escândalos de corrupção da FIFA e CBF – pausa para rir – a Globo o afastou recentemente).

Todos sabem também que no acordo há flagrantes prejuízos ao futebol brasileiro e aos torcedores, como os horários dos jogos, que são empurrados goela abaixo principalmente por causa das novelas da Globo.

Todas as torcidas deveriam se engajar nesse movimento, porque os seus times terão mais dinheiro e verão uma distribuição mais justa.

O próprio Flamengo sabe que na alternativa que está surgindo ganhará ainda mais do que ganha com a Globo e por isso já faz parte dela.

Volto à Bahia.

Talvez fosse interessante a torcida do Vitória também se engajar nessa luta. O Vitória não faz e é possível que não venha a fazer parte do grupo que pretende tirar o futebol brasileiro dessa situação em que se encontra. Se isso realmente acontecer corre o risco de ver o bonde passar. Ela deveria procurar saber, por exemplo, porque o seu time está fora disso. Acredito que encontrará a resposta com relativa facilidade.

Os times que já fazem parte do movimento estão na imagem. Coloquei-os em ordem alfabética.

Com o seu poder e com os dirigentes de clube e políticos que temos (vai ser um jogo pesado e sujo que vocês já imaginam qual será), a Globo mais uma vez vai fazer o impossível para derrubar o que já está em andamento.

Veja na matéria abaixo como estamos diante de uma nova chance de corrigir tudo isso.

Modesto peita Globo e faz campanha para fechar com Esporte Interativo

FootStats

A relação entre Santos e a Globo nunca foi das melhores. O clube e seus torcedores se sentem boicotados há anos pela detentora dos direitos de transmissão do futebol no Brasil. Ano passado, quando o canal preferiu passar um filme a mostrar a única partida do dia, uma decisão entre Santos e XV de Piracicaba, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, a paciência se esgotou para muitos. Por essas e outras, os torcedores alvinegros costumam atacar a empresa com cânticos ofensivos nas arquibancadas. Agora, Modesto Roma Júnior quer quebrar essa parceria de vez e se juntar ao grupo de clubes que pretende assinar um novo acordo com o canal Esporte Interativo.

“Estamos negociando o direito de TV. Se a Globo para R$ 60 milhões e eu tenho uma proposta de R$ 450 milhões, tenho de estudar. Vou sofrer pressão, sim. Mas eu posso fazer negócio. Tanto posso que estou acertando. Estamos falando da Esporte Interativo, que é ligada á Turner, que é da Time Warner. Vamos em frente”, explicou o presidente santista à Rádio Jovem Pan.

O Esporte Interativo, canal de TV fechada, só pode assinar acordos com validade de 2019 em diante, já que antes disso todos têm contratos com a Globo. Mas, as negociações já começaram e Modesto revelou a preocupação da atual dona dos direitos de transmissão.

“É lógico que eu já fui chamado para um jantar. E é lógico que outros clubes já foram chamados também. ‘Veja bem. Veja o que vocês vão fazer. Nós somos parceiros há muito tempo’. É um momento, realmente, que a gente tem de enfrentar. Vai ser fácil? Não, não vai ser fácil. Nós vamos ser criticados, crucificados. Vão ser anos de chumbo para nós. Veja, eu tenho mais dois anos e, se quiserem xingar, xinguem, se quiserem denegrir, denigram. Eu vou à luta. Eu tenho um clube para dar satisfações. Não tenho de agradar a mais ninguém”, avisou Modesto.

“A questão básica é que precisamos ter neste grupo oito clubes. Temos nove. Internacional, Grêmio, Coritiba, Atlético-PR, Santos, Fluminense, Bahia. E está entrando São Paulo e Flamengo”, contou o mandatário. “Acertando os direitos de TV, teremos bônus. Temos um prazo até 31 de janeiro para definir. Estamos criando a associação dos clubes e há uma reunião na semana que vem para isso. E agora, nesta quarta-feira (hoje) teremos reunião com o jurídico, no Rio de Janeiro”, revelou.

