Mais Médicos derruba preocupação com a saúde

Segundo Datafolha, preocupação dos brasileiros com essa área caiu 11 pontos em dois meses; em fevereiro, quando o último levantamento foi divulgado, índice de entrevistados que apontaram a Saúde como a área mais preocupante no País foi de 45%, enquanto agora é de 34%; em julho passado, taxa era 48%; resposta para a melhora é a criação do Mais Médicos, que alcançou este mês 13 mil profissionais trabalhando em unidades básicas; segundo pesquisa CNT, programa tem aprovação de 84,3% da população; Saúde, no entanto, ainda é a área que lidera preocupação, sendo seguida pela Segurança Pública

Brasil 247

Área que lidera a preocupação dos brasileiros, a Saúde teve queda de 11 pontos em um período de dois meses na percepção dos entrevistados sobre os principais problemas do País, aponta pesquisa Datafolha. Em fevereiro, quando o último levantamento do instituto foi divulgado, esse percentual era de 45%. Na pesquisa de 2 e 3 de abril, ele caiu para 34%.

A área, no entanto, ainda é a primeira do ranking de temas problemáticos na visão do brasileiro, que aponta a Segurança Pública em segundo lugar, com 20%. Na sequência, estão os seguintes problemas: a Corrupção (13%), a Educação (11%), o Desemprego (5%) e a Fome (3%). As demais opções somaram 12% e 2% disseram não saber responder, segundo o Datafolha.

A melhora na Saúde, área que é prioridade no governo da presidente Dilma Rousseff, pode ser explicada pelo avanço do programa Mais Médicos que, aprovado em outubro passado pelo Congresso, alcançou em abril 13 mil profissionais, brasileiros e estrangeiros, trabalhando em unidades básicas de saúde em regiões carentes de todo o Brasil. A iniciativa tem a aprovação de 84,3% dos brasileiros, segundo pesquisa da CNT.

Balanço do programa divulgado pelo governo na semana passada dá conta de que estão chegando no País mais 3.745 médicos, totalizando 100% da demanda pedida pelos municípios à esfera federal. "Teremos, então, 13.235 novos médicos cobrindo 4.040 municípios brasileiros, levando mais saúde a 46 milhões de pessoas", escreveu a presidente Dilma no Twitter, na terça-feira 1.

Copa das Confederações já pagou estádios da Copa, diz estudo

Pesquisa que acaba de ser concluída pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) calcula que o impacto dos jogos da competição sediada no Brasil em 2013, durante duas semanas, foi de R$ 9,7 bilhões adicionados à economia até a véspera do evento, quase R$ 1 bilhão a mais do que a última estimativa do que se gastaria com a construção das arenas da Copa do Mundo; com base nesses números, expectativa é de que o Mundial gere resultado ao menos três vezes maior: R$ 30 bilhões para o PIB; "Os números demonstram que investir em turismo e em grandes eventos vale a pena", constata ministro do Turismo, Vinicius Lages

Brasil 247

O dinheiro injetado na economia brasileira por conta da Copa das Confederações, que durou duas semanas em 2013, em seis capitais, ultrapassou o valor que deverá ser gasto com a construção dos 12 estádios da Copa do Mundo. É o que revela um estudo que acaba de ser concluído pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que aponta que foram adicionados R$ 9,7 bilhões no País até a véspera do evento. Segundo a última estimativa oficial da Fifa, divulgada em janeiro, o custo dos estádios deverá ser de R$ 8,9 bilhões.

Encomendado pelo ministério do Turismo, o levantamento mostra que o gasto de turistas nacionais durante a Copa das Confederações chegou a R$ 346 milhões, enquanto os estrangeiros desembolsaram R$ 102 milhões no País. O evento gerou ainda 303 mil vagas de trabalho, 40% nas cidades-sede e 60% em outros locais. Os números finais são ainda mais positivos: considerado o efeito multiplicador do evento, ou seja, a partir do impacto na economia para cada real investido, o total movimentado foi de R$ 20,7 bilhões.

