Joaquim Barbosa recebe R$ 700 mil da UERJ sem trabalhar

 

Por Miguel do Rosário  no blog O Cafezinho

Primeiro ele pagou, com dinheiro público, as passagens de avião da repórter da Globo que foi à Costa Rica cobrir a sua palestra. Depois pagou, de novo com verba pública, passagens para vir ao Rio assistir o jogo entre Brasil e Inglaterra. Não precisou pagar ingresso porque ficou no camarote do Luciano Huck. Logo em seguida descobriu-se que seu filho arrumou um emprego na Globo, no programa de… Luciano Huck.

Henrique Alves e Renan Calheiros, apanhados usando jatinho da FAB pra ver jogo de futebol, devolveram o dinheiro usado. No caso de Barbosa, a imprensa continua quieta. Ninguém quer decepcionar o “gigante” que, segundo o Datafolha, idolatra o Barbosão.

Ninguém quer arranhar a imagem do “menino que mudou o Brasil”, criada pela grande mídia para endeusar o homem que se vendeu ao sistema, que rasgou a Constituição para acusar e condenar, mesmo sem provas, os réus da Ação Penal 470.

A coisa não pára por aí. O laudo 2424, que investiga a relação entre o fundo Visanet, funcionários do Banco do Brasil e as empresas de Marcos Valério, traz uma denúncia séria: o filho de Barbosa teria trabalhado numa empresa que recebeu milhões da DNA Propaganda. Barbosa manteve o laudo em sigilo absoluto, apesar do mesmo trazer documentos que poderiam provar a inocência de Pizzolato – e prejudicar toda a denúncia do mensalão.

E agora, uma outra novidade: desde 2008, Barbosa usufrui de uma bela sinecura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ): ganha sem trabalhar. O Estado do Rio já gastou mais de R$ 700 mil em salários para um cidadão que ganha muito bem no Supremo Tribunal Federal.

O Cafezinho, como de praxe, mata a cobra e mostra o pau. Estão aí os documentos que comprovam a situação de Barbosa. Ele deu aula na Uerj normalmente de 1998 a 2002. Em 2003, pede licença-prêmio e permanece até 2008 em licença não-remunerada. A partir desta data, porém, a vida sorri para Joaquim. Além do empregão no STF, da paixão súbita da mídia por sua pessoa, o reitor da UERJ lhe oferece uma invejável situação: passar a receber salários e benefícios mesmo sem dar aulas ou fazer pesquisas.

Consta ainda que Barbosa estaria brigando para receber reatroativamente pelos anos que permaneceu de licença não remunerada, de 2003 a 2008. Para quem acabou de receber R$ 580 mil em benefícios atrasados, não seria nada surpreendente se também conseguisse isso.

Ah, que vida boa!

Os meninos do Movimento Passe Livre estão certos: definitivamente, não são apenas 20 centavos!

Os documentos que comprovam a situação de Joaquim Barbosa podem ser vistos aqui O Cafezinho – exclusivo Barbosa recebeu 700 mil da UERJ sem trabalhar 

Rede Globo, um orgulho para o Brasil

É uma das maiores empresas de comunicação do mundo, um orgulho para o Brasil. Nada passa em branco na Globo, sempre preocupada em dar as informações aos seus telespectadores.

Você já viu alguma notícia sobre os governos de Lula e Dilma e o PT que ela deixou de dar? Diga, diga, duvido. E tem mais, dá com todos os detalhes. Rapaz, é tanto detalhe que às vezes eu acho até que ela inventa, só pra deixar a gente bem informado.  

Como ela tem uma preocupação muito grande com o povo brasileiro, apoia tudo que vise dar transparência a aquilo que interessa e é pertinente a ele, povo. Veja, por exemplo, nem falo da qualidade técnica, mas veja o vídeo com a reportagem sobre a sonegação de impostos. Muito boa.

[[youtube?id=KqPz_31Zsp4]]

Que povo não se sentiria tranquilo e protegido com uma empresa capaz de fazer esse tipo de reportagem para informa-lo? É de fato uma grande empresa de comunicação, com fidelidade absoluta à veracidade dos fatos, no seu eterno compromisso de levar todas as notícias aos seus telespectadores. Doa a quem doer. Altamente elogiável.

Ah, cara, você também é muito chato. Você quer que ela seja perfeita? Aliás, ela é perfeita, mas também pode falhar. Temos que compreender que, mesmo sendo uma das maiores empresas de comunicação do mundo, ela comete falhas. ‘Tá certo, concordo, ela não dá todas as notícias pertinentes a algumas pessoas importantes. Concordo com você, quem não gostaria de saber coisas sobre gente como Fernando Henrique Cardoso, José serra, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, etc.

Você sabe como é o povo, né mesmo? Adora ver gente rica na televisão. Imagine, tem um programa que dizem que muita gente assiste, parece que é com mulheres ricas, mostrando toda a riqueza delas, inclusive a interior. Não, interior das casas.