Modesto Roma Júnior entende que a oportunidade pode ser única e faria com que a Globo apresentasse novas formas de concorrer com o mercado. O presidente do Peixe é um fervoroso crítico de como a empresa divide as cotas, com ampla discrepância de Corinthianse Flamengo para os demais.

“O ideal é que se mude uma coisa: que o direito do jogo passe a ser do mandante. Seria muito melhor. Imagine o dia que um time pequeno negociar seus jogos contra Santos,Corinthians, Flamengo. Terá muito mais poder e dinheiro para sair do aperto. Não é preciso negociar com as duas pontas. Eu negocio a minha, o clube B negocia a sua. Um baita avanço. Mas manter tudo nas trevas parece ser uma coisa bem mais tranquila”, concluiu Modesto Roma Júnior.

Qual será o fim de Dr. Moro?

Moro está nu.

O final de toda essa história não vai ser bom para ele.

Dr. Moro, o senhor sabia que os carros da PF/PR tinham R$ 202 mil para peças?

Por Fernando Brito, no Tijolaço

O Dr. Sérgio Moro, noticiou a Veja e replicou O Globo, “doou” R$ 172 mil reais para a Polícia Federal do Paraná “consertar seus carros” e pagar as contas de luz.

O juiz disse até que “embora não fosse apropriado” lançar mão de verbas sob a guarda da Justiça, não poderia deixar parar a Lava Jato. Deve ter sido, portanto, informado que os carros da PF estavam caindo aos pedaços.  Será, porém,  que o Dr. Moro sabe que no dia 14 de outubro o Tesouro Nacional empenhou R$ 202.049,55 em favor da Superintendência da PF no Paraná para justamente comprar peças de automóvel?

Porque 202 mil em peças é coisa pra ninguém botar defeito, não é?

Certamente que compradas de uma empresa competente, a Prime Consultoria Empresarial Ltda., cuja sede é numa sala no segundo andar de uma casinha,  em Santana do Parnaíba, um simpático município ao lado de São Paulo que a Folha chama de “oásis fiscal e diz que lá “é  possível registrar uma empresa ali mesmo sem nunca ter pisado no município e pretendendo operar, de fato, a 1.000 km de distância ou até fora do Brasil”.

Empresa tão competente que, pouco antes de ganhar a licitação para a Polícia Federal também tinha vencido justamente a licitação da outra parte da turma da Lava-Jato, os procuradores, que a contrataram para “gerenciar e controlar o combustível, a lavagem, a troca de óleo e outros serviços para os veículos da frota da PGR no Paraná.

E mais competente ainda que ganhou outra licitação para abastecer os carros da PF paranaense: mais R$ 129 mil, no mesmo 14/10. Eu só olhei de outubro até o final do ano, porque desisti quando dei uma passadinha em setembro e achei outro empenho para a Prime, “só” de R$ 500 mil.

Essas aí são para fornecimento de combustível, embora a Prime não tenha um só postinho… E teve mais, antes, bem antes, para peças. É que eu não tenho força-tarefa aqui, mas sei que os leitores são curiosos e vão olhar…

Esse  Google é terrível….Fica achando umas coisas…

E eu estou ficando velho mesmo: sou do tempo em que os jornais se interessariam em apurar se os carros da PF estavam mesmo num estado deplorável, de fazer os delegados passarem a canequinha na frente do juiz…

“O que os olhos não veem…”

Por Ronaldo Souza

Não é de agora que falo do quanto a sociedade brasileira é manipulada pela imprensa.

De tão manipulada, mesmo segmentos socialmente mais privilegiados e ditos mais bem informados perderam, se é que algum dia já tiveram, a capacidade de fazer qualquer análise com o mínimo de conhecimento.

É chocante.

Em qualquer sociedade um pouco mais avançada intelectualmente, como se vê a classe média e boa parte da elite brasileiras, manifestaria o seu repúdio a órgãos de imprensa que lhe desrespeitam abertamente com distorções flagrantes e diárias da realidade.