Com base no retorno financeiro que a Copa das Confederações deu ao Brasil, a estimativa, de acordo com o estudo da Fipe, é de que o investimento no País com a Copa do Mundo seja pelo menos três vezes maior: R$ 30 bilhões, ou 0,5% do PIB, revela reportagem do jornal Valor Econômico nesta segunda-feira 7. Há expectativa também de que o País atraia um turista que gaste mais: R$ 5,5 mil, em média – enquanto em 2013 esse valor foi de R$ 4,1 mil. A previsão é que 600 mil estrangeiros passem por aqui durante o Mundial.

Retorno que vale a pena

Para o ministro do Turismo, Vinicius Lages, "os números [da pesquisa da Fipe] demonstram que investir em turismo e em grandes eventos vale a pena. O turismo se beneficia do investimento em infraestrutura e alavanca outros setores". Em entrevista ao Valor, ele afirma que, com a Copa das Confederações, "tivemos um impacto na economia como um todo. Até 137 cidades que não tinham relação direta com o evento foram visitadas".

Lages também ressalta que foi visto, com o evento de 2013, que o sucesso se repetirá em 2014, na Copa do Mundo. "Isso não significa que todos os aeroportos, por exemplo, estarão concluídos até os jogos. Seria muito precipitado não considerar algumas ocorrências. Mas acredito que não teremos problemas na Copa", pondera.

Segundo ele, as arenas não serão elefantes brancos se forem bem utilizadas. "Mesmo que se diga que há estádios que possam ter uma baixa utilização, eles darão resultado se tiverem uma estratégia bem montada. Vai depender muito disso. Temos que dinamiza-los, são equipamentos multiuso e que terão de ser rentabilizados. Todos têm custo e manutenção elevados. Tudo vai depender dos modelos de negócio e das iniciativas. Em qualquer lugar do mundo é assim", pontuou.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a criação de empregos na Copa:

Copa deve gerar 48 mil postos de trabalho no setor turístico

Vitor Abdala – A Copa do Mundo deve gerar
47,9 mil vagas de trabalho no setor de turismo nos 12 estados-sede da competição, entre os meses de abril e junho deste ano. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no fluxo de 3,6 milhões de turistas que deverão circular pelo país durante a competição, de 12 de junho a 13 de julho.

O economista da CNC Fabio Bentes ressalta que o número é 60% superior à geração de postos de trabalho nos 12 estados no mesmo período do ano passado (29,5 mil). Apesar disso, grande parte dessas vagas deverá ser temporária.

"Pouquíssima gente deve ser absorvida depois da Copa, porque o setor de turismo não está indo tão bem neste ano. É natural que depois da Copa, haja um enxugamento dessas contratações, porque são trabalhos temporários mesmo", disse Bentes.

De acordo com a CNC, o setor de alimentação responderá pela maior parte da geração de postos de trabalho. Cerca de 16,1 mil vagas, ou 33,5% do total, deverão ser criadas por bares e restaurantes, que são o principal segmento turístico, segundo a confederação.

Os transportes de passageiros deverão abrir 14 mil vagas (29,2% do total), enquanto hotéis, pousadas e similares responderão por 12,3 mil novos postos de trabalho (25,7%). Outros setores gerarão menos vagas, como os serviços culturais e recreativos (3,8 mil) e agências de viagens (1,7 mil).

Em termos de remuneração, as maiores ficarão com as agências de viagens (R$ 1.626). Em seguida, aparecem os transportes de passageiros (R$ 1.449), serviços culturais e recreativos (R$ 1.397), a alimentação (R$ 935) e hospedagem (R$ 900).

 

E a Globo segue em queda: Jornal Nacional está sangrando na audiência

 

Por Zé Augusto

O plano demotucano com o caso da Refinaria Pasadena da Petrobras era "sangar" a popularidade da presidente Dilma.

Para isso o Jornal Nacional vem a calhar se transformando num novelão tucano, com todo dia tendo um episódio, como fizeram com o "mensalão".

De fato, o telejornal tem dedicado há vários dias uma overdose de minutos sobre o assunto Pasadena.

O problema é que o roteiro da "novela" Pasadena está ruim, mal feito, com furos até nos números, chato, andando em círculos, confuso, enrolado para entender, longo, "enchendo linguiça", e com muitos atores canastrões que não convencem. 

Resultado: quem está "sangrando" é a audiência do Jornal Nacional.