Para que saber o que Lula faz e bebe? Coisa mais sem graça. Mesmo assim, a Globo mostrou várias vezes Lula com cara de quem tomou uma, inclusive ela vibrou quando mostrou, também várias vezes, ele carregando um isopor com cerveja. Os meus colegas gostaram tanto que até hoje falam disso. Aí ó, telespectadores fieis da Globo, só assistem a ela. E só lêem a Veja. Só me dou com gente fina.

Ela já mostrou e todo mundo já sabe que Lula toma uma “cachacinha”. Mas que graça tem? A gente quer ver é como são as festas do povo rico, Fernando Henrique Cardoso e aquele povão deles, opa, perdão, povão não, eles podem não gostar; aquelas pessoas importantes (será que são cheirosas?).

Você já pensou se ela mostrasse como são as festas de Aécio Neves, já pensou? Ali só tem gente fina, meu. Será que aquelas mulheres do programa de mulheres ricas fazem parte dessas festas de Aécio? Eles deviam mostrar. É outro nível.

Gente, não dá nem para imaginar o que eles bebem, é de primeira. E vocês pensam que é só bebida? Mas vocês são pobres mesmo, viu! Não é só bebida não, tem muito mais coisa. Muito mais. Você perguntou o que? Ah, comida! Também tem.

Agora, veja só a que ponto chegou a Globo. Típico dos grandes; modéstia, simplicidade. Só ostenta quem é novo rico. A Globo chega ao ponto, olhe que coisa impressionante, de não fazer nenhuma reportagem, nenhuma, que mostre o quanto ela é poderosa. Vou dar um exemplo.

A Receita Federal, com a sua mania de querer pegar os mínimos detalhes, multou a Globo em 615 milhões de reais em 2006. Ah, não sei não, foi um negócio de comprar os direitos para transmitir os jogos da Copa do Mundo de 2002. Vê se pode, a Globo compra a Copa pra passar pra gente, pra o povo dela e a receita vai lá e multa em 615 milhões de reais, só porque a compra foi feita num lugar chamado paraíso fiscal. Mal sabem eles que a Globo comprou foi num Offshore. A Globo vai mesmo dar a ousadia de comprar uma coisa em paraíso fiscal.

Comprou, passou a copa pra gente, fomos campeões do mundo graças a ela e até hoje tem um processo contra ela. Vê se pode. Mas sabe o que eu fiquei sabendo? Que o processo contra a Globo sumiu. Achei foi bom. Nem a Globo sabia que o processo sumiu (pra você ver como ela é desligada pra essas coisas, também fazer novela dá tanto trabalho que toma o tempo todo), mas dizem que sumiu mesmo. Sabe o q
ue é isso? É gente que gosta da Globo e não ia deixar ela ser perseguida assim sem mais nem menos. Esse negócio de sonegação fiscal não pega com a Globo.

É aí que entra a dignidade da Globo. Não diz nada, não dá um pio. Caladinha. Sabe por que? Pra não criar confusão. Ela sabe que se o povo souber que ela está sendo perseguida vai todo mundo pras ruas. E olha que ela gosta de ver o povo nas ruas.

Sabe por que ela não mostra aqueles babacas gritando nas manifestações “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, “a verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura”? Pra o povo não ver aquilo e ir pras ruas encher aqueles caras de porrada.

Mas ainda bem que existem as outras televisões. Elas entendem a postura da Globo e mostram as reportagens, justamente pra mostrar como a Globo é injustiçada. Veja o vídeo.

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É ou não é uma televisão que faz tudo pra gente e ainda por cima é simples? Uma empresa de comunicação que tem como compromisso informar o seu público, omite a informação só para mostrar que é igual à gente, simples. Não sacou não? Por isso que ela diz: Globo e você, tudo a ver.

Falar nisso, pera aí que vou ver minha novela.

Não poderia ser mais triste

Entende-se que todas as pessoas deveriam ser educadas, gentis e que fossem de bom convívio social.

Não é assim. Os nossos instintos mais primitivos muitas vezes parecem aflorar com intensidade e frequência cada vez maiores.

Não deveria ser assim. É para isso que somos os únicos animais do Planeta Terra dotados de uma característica conhecida como racionalidade; somos animais racionais, seres pensantes.

Acredita-se que quanto maior o nível de escolaridade, maiores as chances de se encontrarem seres humanos com esse perfil. Supõe-se que entre essas pessoas estão em destaque aquelas que frequentaram/frequentam as universidades. Nesse sentido, algumas categorias profissionais pretendem estar mais acima ainda.

Depois dos protestos promovidos pela classe médica em várias regiões do país, projetou-se na sociedade brasileira uma grande tristeza. Concomitante a essa tristeza, também se disseminou, como uma doença que não se conhecia, a dificuldade em se aceitar como verdade absoluta a crença da existência de maior racionalidade entre os senhores doutores do que entre os mortais.