A partir do momento em que um cidadão ciente dos seus deveres e direitos percebe o quanto não é informado e sim enganado, não deveria haver como respeitar a imprensa e seus “jornalistas”.

No entanto, não é isso que se vê.

Por que é chocante?

Não é porque deixou de existir a capacidade de se indignar.

Perdeu-se, isso sim, a capacidade de ver as coisas.

Como diz o ditado popular:

“O que os olhos não veem, o coração não padece”.

De maneira mais cruel, dizia Dr. Costa Pinto:

“A felicidade do homem está em nascer burro, viver ignorante e morrer de repente”.

Veja a matéria de Pedro Zambarda no Diário do Centro do Mundo.

O mundo paralelo dos desastres de Photoshop da Abril e da Veja

Por Pedro Zambarda, no Diário do Centro do Mundo

No final do ano, a velha revista feminina Claudia divulgou a capa de sua primeira edição de 2016. A personagem era a apresentadora da TV Record, Ana Hickmann, com a chamada “ginástica, filho, trabalho, dieta: acredite, a rotina dela é quase igual a sua” (então tá).

Abril e Ana Hicman 1

Choveram reclamações sobre os efeitos operados pelo programa Adobe Photoshop, que apaga imperfeições físicas, emagrece corpos, remove estrias e pode transformar todo mundo em algo inexistente no mundo real.

Mesmo sendo do meio, Ana Hickmann ficou com aparência de uma boneca de porcelana. Pálida, chegou a ser comparada a uma versão desidratada da cantora de country pop Taylor Swift.

A própria Ana fosse reclamou na internet. “Gente!!! Essa não sou eu”, disse no perfil Claudiaonline no Instagram. No dia seguinte, o marido de Ana Hickmann, Alexandre, postou uma foto do casal e tirou sarro com a legenda: “SEM PHOTOSHOP”.

Abril e Ana Hicman 2

As barbeiragens com o photoshop na Abril não são uma novidade. A “mulher alface da Veja” foi uma das atrocidades da editora em sua história. O erro gráfico foi justamente deslocar para a direita as pernas de uma mulher em uma capa sobre dieta.

Abril e mulher alface

Mas o photoshop da Veja também serve a propósitos mais sombrios e escusos. Figuras do noticiário político são transformadas em vilãs apenas escurecendo retratos. Em 2015, o ex-presidente Lula foi retratado como estando prestes a ser preso e, numa capa posterior, colocado em uma roupa de detento.

Dilma está invariavelmente em imagens obscurecidas. Por outro lado, o juiz Sergio Moro da operação Lava Jato, o vice-presidente Michel Temer e o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso aparecem radiantes.

De uma maneira maniqueísta e quase infantil, a Veja mexe nas fotos dos petistas de modo a aparecer como monstros enquanto seus críticos são heróis. É como se a realidade não fosse suficiente para se enquadrar no universo superficial da publicação. Anteriormente, Aécio Neves e até José Serra foram retratados como figuras iluminadas, nos anos de 2014 e 2010, respectivamente. Num jogo de luzes e sombras, o Photoshop da Veja oculta a verdade.

Abril e Lula-FHC

As concorrentes não fazem uma manipulação tão forçada. A Istoé e a Carta Capital tendem a usar imagens mais neutras e chamam atenção para suas opiniões em chamadas e montagens. Já a Época adotou desde 2014 imagens mais escuras para todos os personagens da política nacional.

“A promessa de resgatar o ânimo do país não pode estar inscrita num rosto — glamoroso ou magnético — claramente simplificado. As instituições brasileiras exigem mais do que feições e fisionomias carismáticas para serem devidamente reabilitadas”, disse o jornalista Alberto Dines em seu Observatório da Imprensa, sobre a última capa da Veja em 2015, chamando Sergio Moro de salvador do ano.

Dines, não por acaso, relembra no mesmo artigo que o livro “Mein Kampf” (“Minha Luta”) de Adolf Hitler recentemente caiu em domínio público e seu relançamento provocou polêmica por reviver o pensamento simplista do nazismo, do “bem contra o mal”.