Em 2013 o JN fechou com média de 26 pontos na grande São Paulo. Já havia sido o pior ano. Pois agora está pior. Outro dia, não passou de 22 pontos, dando menos audiência do que o telejornal local, o SPTV.

Em Goiânia, no dia 28 de fevereiro, “Chiquititas” do SBT teve 17,78% de audiência ante 14,63% do Jornal Nacional. A Record Goiás registrou 12,17% neste mesmo período.

Eduardo Campos, a bala perdida

Por Ronaldo Souza

Pernambuco nunca teve tanto apoio de um presidente da república como teve de Lula.

Mesmo quando teve um pernambucano como vice-presidente do Brasil, Marco Maciel (vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso nos seus oito anos de presidência, de 1995 a 2002). Registre-se que como vice-presidente Marco Maciel nada fez pelo país. Pelo seu estado… menos ainda.

Com Lula, o estado deu um salto de desenvolvimento econômico como jamais tinha acontecido. Tinha como governador, Eduardo Campos.

Lula fez Eduardo Campos. Na sequência, Dilma continuou dando grande apoio a ele.

Havia uma possibilidade concreta de Eduardo Campos ser candidato a presidente da república em 2018 com o apoio de Lula.

Governador com índices de aceitação nas alturas, potencial candidato à presidência da república em 2018 com o apoio do maior político do Brasil e melhor presidente que o país já teve, Campos dormia com as estrelas.

O homem é movido por sentimentos, nem sempre nobres. E há entre eles aqueles que podem leva-lo por caminhos que nem sempre deseja seguir.

Foi na armadilha dos sentimentos que caiu Eduardo Campos. Viu-se um predestinado. Foi nesse momento que a vaidade e ambição, até então escondidas nos recantos mais profundos da alma, afloraram com uma intensidade inimaginável.

Fez-se candidato à presidente da república. Contra aquele que o fizera alguém na política.

O poder não corrompe o homem; mostra o homem.

Mais cruel é quando a possibilidade do poder já faz o homem se mostrar. Perder-se na possibilidade é fatal para um político ambicioso.

Leio no Brasil 247 que Campos disse que o Bolsa Família é uma conquista importante da democracia e que teria sido criado por Fernando Henrique Cardoso e adotado e melhorado por Lula.

A matéria diz ainda que os elogios foram seguidos de críticas acerca da conduta federal na administração do Bolsa Família. “Agora, o que me preocupa é que tem gente precisando, mas que está fora do programa”, criticou o gestor. “Nosso compromisso é universalizar o Bolsa Família, que é um direito das pessoas, para que ninguém vá para as portas das prefeituras, atrás de inscrição como se isso fosse um favor. Isso é um direito legal da cidadania”, acrescentou, já em tom presidencial.

Sigamos com a matéria. “O governador aproveitou também para alfinetar mais uma vez a ‘velha política’, que será um dos temas presentes na campanha presidencial do PSB… Os brasileiros querem escolher seus caminhos com alguém que se coloque como servidor do povo. Pessoas que saibam fazer o bem e que não se entreguem às conveniências de compor com alguns que a gente sabe que não têm compromisso com nada”, disparou.

Meu Deus. Atacar a “velha política” e dizer que “os brasileiros querem escolher seus caminhos com alguém que se coloque como servidor do povo. Pessoas que saibam fazer o bem e que não se entreguem às conveniências de compor com alguns que a gente sabe que não têm compromisso com nada” é de um cinismo absoluto.

A velha política está nele e com ele. Só para citar alguns, os Bornhausen estão com quem? Roberto Freire e o seu PPS estão com quem? Ronaldo Caiado estava com quem (foi Marina, a velha política que foi, não é mais, mas c
ontinua sendo, que afastou os dois, pelo menos por enquanto)?

Desde quando Jorge Bornhausen tem qualquer compromisso que não seja o de “extirpar essa raça”, (claro, o PT), aliás, objetivo e ponto de união que explica a paixão repentina de Marina pelos Bornhausen?

Bobagem em cima de bobagem. Tudo perdoável.

Imperdoável, governador, é tentar tirar de um homem o mérito do maior feito social do Brasil em todos os tempos, o Bolsa Família, feito que já passou para a História.