Muito típico das elites brasileiras esconder a sujeira por baixo dos talheres de prata, para, no primeiro momento em que se sentem atingidas, deixar de lado o glamour e descer das tamancas. Porém, a determinados segmentos da sociedade isso é, no mínimo, não recomendável.

Muitas coisas foram ditas e vistas. Algumas declarações foram de uma infelicidade chocante, ainda mais se considerarmos que foram feitas por aqueles que estão à frente dos destinos de uma categoria profissional tão tradicional. Nas manifestações, houve de tudo, mas algumas cenas se tornaram emblemáticas, como a que pode ser representada pela imagem no começo deste texto.

A conhecida e lamentável situação em que se encontra a saúde no Brasil tem a sua raiz na longa história de desprezo pelo povo por parte dos governantes brasileiros ao longo de séculos; não é desse ou daquele governo. Com um pouco de boa vontade, pode-se aceitar a ignorância política expressa na imagem, porém, pesam contra ela a sua verdadeira motivação e a grosseria estampada.

Ela facilmente se explica, sem jamais se justificar, pelos sentimentos mais primitivos do homem que se calam no fundo do inconsciente de cada um. Afloram simplesmente. De tempos em tempos, ou, como agora, com frequência preocupante. Também facilmente diagnosticável, por isso compreensível, porém, insisto, sem que se justifique. No entanto, pela extrema grosseria estampada, exigiria, no mínimo, um pedido de desculpas a todo o povo brasileiro.

Não poderia ser mais triste. Mas foi. Foi mais triste ainda ver as declarações que se espalharam pela imprensa e redes sociais.

Uma delas: “Médicos atacam e ironizam, na Internet, homem que se manifestou contrário ao protesto da classe. Médicos como Robson Alencar Souza e Carla Karini (cardiologista) se manifestaram: ‘Um dia vai precisar da gente e vou lembrar de sua linda fisionomia’ diz médico ao publicitário Carlos Fialho (veja aqui).

O que fica? Muita coisa. Sobretudo, fica uma sociedade que não consegue olhar para si. Uma sociedade que, diante do vazio, cada vez mais se individualiza e se elitiza na busca incansável pelo seu bem estar pessoal, que costuma ser traduzido como qualidade de vida. Uma sociedade que na busca incansável, cruel e egoísta para garantir a sua fatia do bolo, secularmente distribuído entre poucos, exibe o que pode existir de mais primitivo.

Por que determinados segmentos da sociedade insistem em dar as costas aos fatos quando estes frequentemente negam o que tanto alardeiam? Será que mesmo diante de evidências que não permitem justificar o seu comportamento, esperam sempre contar com a ajuda da sua grande aliada, a mídia, no seu eterno papel de manipular e esconder o que não lhe interessa?

Veja a matéria de Paulo Jonas de Lima Piva, do blog O pensador da aldeia

A informação abaixo é para os preconceituosos, reacionários e para todos aqueles que reproduzem passivamente as opiniões prontas, fast-food, de Veja, Folha de São Paulo, CBN e Jornal da Cultura. Diz respeito à vinda de médicos estrangeiros, em particular de médicos cubanos, ao Brasil, onde, na medicina, impera a ideologia elitista e liberal. Ela foi publicada no portal G1 no último dia 12, que fez questão de minimizar a aprovação dos cubanos e a péssima avaliação dos brasileiros:

Entenda o Revalida

O Revalida é um exame nacional criado pelo Ministério de Educação que representa a porta de entrada tanto para estrangeiros quanto brasileiros que se formaram no exterior exercerem a medicina no Brasil. Ele é uma exigência para que o diploma seja válido no país.

Pelo exame, enquanto o médico não for aprovado e não obtiver a revalidação do diploma pelas instituições do ensino público, ele fica impedido de atuar no país. Se um médico for reprovado no Revalida, ele pode se inscrever para fazer o exame do ano seguinte.

Em 2012, 884 pessoas de várias partes do mundo se inscreveram para o Revalida, e apenas 77 (menos de 9%) conseguiram a aprovação no exame.

O Brasil respondeu pela grande maioria dos inscritos (560), mas apenas 7% dos candidatos foram aprovados. O país ficou na sexta colocação no ranking de índices de aprovação. Os países que obtiveram o maior êxito neste quesito foram Venezuela (27%) e Cuba (25%), apesar de o número absoluto de inscritos ter sido pequeno. Nenhum candidato com nacionalidade de países da Ásia, África ou América do Norte conseguiu passar na prova do MEC".