A Veja e as manipulações gráficas da editora Abril desfiguram, obscurecem e confundem o debate público. “[Elas] não parecem editadas por jornalistas, mas por consumados semiólogos e psicolinguistas a serviço de uma narrativa balizada por símbolos subliminais”, diz Alberto Dines.

De Ana Hickmann até o novo herói jurídico antipetista, Sergio Moro, a imprensa sem pluralidade vive num universo paralelo de celebridades e ícones inventados.

Um dia especial

Por Ronaldo Souza

Já estive hoje com o Sol.

Cumprimentei-o indo em busca de um abacaxi.

A fruta.

No supermercado vizinho ao prédio onde moro não encontrei.

Nas barracas também não.

Na volta de uma delas, passando por um dos edifícios que faziam o meu caminho, vi um funcionário varrendo a calçada.

Feliz, ele cantava:

“Não fosse o amor por nossos filhos

Você não estaria mais comigo…”

À primeira vista, talvez pareça que a letra da música não me permita assegurar que ele estava feliz.

Mas estava.

A felicidade não se manifesta de uma única maneira.

Sair andando em busca de um abacaxi, ver alguém varrendo a calçada, ver alguém cantando…

Quanta coisa banal.

Mais um dia.

Não, não é.

Os dias não são iguais.

E não são simplesmente alegres ou tristes.

Da mesma forma que a tristeza invade a alegria de um dia, a alegria encontra espaço em um dia triste.

Mesmo a lembrança de momentos mais tristes que eventualmente me chegam trazidos pela memória parece doer menos.

O tempo tem esse poder.

Hoje é dia de festa.

Engana-se quem pensa que a festa não permite a reflexão.

Não necessariamente a reflexão nos deixa tristes.

Muito mais que isso, ela nos deixa contemplativos.

E aí a vida ganha sentido e intensidade.

Desejo-lhe um dia assim.

Alegria e contemplação.

Aí, se por qualquer razão a tristeza quiser chegar, deixe-a entrar.

Ela doerá menos e não lhe fará triste.

Quem sabe possa torna-lo mais feliz.

Por vê-la com os olhos da compreensão das coisas da vida

Não se preocupe.

Ela não vai fixar residência em você.

Ah, sim, o que a minha mulher vai fazer para substituir o abacaxi no prato que está fazendo eu não faço a menor ideia.

Sei que fará.

E será especial.

Feliz Natal.

Dia da Consciência Negra

Dias muito corridos, atribulados, final de semestre, final de ano…

Sem tempo para escrever.

Mas refletindo muito sobre tudo que vem acontecendo nesses tempos que passaram do ridículo e se transformaram numa grande e triste palhaçada.

Paro para respirar.

Ou volto a escrever algo sobre o Dia da Consciência Negra (todos os dias são), ou quem sabe trazer algo já escrito sobre o tema, mesmo sabendo que muitos que andam por aqui não gostam.

Ninguém gosta do que nada lhes diz.

Enquanto não faço isso, escrever sobre essa questão, uma coisa chama a atenção.

Há algo de podre no Reino da Dinamarca.

Há um partido político no Brasil, país onde 53% da população se diz negra, que tem 54 deputados na Câmara e nenhum é negro, tem 11 senadores e nenhum é negro e tem 6 governadores e nenhum é negro.

Independente disso, um partido que nunca fez nada pelos negros.

Vamos perder tempo em dizer qual é?

Vamos.

PSDB.

É claro que no Dia da Consciência Negra (20 de novembro) o PSDB comemorou, fez discursos, fez juras de amor eterno aos negros.

Faz parte.

Entende porque se viam poucos negros nas manifestações das Avenidas Paulistas do Brasil?

Entende porque se diz que os que ali estavam são incluídos no grupo dos “sem noção”?

Minhas homenagens ao povo desse imenso e belo país.

Talvez o único que pode celebrar todas as cores.

Gritos do silêncio

Na manhã de sábado de um verão que se aproxima vejo ir-se embora, antes da hora, com pressa, a primavera.

Onde estão as flores?

Foram-se.