Imperdoável, governador, é tentar negar a um homem o reconhecimento pela obra maior que um político pode fazer, dar um pouco mais de condições e dignidade a milhões de seres humanos, por acaso brasileiros, que até então só conheciam a miséria.

Imperdoável, governador, é que, movido pelo desejo de agradar a grupos que são a negação de tudo que você parecia defender, você traiu a quem só lhe fez o bem. Governador, permita-me corrigir essa última frase; traiu a quem lhe fez.

Eduardo Campos se perdeu na possibilidade. Não é incomum a ambição ter como parceira a falta de visão.

Fatal para um político.

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Eduardo não entendeu

Por Ronaldo Souza

Vox Populi, Vox Dei.

A voz do povo é a voz de Deus.

A sabedoria popular é algo realmente fantástico. Cresci ouvindo coisas das quais muitas vezes não fazia a menor ideia do que se tratava. Adulto, só fazia me encantar cada vez que descobria os significados.

A sabedoria popular no Nordeste, natural, tem muito a ver com o perfil do povo que aqui vive, e em vários momentos carrega consigo as coisas do sertanejo, aquele mesmo de Euclides da Cunha, que é, antes de tudo, um forte.

Já viram como o nordestino é extremamente religioso. Será que existe povo mais religioso do que ele? Difícil, muito difícil.

Quem foi se não essa religiosidade que segurou a barra do nordestino ao longo de todos esses anos de seca, sofrimento, vida miserável, ignorância, tudo causado pelo histórico desprezo dos governantes brasileiros?

Foi Deus e Nosso Senhor "Padim Pade Ciço".

Foi graças à sua fé inquebrantável que ele sobreviveu. “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”. E crente. Ele é forte na sua crença.

E na sua crença ele sabia que, como na Bíblia, um dia viria alguém que os salvaria daquele sofrimento. Alguém que tinha de ser como eles, que falasse como eles, que transpirasse como eles, que bebesse pinga como eles. Um deles, um nordestino.

É meu amigo, o nordestino é assim. Espera uma vida. Especialista em esperar.

Como diria Chico Buarque, esperando o sol, esperando o trem, esperando o aumento, desde o ano passado, para o mês que vem… mas talvez no fundo, espera alguma coisa, mais linda que o mundo, maior do que o mar…

E alguém, que saiu deles, voltou. Alguém que, ao contrário dos doutores que não sabem, aprendeu com a vida. E quem aprende com a vida se torna maior porque a vida é a maior coisa que existe.

Alguém que não se esqueceu de ninguém, mas que não conseguiu conter a preocupação com o seu povo.

Na sua memória, ali estava a mãe dele, ali era a mãe dele. E naquele colo ele voltou a se aninhar.

Se o Nordeste era a sua casa, Pernambuco era o quarto que ele não tivera para dormir. E o quarto onde a nossa mãe nos põe para dormir é algo sagrado.

Como nós, nordestinos de outros estados, podíamos ficar com ciúmes de Pernambuco, o seu berço? Para nós já bastava que ele estivesse por perto.

E ele fez um novo Pernambuco. E Pernambuco se iluminou, se vestiu com as suas cores mais alegres e dançou o seu melhor frevo. E o mundo viu Pernambuco como jamais o tinha visto.

Desaparece o homem. Surge o mito.

   

 

O nordestino duro, sofrido, do sol a pino, das mãos grossas, calejadas, não é de palavras. É um homem puro, simplório, humilde e tem um coração sensível, muito sensível. E só conhece uma linguagem; a que fala a ele, o coração.

Ele trouxe para um lugar muito especial do seu coração aquele que era um deles e o fez Deus.

Parece que Eduardo Campos não nasceu no Nordeste. Qualquer nordestino sabe que somos muito apegados a determinados sentimentos, particularmente aqueles que falam ao coração.

Dois são muito fortes: gratidão e fidelidade.

Se a política ama a traição, mas abomina o traidor, o nordestino abomina ambos.

A verdadeira campanha política ainda não começou. Não consigo imaginar o que poderá acontecer quando os nordestinos perceberem que o seu coração foi atingido por uma bala, a da traição. Justamente por um… nordestino.