Fontehttp://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/07/revalida-sera-aplicado-cerca-3-mil-alunos-do-brasil-em-agosto.html 

Globo foi flagrada no “mensalão” do Banco Rural, mas não foi incluída como ré

 

Ligações suspeitas entre Globo e Banco Rural, mas ninguém investiga

Por Helena Sthephanowitz, no Rede Brasil Atual

Quem tiver alguma informação, favor informar a este blog. Procura-se o inquérito ou processo de investigação das operações do Banco Rural com a Globo, consideradas fraudulentas e com evidência de crime contra o sistema financeiro nacional, segundo o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza.

Em 2006, quando Souza apresentou a famosa denúncia ao ministro Joaquim Barbosa do chamado "mensalão" (ação penal 470), registrou na página 90, uma vistoria do Banco Central junto ao Banco Rural apontando crimes contra o sistema financeiro nacional, envolvendo operações consideradas fraudulentas com algumas empresas. Entre elas a Globo Comunicações e Participações, a Globopar, controladora da TV Globo.

Consta que em 2004 a Globopar não conseguia honrar suas dívidas, e o fundo de investimento W.R. Huff pediu a falência da empresa nos Estados Unidos. Foi necessário um processo de reestruturação da dívida.

Contudo, as páginas 2.869 e 2.870 do acórdão do julgamento da Ação Penal 470 registram que o mesmo padrão de empréstimo feito pelo Banco Rural ao Partido dos Trabalhadores foi feito com a "Globo Comunicações e Participações" – os ministros do STF consideraram as operações entre o banco e o PT "atos fraudulentos de gestão".

Como a Globo não foi incluída como ré na ação penal 470, presumia-se que o doutor Antônio Fernando, por dever de ofício, tenha desmembrado e encaminhado a investigação envolvendo as operações entre a Globo e o Banco Rural para a Procuradoria Regional Federal do Rio de Janeiro, onde fica a sede da emissora.

Porém, passados sete anos, o caso continua envolto em mistério e, sobre ele, não há uma única palavra no site do Ministério Público Federal. O assunto torna-se mais preocupante diante do recente ‘sumiço’ de um processo de R$ 615 milhões por sonegação de imposto de renda na compra de direitos de transmissão da Copa de 2002 pela TV Globo, com uso de operações em paraísos fiscais.

Causa desconforto saber que a Globo aparece nos autos dos inquéritos relacionados ao "mensalão", com indícios que exigem investigação profunda e que acaba de contratar Felipe Barbosa, filho do ministro Joaquim Barbosa, relator dos processos, para trabalhar na emissora.

Antes da Globo, outra empresa apareceu envolvida nos meandros do caso: o Grupo Tom Brasil, que teve o mesmo filho de Joaquim Barbosa como assessor de imprensa, recebeu R$ 2,5 milhões do dinheiro que os ministros do STF consideraram desviados da Visanet por meio da agência de publicidade de Marcos Valério.

E agora? Pau que bate em Chico baterá em Francisco?

E a velha mídia… Essa página 90 do relatório que resultou na AP 470 permanece no limbo do noticiário da grande mídia até hoje. É mais um vexame do corporativismo dos barões da mídia, na mesma linha que foi a blindagem que a revista Veja obteve na CPI do Cachoeira. 

Fernando Henrique Cardoso; envolvido na espionagem da CIA?

Fernando Henrique, o esquecido

Por Fernando Brito no blog Tijolaço

O economista Luiz Gonzaga Beluzzo, em sua coluna na Carta Capital – infelizmente o texto não está ainda na rede  – dá um “chega pra lá” no esquecido Fernando Henrique Cardoso que postou em  seu Facebook: “Nunca soube de espionagem da CIA”. E acrescentou: “Só poderia saber se fosse com o conhecimento do governo, o que não foi o caso”.

Beluzzo lembra que, entre 1999 e 2002, só a  CartaCapital ”publicou mais de uma dúzia de capas sobre a intervenção da CIA, do FBI e da DEA na Polícia Federal e nos ditos órgãos de segurança brasileiros”, grampeando “até conversas do então presidente da República”.

Escreve Beluzzo: Diz o texto da edição n°97 de CartaCapital: “Assim, enquanto o Brasil tocava o maior negócio privado dos EUA naquele ano, o Sivam, projeto de 1,4 bilhão de dólares, a CIA, órgão de espionagem dos americanos em consórcio com a polícia do Brasil, gravava conversas com o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso”. FHC tem o hábito irrefreável de esquecer o passado.

Fernando Henrique só é coerente em uma coisa: o cinismo elitista com que se expressa, sempre achando que a opinião pública é formada por um bando de idiotas que o veneram. Não, não é. Apenas as editorias dos grandes meios de comunicação, que o aplaudem em tudo, o são.

Veja também:

Bob Fernandes tira a máscara de Fernando Henrique Cardoso, o esquecido 

Blog do Mello

O jornalista Bob Fernandes refresca a memória do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, com sua proverbial cara de pau, reagiu à informação de que a CIA espionava o Brasil em Brasília escancaradamente em seu governo, dizendo que nunca soube disso.