Tristes.

Murchas.

Por falta de espaço.

Ocupam-lhes o lugar os sons.

Das balas.

Dos gritos.

Da dor.

Do horror.

Da vergonha.

De onde surgiram esses homens?

De onde surgem?

Do nada?

Do lugar nenhum?

Do vazio?

Sim.

Mas como do nada, do lugar nenhum, do vazio, pode surgir algo?

Da noite escura.

Do preconceito, do ódio, da intolerância.

É daí que surgem as palavras ocas, as atitudes tolas, as ações agressivas.

Eles estão aqui.

Todos os dias.

Ao meu lado.

Ao seu lado.

Ao lado dos nossos filhos.

Apontando o dedo.

Xingando.

Ofendendo.

Agredindo.

Denegrindo.

Difamando.

Atirando.

"Faço tudo, menos beijar na boca"

PSDB e musa

Não existe nada melhor do que namorar.

É a melhor coisa do mundo.

O sentar perto.

O toque do corpo.

A carícia.

O arrepio.

A imaginação ganhava asas e voava longe.

Sem Red Bull.

Quantas vezes foi difícil, impossível, que o voo se confirmasse!

Será que isso tornava o namoro mais gostoso?

O não poder voar longe demais?

O ter que baixar o fogo?

E ficar com a imaginação cada vez mais excitada, mais fértil?

Pô, ‘tava’ aqui distraído e nem me lembrei.

Será que os jovens sabem do que estou falando?

Acho que não, mas deixemos os jovens dar asas à imaginação.

Ah, os tempos.

Como são diferentes.

Naquele tempo (naquele tempo é cruel), era diferente.

O voo abortado não era legal.

Era frustrante.

Os motores aqueciam, o avião dava a arrancada, corria na pista, mas não levantava voo.

Pelo menos o voo completo.

Quando muito, ia só até a ameaça de decolagem.

E depois o avião tinha que ir em busca de outros aeroportos para completar o voo.

Aeroportos de aluguel.

Só tinham esse objetivo; funcionar como aluguel para completar os necessários voos dos jovens de então.

Não eram respeitados.

Mas tinham um lema:

“Faço tudo, menos beijar na boca”

Quantos já ouviram essa frase alguma vez ou já ouviram falar dela (os que já viveram 45 anos, talvez menos, quem sabe).

Este era o lema das “mulheres da vida”, que serviam para o complemento do prazer adiado.

Hoje, de forma um pouco cruel, veio-me esse tempo.

Aquelas mulheres, tidas e tratadas como mulheres da vida, sem valor, sem honra, “mesmo elas” tinham seu código de honra.

Hoje, em um momento conturbado do país, homens e mulheres vendidos fazem qualquer negócio, praticam qualquer tipo de obscenidade, de falcatrua, associam-se sem pudor aos piores bandidos para atingirem seus objetivos.

A serviço de grandes interesses, as prostitutas de hoje não possuem nenhum código de honra.

Permitem-se qualquer coisa.

Inclusive beijar na boca.

Dói-me encerrar desta maneira a descrição de um tempo bonito (como foi rica a adolescência) com o final que dou a ela.

Mas, como evitar?

O interromper do prazer maior, da felicidade plena, que sentia na adolescência, repete-se agora na idade adulta.

Mas aquela “dor” era quase que fisiológica, fazia parte das nossas vidas.

Hoje, não.

É patológica, sob todos os aspectos.

Vejo tentarem interromper o voo pleno de um povo.

Tentam abortar o voo que estava nos levando a lugares jamais imaginados nesses 500 anos de relação entre o povo brasileiro e seu país.

O grande encontro

Desde o começo da minha fase adulta, intrigava-me o fato de que alguns homens, apesar da reconhecida carreira profissional de sucesso, eram infelizes.

Chocava-me ainda mais saber que alguns cometiam suicídio.

Adulto, conheci Fernando Pessoa, o grande poeta português:

“Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes”.

Por que são felizes infelizes?

Por viverem a vida que precisam mostrar que vivem?

São infelizes porque não se encontram nas suas próprias vidas?