Não aquele que mora ao lado do Padim Pade Ciço.

Outro.

Esse momento está pra chegar.

Eduardo Campos imitar Aécio Neves!!! Não era para ser assim. É cruel demais.

 

Por Ronaldo Souza

O que esperar de Aécio?

Precisa responder?

Eduardo Campos, no entanto, surpreende. Para muitos pernambucanos, não. E eles se manifestam cada vez mais.

Se, por já conhece-lo, a decepção para esses pernambucanos não existe, para os demais ela existe e incomoda.

Quando vimos Lula promover todo aquele crescimento de Pernambuco, todos imaginamos; “se Lula faz isso é porque tem confiança no governador daquele estado”, que sequer conhecíamos.

E os fatos mostram que Lula, que já havia cometido um erro gigantesco ao conduzir o pobre Joaquim Barbosa ao STF, agora era patrocinador de outro grande equívoco.

Talvez Aécio Neves tenha uma atenuante. O seu avô, Tancredo Neves talvez não fosse exatamente um homem em quem se podia confiar de olhos fechados.

Eduardo Campos, não. Neto de Miguel Arraes, parecia estar ali a garantia da palavra empenhada, do “fio do bigode”, que certamente se usava quando se tratava do seu avô, um dos homens sérios e respeitados da política brasileira.

Talvez por aí se possa explicar o que Lula fez por ele. Permitam-me o português: Lula fez ele.

Diz o ditado popular que “águas passadas não movem moinho” e estas já são águas passadas. Está feito.

Não se imaginava, entretanto, que Eduardo Campos pudesse se tornar essa figura ridícula que hoje é. É aí onde mora a surpresa.

Acreditava-se, ele particularmente, que essa fusão PSB-Rede pudesse trazer um crescimento para a sua campanha, o que pareceu acontecer no início, quando ele chegou a 10% na intenção de votos nas pesquisas.

Assim que a população foi percebendo como era a “nova política” dele (na foto acima, por exemplo, ele está ao lado de um dos políticos mais íntegros e com a mente mais arejada do Brasil, o baiano Geddel Vieira Lima, que Deus me perdoe), caiu para 7% e daí não sai. Na sequência, Marina conseguiu cair de forma quase que inacreditável de 21 para 12% e no cenário em que ela é candidata no lugar de Eduardo Campos foi para 9%.

Vejam a matéria de Fernando Brito.

Eduardo Campos e seu surto oposicionista. Virou um Aécio de segunda

Por Fernando Brito, no Tijolaço

O leitor deve ter reparado que o candidato do PSB à Presidência, Aécio Campos, passou a ocupar o noticiário – mas não as manchetes – uma ou duas vezes por dia disparando contra Dilma Rousseff.

É evidente seu esforço para ocupar na mídia o espaço de seu aliado-adversário Aécio Neves como “o mais oposicionista dos oposicionistas”.

Nos últimos dois dias foi aos jornais para uma série de delírios que seriam compreensíveis em Aécio Neves, não em alguém que participou de 11 dos 12 anos de governo petista.

Sábado, estava no Estadão acusando a Presidenta de enfraquecer a Petrobras para privatizá-la, esquecendo de que ela deu a Pernambuco o maior dos investimentos da empresa, a Refinaria Abreu e Lima. E à noite foi confraternizar com Aécio Neves e Eduardo Cunha na festança de debutante da filha de Gedel Vieira Lima, outro caráter sem jaça do “blocão” peemedebista.

Domingo, responsabilizou Dilma pela desaceleração da economia.

Hoje cedo, já fazia dueto com Fernando Henrique pela instalação de uma CPI da Petrobras.

E à noitinha comemorava o rebaixamento da nota da Standard & Poor’s ao grau de investimento no Brasil.

Convenhamos, só faltou dar um pulinho na “Marcha com Deus pela Família”, não é?

Eduardo Campos parece embriagado com as atenções que recebe por ter se bandeado para a oposição.

Faz-me lembrar o que sempre dizia Brizola, numa daquelas suas frases de efeito: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

Talvez seja por isso que ele não consegue sair da posição pífia que ocupa nas pesquisas  e, ao contrário de ser “puxado” por Marina, está é puxando para baixo a ex-senadora.