Bob Fernandes mostra que é simplesmente impossível que FHC não soubesse, e explica o porquê em sua coluna do Terra Magazine.

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Não, não foi a Bahia que foi levada ao ridículo

Se algum dia o futebol esteve isolado de qualquer outro setor da vida brasileira, há muitos anos isso não existe mais. Não é de agora que o futebol está ligado de maneira muito profunda, por exemplo, à política e justiça brasileiras.

Já tive oportunidade de dizer que está enraizado no imaginário popular que o doutor é um homem inteligente e culto (veja aqui). Daí, o desejo de todos os pais, principalmente aqueles que não foram contemplados pelo direito ao conhecimento, de que seus filhos entrem na universidade e que assim venham a pertencer ao mundo do nível superior. Nada mais natural.

Infelizmente, porém, o doutor não é sempre um homem inteligente e culto. Além disso, ainda mais do que inteligência e cultura, parece ser cada vez mais comum a esses doutores uma outra característica: ausência de sensibilidade

Sem dúvida, um dos segmentos mais tidos como reduto da sapiência é o habitado pelos homens do direito. Menino de interior, cresci ouvindo dizer que esses homens representavam o que há de mais próximo do Olimpo.

Às vezes fico a imaginar porque a vida é cruel. Fico a imaginar porque ela insiste em me tirar algumas coisas da minha infância, como, por exemplo, a inocência. Uma crueldade sem tamanho.

No entanto, ao mesmo tempo em que me queixo da vida, sou-lhe grato, por me proporcionar, quem sabe como compensação, muitas coisas boas, como por exemplo, conhecer a sabedoria popular. São do povo pérolas como a que diz: “de perto, somos todos iguais”.

Para a felicidade de mais de 99% da torcida do Bahia e das pessoas que, de alguma forma, fazem parte desse universo, o agora ex-presidente do Bahia, o Sr. Marcelo Guimarães Filho, foi deposto do cargo por medida de intervenção da Justiça. Não podemos falar de 100% de pessoas felizes porque para completar esse percentual faltam a diretoria dele (também afastada), alguns conselheiros (também afastados) e as pessoas ligadas a ele, pessoas que temos que buscar entender as suas razões.

Para a sua defesa, o ex-presidente do Bahia, quando ainda era presidente, portanto, a expensas do clube, contratou o Doutor Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. Dono de um dos escritórios de advocacia mais reconhecidos e caros do Brasil, o Doutor Kakay é um advogado ilustre, responsável pela defesa de nomes importantes do Brasil e, talvez por isso, conhece bem de perto o poder. Como poucos, deve saber como as boas relações são importantes na sua profissão.

Apesar da sua notoriedade e do reconhecimento das suas qualidades profissionais, a pobreza das recentes declarações do Doutor Antônio Carlos de Almeida Castro não representa novidade, pelo menos para olhos mais atentos. Mas, sobretudo, elas não deixam a menor dúvida quanto ao acerto do ditado popular: “de perto, somos todos iguais”.

O mundo do nível superior não é superior a nenhum outro mundo.

Referindo-se à maneira como, segundo ele, de forma completamente equivocada o Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia teria conduzido o julgamento que culminou com o afastamento do seu cliente da direção do Bahia, veja um trecho do que foi capaz de dizer o Doutor Kakay:

"Hoje o presidente do Atlético de Madrid me ligou perplexo pois queria comprar um jogador aqui e disse que não comprará. ‘Como comprarei se um juiz manda depois destituir? Imagine? Essa é a realidade’

É a credibilidade do futebol que infelizmente volta-se para a Bahia… Colocou-se ao ridículo, ridículo internacional, inclusive esse presidente do Atlético de Madrid e o presidente do [banco] BMG, que é o que mais investe no futebol, estão perplexos. Não posso desrespeitar o poder judiciário, mas um juiz da 18ª vara achou que poderia fazer uma intervenção. É um risco para o futebol internacional e leva a Bahia ao ridículo".

Muita coisa poderia ser extraída dessas declarações, mas vamos ao que mais chama a atenção.

O que pretendeu ou pretende o Doutor Kakay ao dizer que “hoje o presidente do Atlético de Madrid me ligou perplexo pois queria comprar um jogador aqui e disse que não comprará…”?

O ridículo do “comprar um jogador aqui” é simplesmente inacreditável. Além disso, teria o objetivo de mostrar intimidade com dirigentes do futebol internacional, mas, na verdade, deixando vir à tona o sentimento típico dos colonizados? Essa fala talvez fosse compatível com um aluno de direito no seu desejo típico de mostrar-se um pequeno rei.

A importância q
ue lhe parece ter a proximidade com o poder se manifesta outra vez quando diz “… e o presidente do [banco] BMG, que é o que mais investe no futebol, estão perplexos”. Seria um reflexo do seu reconhecimento e necessidade de ter por perto pessoas influentes a lhe respaldar, expresso de maneira tão pueril?