“O homem deve alguma coisa ao homem. Se ele ignora a dívida, isto o envenena e se ele tenta pagá-la, o débito só faz crescer. Sim, o homem deve alguma coisa ao homem e a qualidade da sua doação é a medida do homem”.

Encantei-me desde a primeira vez que tomei conhecimento desse pensamento de John Steinbeck há muitos anos.

Acredito que é destino do homem encontrar-se com ele mesmo em algum momento da sua vida.

Não aqueles vários momentos em que ele conversa com ele mesmo.

Indispensáveis.

Momentos em que ele se reconstrói.

Quem sabe esses momentos tenham a função de adverti-lo e prepara-lo para o encontro final!

Mas o grande encontro é quando ele para e olha para a sua existência.

Pelo menos para alguns homens haverá esse encontro.

Talvez isso explique o desespero de Olavo de Carvalho

Há várias “versões” sobre Olavo de Carvalho

Há quem diga que foi um intelectual inquieto, que nunca teve medo de emitir as suas opiniões, contestando o mundo acadêmico tanto à esquerda quanto à direita, seu habitat ideológico.

Mas com inteligência e conhecimento.

Depois, sem aparente razão, teria se tornado um homem ranzinza, de mal com a vida, agressivo e de extrema direita.

E, de extrema direita, atraiu “seguidores, devotos, fiéis, militantes, e cultores idolátricos”.

E esse é um mundo que não requer QI médio, muito menos elevado.

Será que não percebeu essa violenta guinada?

Será que não viu que do seu mundo agora faziam parte “intelectuais” como Rodrigo Constantino, seu fã e a quem pelo menos uma vez se dirigiu “enaltecendo” a burrice, Sheherazade e outros desse nível?

Se não, parece que a vida agora lhe cobra.

Olavo de Carvalho se encontra com Olavo de Carvalho.

E vê a escuridão do mundo que habita e que foi criado por ele mesmo.

Olavo de Carvalho envelheceu, como acontece com todos os homens.

Mas deixou para trás a oportunidade de envelhecer com sabedoria.

Destino de poucos.

olavo

A coragem covarde

Por Ronaldo Souza

O que é ser uma pessoa de coragem ou um covarde?

Que situações podem definir uma e outra?

Encarar de frente (o pleonasmo é intencional) algo ou alguém pode lhe conferir a condição de corajoso.

Mas valer-se de uma situação de superioridade sobre alguém em condição mais frágil é uma das maiores provas de covardia.

A superioridade intelectual exercida sobre pessoas simples, por exemplo, é uma forma de grande covardia poucas vezes percebida.

Mas, possivelmente a superioridade mais facilmente palpável é a numérica.

Bastam dois homens agredindo um para configurar uma grande demonstração de covardia.

É diante da maior quantidade de pessoas alinhadas ao mesmo modo de pensar que os covardes se manifestam com mais força.

Ali se sentem protegidos.

E, típico dos covardes, costumam fazer com estardalhaço.

O covarde consegue se ver covarde?

AGRESSORES DE MANTEGA RECUAM E PEDEM PERDÃO

Este foi o título de uma das matérias do Brasil 247 de ontem, 11.09.2015.

Li e me veio de imediato à mente a imagem da valentia típica dos últimos tempos.

Aquela que se esconde atrás dos teclados do computador.

Aquela que ocorre em grupos, bandos, manadas.

Veja o vídeo para continuarmos a nossa conversa.

Você tem dúvida sobre qual é o padrão das pessoas que frequentam os ambientes mostrados no vídeo (restaurantes finos e o Albert Einstein)?

Pessoas finas, como se autodenominam.

Consideremos em primeiro lugar que ofensas e agressões em ambientes públicos é o que há de pior em termos de educação pessoal, para cuja falta elas, as pessoas de finos talheres, costumam apontar quando são os plebeus que “fazem barraco”.