Campos talvez não tenha se dado conta que não é do PSDB, ainda que sirva ao PSDB.

E que, se queria abocanhar o potencial de Marina, não poderia se confundir com a tucanagem.

O resultado é que se tornou uma oposição caricata, um “novo” praticante do farisaísmo do “estava lá mas agora estou aqui”.

Marina, muito mais sabida, nunca se permitiu cenas de amor explícitas com José Serra como Campos protagoniza com Aecinho.

E a pombinha do PSB vira um pastiche de tucano, de quem, já no primeiro olhar, emana a falsidade oportunista.

Tornou-se um sub-Aécio, o que é algo como uma miniatura de sonho de grandeza.

Descobriram a farsa do IBOPE?

Por dados do Ibope, Dilma não perdeu popularidade. Pesquisa de hoje é mais antiga que a dos 43%. Aliás, estava pronta quando esta foi publicada

Por Fernando Brito, no Tijolaço

Primeiro, semana passada, o boato de que a pesquisa Ibope traria uma queda – que não houve – da intenção de voto em Dilma Rousseff.

Seis dias depois, uma “outra” pesquisa do Ibope, estranhamente, capta uma súbita mudança de estado de espírito da população e Dilma (que tinha 43% das intenções de voto na tal pesquisa eleitoral) e registra uma perda de sete pontos percentuais em sua aprovação: curiosamente dos mesmos 43% para 37%…

Puxa, como foi rápida a queda, em apenas seis dias, quase um por cento por dia…

É, meus amigos e amigas, é mais suspeito do que isso.

A pesquisa de intenção de voto, divulgada na sexta-feira, foi registrada no TSE no 14 de março, sob o protocolo BR-00031/2014 , com realização das entrevistas entre os dia 13 e 20/03/14.

Já a de popularidade recebeu o protocolo BR-00053, no dia 21 passado,mas quando já se encontrava concluída, com entrevistas entre os dias 14 e 17.

Reparou?

Quinta feira à tarde, dia 20, uma intensa boataria toma conta do mercado de capitais, dizendo que Dilma perderia pontos numa pesquisa Ibope a ser divulgada no Jornal Nacional.

O estranho é que ninguém tinha contratado, isto é , ninguém pagou por essa pesquisa. Em tese, é claro.

A pesquisa é divulgada sem nenhuma novidade.

Mas, naquele momento, o Ibope já tinha outra (outra, mesmo?) pesquisa, terminada três dias antes e certamente já tabulada.

Vamos acreditar que o Ibope fez duas pesquisas diferentes, com a mesma base amostral e 2002 entrevistas exatamente cada uma…

O boato, portanto, não saiu do nada.

No mínimo veio de dentro do Ibope, que tinha nas mãos duas pesquisas totalmente contraditórias.

Uma, “sem dono”, que dizia que Dilma continuava nadando de braçada.

Outra, encomendada pela CNI de Clésio Andrade, um dos s
enadores signatários da CPI da Petrobras, apontando uma queda de sete pontos em sua popularidade.

Mas a gente acredita em institutos de pesquisas, não é?

O Ibope teve nas mãos duas pesquisas com a mesma base, realizadas praticamente nos mesmos dias, com resultados totalmente diferentes entre si?

Se o PT não fosse um poço de covardia estaria exigindo, como está na lei, os questionários das “duas” pesquisas.

Aliás, nem devia ser ele, mas o Ministério Público Eleitoral, quem deveria exigir explicações públicas do Ibope, diante destes indícios gravíssimos de – vou ser muito suave, para evitar um processo  – inconsistência estatística.

Ainda mais porque muito dinheiro mudou de mãos na quinta-feira e hoje, com a especulação na Bolsa.

Mas não vão fazer: esta é uma nação acoelhada diante das estruturas suspeitíssimas dos institutos de pesquisa.

 

Joaquim Barbosa, abandonado, prova do próprio veneno

Por Ronaldo Souza

Todos que me acompanham pelos textos são testemunhas de que há muito tempo venho dizendo que assim que Joaquim Barbosa terminasse o trabalho que lhe tinha sido destinado pela mídia seria renegado por ela própria.