Haveria por parte do Doutor Kakay o desejo de pressionar o TJD da Bahia por julga-lo inexpressivo e do alto das suas relações o estaria intimidando?

Haveria por parte do Doutor Kakay o desejo de utilizar do seu prestígio por saber, como poucos, como a justiça brasileira se deixa influenciar por pressões externas, como vem acontecendo nos últimos tempos em campos que não os do futebol?

Abrindo a primeira página do seu catálogo de pessoas eventualmente influentes,  estaria o Doutor Kakay imaginando que o TJD da Bahia é constituído de juízes desprovidos de qualquer coisa, como competência, discernimento, senso de ridículo e que, além disso, entrariam em pânico pela simples citação daqueles nomes?

Doutor Kakay, mesmo com declarações desse nível, recuso-me a imagina-lo como um homem sem inteligência para perceber que não foi a Bahia que foi levada ao ridículo. 

A indignação é a base de tudo

Montagem da Globo é desmascarada nas manifestações

Na verdade, apenas mais uma.

Perceba o seguinte.

1. O homem que se manifesta no vídeo é um homem comum.

2. Ele está olhando as manifestações, não dá nenhum indício de que está inserido nela em termos de participação.

3. O que move um homem na idade desse senhor a sair às ruas para “participar” desse momento que certamente promove algum desgaste físico “não muito compatível” com a idade dele?

4. Perceba o diálogo que ele tenta travar com os funcionários da Globo. Você acha que esse senhor é um “profissional” de manifestações ou um simples pai de família?

5. Perceba a arrogância e deboche do câmera e em seguida do repórter da emissora, César Menezes, inclusive assumindo uma postura agressiva e ameaçadora.

6. Você não acha que foi daí que nasceram a ira e a indignação desse senhor, essas sim muito perigosas para a idade dele, e que ele passa a manifestar?

A rejeição geral à Rede Globo que se percebe nos dias atuais é fruto da indignação que há muito vem brotando na consciência de cada brasileiro.

Os brasileiros já perceberam e agoram deixam bem claro: tenho as minhas próprias convicções políticas. Não gosto desse ou daquele partido, mas a imprensa não pode e não vai manipular a minha cabeça e fazer de mim um boneco de ventríloquo.

[[youtube?id=AEMpfPgPqEk]]  

Por que temos essa imprensa? Porque temos essa elite

“Eu não tive instrução, mas meu filho com fé em Deus vai ser doutor”.

Inúmeras vezes ouvi essa frase.

Está enraizado no imaginário popular que o doutor é um homem inteligente e culto.

Há um ditado popular que diz: “De perto, somos todos iguais”. Ah, o povo e sua secular sabedoria.

Quanto mais você se aproxima, mais você conhece. Ah, se eles soubessem o que é o ensino superior, aquele que nos confere a condição de seres de nível superior, nos dias atuais. Opa, saiu sem querer.

A ignorância deixou de ser uma característica só dos ignorantes. Explico.

Uma definição bem simples nos diria que ignorante é aquele que ignora. No dia-a-dia tem-se como aquele que não sabe nada, um analfabeto. Podemos chamar de iletrado.

Pois fique o senhor sabendo que é cada vez mais comum a ignorância nos letrados.

As pesquisas mostram cada vez mais que a influência da grande mídia já não é como antes. Percebe-se, porém, que é cada vez maior nos segmentos tidos como de nível superior. Como é possível?

É assustador e preocupante o quanto a mídia manipula as notícias que traz ao público. Com um pouco de boa vontade, pode-se até tentar entender pela ótica de Cesare Pavese. “quando lemos, não procuramos ideias novas, mas pensamentos que já nos passaram pela mente e que adquirem, na página impressa, o selo da confirmação”.

Esta pode ser uma explicação: as pessoas só querem ver e ouvir aquilo que lhes agrada. Porém, muitas vezes isso significa agradar a sentimentos que elas desconhecem ou não querem reconhecer. São aqueles guardados a sete chaves no inconsciente. E isso nos leva a só querer ver aquele jornal na televisão, só querer ler aquela revista, porque eles dizem e escrevem o que eu desejo ouvir e ler, percebendo ou não a manipulação.

Existem vários exemplos de manipulação dos fatos. Só para citar um dos mais recentes, o da “bolinha de papel”, famoso episódio que envolveu José Serra, na campanha presidencial de 2010.

Atingido por algo durante uma passeata, passou a mão na cabeça e continuou a caminhada da simpatia. Percebendo a oportunidade, alguém liga para ele no celular e só aí que ele “sente” que se machucou e aí ele pôs as mãos na cabeça como se tivesse sido atingido por um objeto contundente. Na sequência, abandonou a caminhada e entrou num carro às pressas em busca de socorro médico.

Atendido pelo honorável médico Jacob Kligerman, que já fora subordinado a ele no Ministério da Saúde, confirmou-se o atentado: Serra realmente tinha sido atingido por um objeto contundente.