Imagine se a partir de agora qualquer pessoa que seja um pouco mais conhecida não puder frequentar ambientes públicos porque não atuam de acordo com o desejo dos revoltados on line, in avenues, bars, restaurants, hospitals, theatres… (quem sabe falando em inglês eu consiga me comunicar com essas pessoas finas).

Ainda que não saibam o que é cidadania, isso é cidadania ao avesso.

Pelo nível mental e intelectual que essas pessoas diferenciadas exibem, talvez seja perda de tempo chamar a atenção para isso.

Mas…

Desconsideremos a enorme ignorância que os cerca.

Desconsideremos a intolerância, o preconceito e o ódio que dominam as suas vidas.

Desconsideremos a incompetência e a corrupção incorporadas à vida de alguns deles, como já se sabe do rapaz que bate na garrafa no restaurante em que está Alexandre Padilha.

Consideremos somente a coragem deles.

Sempre em bandos, manadas, agridem pessoas que numericamente estão em desvantagem.

E em ambientes cuja forma de “pensar” se configura como da maioria que ali está, ambiente propício para a manifestação da bravura.

Observe que no restaurante onde agridem Mantega, após xinga-lo de tudo o rapaz recua diante da simples aproximação do ofendido e assim que este se afasta em movimento de volta à mesa ele volta a se manifestar.

E o senhor que durante todo o discurso de “elogio” ao ex-ministro se posiciona sempre atrás da mulher e dali não sai.

Espelhos de duplo reflexo de líderes e liderados.

Quem ainda não observou a covardia de Aécio?

Na campanha para a presidência, quantas agressões covardes Dilma e Luciana Genro, mulheres, sofreram?

Extensão da vida pessoal, haja vista que mesmo a imprensa aliada tem registros de atos de agressão física dele à sua companheira?

Quantos homens você conhece que são valentes diante de mulheres?

Quanta covardia de Aécio já se manifestou em vários outros momentos, como nas manifestações, ao ponto de ser chamado de “arregão” por seus liderados?

Quanta covardia do seu tutor, Fernando Henrique Cardoso, desde a sua inesquecível frase “esqueçam tudo que escrevi”.

Que atitude mais covarde poderia haver no homem do que a negação de si mesmo?

Quanta covardia de Fernando Henrique Cardoso ao dizer e desdizer inúmeras vezes a postura assumida diante do golpe e do impeachment de Dilma.

Lembra de Danilo Gentili quando atacou Lula e diante da interpelação judicial mudou a conversa dizendo que era uma brincadeira?

Depois que a interpelação foi arquivada voltou a posar de valente.

Debochou do próprio juiz (e consequentemente da Justiça), mas nessas horas eles fazem questão de não perceber.

Lembra da manifestação no Farol da Barra (Salvador), quando homens e mulheres muito corajosos, juntos na mesma manada, mostraram valentia ao ofender uma mulher na janela, chamando-a inclusive de vagabunda e p…, como noticiou a reportagem do jornal A Tarde?

Agora leia o que diz Mônica Bergamo na sua coluna na Folha

http://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/232528-monica-bergamo.shtml.

“Os dois empresários que gritaram palavrões, em junho, para o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, dizendo que ele era “ladrão”, “palhaço” e “sem-vergonha”, acabam de se retratar. Diante de queixa-crime por injúria, calúnia e difamação, eles procuraram o advogado do ex-ministro, José Roberto Batochio, e propuseram acordo. Mantega assinou ontem os dois pedidos de desculpas, concedendo aos empresários seu “perdão”, exigência da lei para que a ação judicial seja suspensa.

Marcelo Melsohn disse na retratação que estava no restaurante Trio, na Vila Olímpia, no dia 28 de junho, quando “irrefletidamente” ofendeu o ex-ministro. Afirma estar arrependido e diz reconhecer que Mantega é “probo, honesto e digno”. João Locoselli afirma que nada sabe sobre o economista que “possa desaboná-lo em sua vida pública”.

Todos eles fazem parte do mesmo time.

Só uma observação.

A manchete do Brasil 247 está equivocada.

Deveria ser:

COVARDES, AGRESSORES DE MANTEGA RECUAM E PEDEM PERDÃO