Devo confessar uma coisa. Não pensei que ia ser tão rápido.

O herói da Globo, Veja (lembram, entre outras, da capa da revista com o “menino pobre que mudou o Brasil”?), Estadão, Folha…

Pobre Joaquim. Usado, manipulado, voltou-se contra a própria classe, por momentos fugazes de notoriedade, que somente os homens muito pobres de espírito se permitem, foi abandonado na beira da estrada.

Resta-lhe agora, isolado e desmoralizado, queixar-se, como um simples mortal, da mesma imprensa irresponsável e oportunista (aqui faço um enorme esforço para me conter nas palavras) a quem tanto serviu durante o seu “reinado”.

Leia a íntegra da carta encaminhada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, à revista Época, da Globo.

Carta à revista Época

Sr. Diretor de Redação,

A matéria “Não serei candidato a presidente” divulgada na edição nº 823 dessa revista traz em si um grave desvio da ética jornalística. Refiro-me a artifícios e subterfúgios utilizados pelo repórter, que solicitou à Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal para ser recebido por mim apenas para cumprimentos e apresentação. Recebi-o por pouco mais de dez minutos e com ele nao conversei nada além de trivialidades, já que o objetivo estabelecido, de comum acordo, não era a concessão de uma entrevista. Era uma visita de cunho institucional do Diretor da Sucursal de Brasília da Revista Época. Fora o condenável método de abordagem, o texto é repleto de erros factuais, construções imaginárias e preconceituosas, além de sérias acusações contra a minha pessoa.

A matéria é quase toda construída em torno de um crasso erro factual. O texto afirma que conheci o ministro Celso de Mello na década de 90, e que este último teria escrito o prefácio do meu livro "Ação Afirmativa e princípio Constitucional da Igualdade". Conheci o ministro Celso de Mello em 2003, ano em que ingressei no STF. Não é dele o prefácio da obra que publiquei em 2001, mas sim do já falecido professor de direito internacional Celso Duvivier de Albuquerque Melo, que de fato conheci nos anos 90 e foi meu colega no Departamento de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Mais grave, porém, é a acusação de que teria manipulado uma votação, impedindo deliberadamente que um ministro do STF se manifestasse. O objetivo seria submeter o ministro a pressões da "mídia" e de "populares". Isso não é verdade. Ofensiva para qualquer cidadão, a afirmação ganha contornos ainda mais graves quando associada ao Chefe do Poder Judiciário. Portanto, antes de publicar informação dessa natureza, o repórter tinha a obrigação de tentar ouvir-me sobre o assunto, o que pouparia a revista de publicar informação incorreta sobre minha atuação à frente da Corte.

No campo pessoal, as inverdades narradas na matéria são ainda mais ofensivas e revelam total desconhecimento sobre a minha biografia. Minha mãe nunca foi faxineira. Ela sempre trabalhou no lar, tendo se dedicado especialmente ao cuidado e à educação dos filhos. O texto, que me classifica como taciturno, áspero, grosseiro, não apresenta fundamentos para essas afirmações que, além de deselegantes, refletem apenas a visão distorcida e preconceituosa do repórter. O autor da matéria não apresenta elementos que sustentem os adjetivos gratuitos que utiliza.

Também desrespeitosa é a menção aos meus problemas de saúde. Ao afirmar que a dor causou “angústia e raiva”, o jornalista traçou um perfil psicológico sem apresentar os elementos que lhe permitiram avaliar o impacto de um problema de saúde em uma pessoa com a qual ele nunca havia sequer conversado.

Outra falha do texto é a referência à teoria do "domínio do fato". Em nenhum momento a teoria foi evocada por mim para justificar a condenação dos réus no julgamento da Ação Penal 470. Basta uma rápida leitura do meu voto para verificar esse fato.

Finalmente, não tenho definição com relação ao momento de minha saída d
o Supremo e de minha aposentadoria. Muito menos está definido o que farei depois dessa data, embora a matéria tenha afirmado – sem que o jornalista tenha sequer tentado entrevistar-me sobre o tema – que irei dedicar-me ao combate ao racismo.

Triste exemplo de jornalismo especulativo e de má-fé.