À noite, o Jornal Nacional, na sua eterna luta pela dignidade na notícia, repetiu incansáveis vezes as cenas do atentado, claro que com o auxílio de um renomado perito, Ricardo Molina, demitido da UNICAMP por fraude. Confirmava-se ali mais um atentado perpetrado pelos terroristas do PT. No calor do desejo (explica-se desejo aqui como a necessidade imperiosa de “mostrar” a violência dos petralhas), não atentaram para um detalhe inerente aos impactos de objetos contundentes no couro cabeludo: a presença de inchaço e/ou ferimento no local atingido. A total ausência de cabelos no couro “cabeludo” de José Serra certamente favorecia essa observação o que, de fato ocorreu; esses sinais não estavam presentes. Mas era só um detalhe, sem importância.

Em outros tempos, a nossa grande (?) mídia, com a sua eterna imparcialidade e apartidarismo, teria comprovado à população brasileira mais um ato de terrorismo.

Não demorou muito.

José Antonio Meira da Rocha, Professor de Jornalismo Gráfico da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação Superior Norte-RS (UFSM/CESNORS), campus de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil, desmascarou inteiramente, completamente, totalmente, a Rede Globo e os demais componentes do GAFE (Globo, Abril, Folha e Estadão).

Mostrou a farsa. Na verdade era uma bolinha de papel. A Rede Globo ainda tentou se explicar, mas não dava mais. Calou. O assunto morreu… para ela. Talvez eu deva dizer que não entre os fieis seguidores da Globo, mas entre os internautas e todos os que conseguem usar o controle remoto, a Globo foi ridicularizada.

Veja o vídeo. Observe que aos 0,47 segundos ele é atingido, olha e continua…

[[youtube?id=6aKt886xIPc]]

Todas as matérias veiculadas pelo GAFE, todas, são incorporadas de imediato ao imaginário das pessoas de um determinado segmento da sociedade como ato de fé. Já briguei muito por isso. Somente há pouco tempo entendi porque essas pessoas se recusam a ver aquelas “verdades” sob um outro ponto de vista. Talvez se possa nos tempos atuais entender melhor e aplicar a frase de um escritor português, Eça de Queiroz: “Ou é má fé cínica ou obtusidade córnea”.

Tão cedo não esqueço a comparação do telespectador brasileiro a Homer Simpson (personagem do desenho Os Simpsons) feita por William Bonner, numa clara alusão à estupidez desse telespectador. Para Bonner, quem assiste ao Jornal Nacional todos os dias, é um Homer Simpson.

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Carta aberta aos colegas da Globo

Por Marco Aurélio Mello, do Blog DoLaDoDeLá

Caros Colegas,

Conheço a maioria de vocês e dou meu testemunho da dureza que é trabalhar como jornalista na TV Globo. Já fui um de vocês por 12 anos, por isso falo de cátedra. Acordamos cedo, às vezes cedo demais, dormimos tarde, quase sempre tarde demais e passamos o dia todo conectados. Cobram de nós que tenhamos lido tudo e visto todos os programas da emissora, inclusive os de entretenimento.

Muitos só conhecem a escala do dia seguinte na noite anterior. Muitos têm um rádio Nextel apitando em nossas orelhas dia e noite. E muitos mais ficam on line pelo exchange, mesmo estando em casa, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Parece propaganda de caixa eletrônico, não é?

Nossas famílias vivem em função da nossa escala e das nossas "conquistas". Somos mal remunerados, muito mal a propósito. Pagam para um repórter inciante a aviltante quantia de R$ 3,5 mil brutos. Aos editores um pouco menos e os produtores, rádio-escutas, operadores e estagiários é melhor eu nem falar. Os chefes te dizem com a maior cara lavada que, para o seu posto de trabalho, tem 20 na porta esperando, sujeitos a ganhar a metade. Veja que triste efeito da Oligopolização.

Há uma pequena "casta", cada vez mais restrita, composta pelos figurões, que chegam a faturar uns R$ 50 mil cada, mas são poucos, muito poucos. Como levam vida de bacana, inspiram muitos a continuarem transpirando, na esperança de um dia alcançarem o Olimpo. A maior parte deles, infelizmente, é apenas uma representação simbólica daquilo que as pessoas acham que eles são, heróis, meio homens, meio deuses, portanto imortais. Como não existe almoço grátis, são todos pessoas jurídicas, ou seja, colegas do dono, já que também ostentam a condição de patrões.

A rotina é bem triste: a chefia de reportagem briga com as equipes, quando param na rua para tomar um café. As equipes acham a chefia tirana e a pauta ruim. Os produtores acham os repórteres preguiçosos e presunçosos. Já os repórteres acham os editores preguiçosos e presunçosos. Por seu turno, os editores acham os repórteres vaidosos, arrogantes e assoberbados. Esta carnificina acaba com a humanidade de qualquer um. O mantra é competição, produtividade e resultado. Não é jogo para amadores, costumam dizer os chefetes.