Joaquim Barbosa

Presidente do Supremo Tribunal Federal

Obs. do Falando da Vida – E a nossa pobre classe média não percebe a armação que existiu desde o início. Impressionante.

O que está acontecendo com Marina?

“Partido” da Marina cobra R$30 para militante ter direito de participar das decisões

Por Helena Sthephanowitz

Criado por Marina Silva (PSB) para “fundar uma nova política”, o movimento Rede Sustentabilidade está cobrando para que seus filiados votem nas convenções estaduais. O valor mínimo para o militante exercer o voto é de R$ 30, segundo resolução nacional que estabelece o regimento interno das convenções de 2014.

De acordo com o jornal  Hoje em dia, os fundadores do Rede em Minas acusam Marina de “selecionar os filiados” e distorcer os ideais do movimento. Para eles, o Rede pratica a “velha política”. Aqueles que não puderem pagar o voto, devem apresentar uma justificativa por escrito, de acordo com o documento.

“A Marina e sua cúpula criaram regras absurdas para ganhar dinheiro. Temos 52 filiados no Aglomerado da Serra e outros 50 em Betim que ficaram fora do movimento por causa disso. Quem não puder, tem que apresentar atestado de pobreza”, disparou um dos fundadores o advogado Tito Lívio. De acordo com ele, a convenção em Minas será realizada em abril.

O artigo 6º do regimento traz a seguinte regra: “O filiado será considerado em dia com suas obrigações financeiras mediante o pagamento da contribuição extraordinária para a primeira convenção da Rede Sustentabilidade no valor mínimo de trinta reais”.

Velha política

Lívio faz parte de um movimento paralelo que questiona tais posicionamentos da cúpula nacional do Rede Sustentabilidade. Em um manifesto assinado pelo grupo interno Coletivo Mineiro, eles afirmam que pessoas são desfiliadas e assinaturas são impugnadas ilegalmente.

“A rede era um partido para receber pessoas, ativistas, mas continuam fazendo a velha política do mesmo jeito. Não tem nada de decisões horizontais, ações democratizadas. Não existe nada disso. Marina é uma fraude”, disparou o militante.

Eduardo Campos fica em empate técnico com Pastor Everaldo. É nisso que dá traição

Por Zé Roberto

A pesquisa Ibope divulgada ontem (20) foi devastadora para Eduardo Campos (PSB-PE).

Quando a pesquisa coloca na cartela o nome dos candidatos "nanicos" mais prováveis, Campos cai e aparece em empate técnico com o Pastor Everaldo Pereira (PSC-RJ).

Como a margem de erro é 2% e Campos pontua apenas 6%, pode ter intenções de votos entre 4% e 6%.

Everaldo pontuou 3%, podendo ter intenções de votos entre 1% e 5%.

Com isso há a probabilidade de ambos estarem na faixa de 4 a 5%.

Mesmo com oito candidatos, Dilma vence com folga no primeiro turno. Todos os sete adversários somam 23% ou 25% (dependendo do candidato do PSB ser Campos ou Marina), enquanto Dilma sozinha tem 40%. 

Para complicar a situação de Campos, quando o nome de Marina é testado, ela também cai para 9% quando há oito candidatos, o que reduz muito o potencial de atrair uma parcela de votos caso integre a chapa como vice.

Outro número assustador é a rejeição de Campos, com 39%. Um valor muito alto para quem só tem 6% de intenções de votos (ou 7% no melhor cenário). Isso mostra que o povo brasileiro não aprova calabares, nem candidatos que se afastam do povo para fechar acordos com banqueiros e oligarquias políticas e econômicas arcaicas.

As expectativas sobre a viabilidade da candidatura Campos se tornar competitiva reduziram bastante, apesar da forte exposição que ele teve na mídia.

É curioso como quanto mais Eduardo Campos fica conhecido, mais empaca ou até tem caído nas pesquisas. Deve ser as pessoas que vão descobrindo que ele traiu Lula e o eleitorado lulista, virando a casaca para aliar-se com os Bornhausen, os demotucanos, o Banco Itaú e a TV Globo. 

Obs. do Falando da Vida – A que ponto está chegando a candidatura de Eduardo Campos. Sairá muito pequeno dessa campanha. Ao mesmo tempo, é impressionante a queda de Marina.