No entanto, todos somos cordiais uns com os outros e demonstramos um profissionalismo extremo em momentos de grande comoção, como nas tragédias, que de tempos em tempos abatem-se sobre todos nós. É quando a redação se supera e todas as diferenças são postas de lado, para uma corrida desenfreada pela notícia, pela melhor declaração, pelo melhor ângulo, pelo melhor resultado…

Por tudo isso, sei o quanto são guerreiros e o quanto são valiosos. Sei também quantos usam e abusam de drogas nas pias de mármore. Sei de quantas lágrimas verteram nos camarins e nos banheiros. Sei o quão dolorosa é essa vida de vocês, enquanto mantém a pose de grandes comunicadores, profissionais privilegiados e admirados na rua, valiosos e idealizados nas universidades.

Se, de fato, os colegas tivessem compromisso com a justiça social, o combate à pobreza e à desigualdade, em um mundo mais próspero e solidário, jamais aceitariam que seus patrões-colegas abusassem como abusam do poder que têm. No condicional, para fazer como aprendi com vocês, dizem que eles corropem, subornam e desviam. Também dizem que eles manipulam, tramam e chantageiam. E, assim, deixam tudo como está, porque para eles está bom demais assim.

Entendo o momento que estão passando. As pessoas já não olham mais com a mesma admiração para vocês. Seus filhos e amigos os questionam sobre o que vêem na internet e há uma legião disposta a tirar a pele de vocês, não pelo que são, mas pelo que representa o cubo que carregam no microfone e o logotipo estampado no carro ( mais uma vez a representação simbólica… ).

Portanto, pensem se não é hora de dizer não. Perguntem aos colegas se não é o caso de procurar coletivamente a direç
ão para negociarem um pacto. O que vocês precisam é fazer apenas o bom e velho jornalismo que sabem, sem ingerências, sem controle, sem manipulação. Afinal, vocês vendem a eles apenas sua força de trabalho, não aquilo em que vocês acreditam e que pode sim transformar o mundo num mundo melhor para todos.

Pensem nisso e contem comigo sempre que quiserem desmascarar seus algozes.


Ato contra a Globo na Bahia

ATO CONTRA A GLOBO! Veja a matéria completa aqui Rede Bahia, mentira todo dia

NA PORTA DA REDE BAHIA: Assembleia Popular Pela Democratização da Comunicação.

Salvador, 11 de julho, às 10 horas.

“A Globo na Bahia se transformou no instrumento político no combate à oposição. Sempre que um oposicionista conseguiu se eleger, foi massacrado pela Rede Bahia, que o Roberto Marinho e a Rede Globo sabem perfeitamente ser um instrumento político a serviço de Antônio Carlos Magalhães” (João Carlos Teixeira Gomes, Jornalista).

“O povo não é bobo, fora Rede Globo” (grito que ecoou nas manifestações recentes em nosso país, que levaram milhões de homens e mulheres às ruas).

“Rede Bahia, Mentira Todo dia” (se ouviu nas manifestações em Salvador).

A Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão tem a sua história marcada por escândalos e corrupção. O império consolidado por Antônio Carlos Magalhães foi construído quando o ex-senador se encastelou no Ministério das Comunicações durante o Governo de José Sarney, em 1986, com o objetivo de formar uma rede de alianças midiáticas sob a direção da sua família e grupo político, para dominar a política no estado da Bahia e perseguir a oposição.

A Rede Bahia controla os meios de comunicação de massa em nosso estado e impede que o povo trabalhador tenha acesso à informação sadia e de qualidade, inviabilizando a ampliação da democracia no país e na Bahia. Atrelada a um passado sombrio, a Empresa se beneficiou de trapaças e ilegalidades nas concessões de radio e TV, operadas pelo então Ministro ACM.

Hoje, a Rede Bahia comanda 10 grandes veículos de comunicação de massa: 7 emissoras de TV, duas rádios FM e um Jornal impresso. Esses instrumentos supostamente voltados a comunicar, estão à serviço de uma ideologia reacionária, atrelada aos interesses das elites dominantes em nosso país e no estado da Bahia. Através da Rede Bahia o povo é cotidianamente bombardeado com manipulações voltadas a criminalizar os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade; tipifica os jovens negros e negras das periferias como “inimigos padrões”; promove a mercantilização da vida e corpo das mulheres; impedem que as pautas populares sejam veiculadas; persegue funcionários que não se adaptam às suas idéias reacionárias e estão à serviço de setores que querem destruir as conquistas democráticas dos últimos 10 anos.

A Rede Bahia integra as Organizações Globo, maior conglomerado midiático da América Latina e um dos maiores do mundo, e estão presentes em praticamente todas as formas de mídia: jornais, revistas, rádio, internet, televisão (aberta e fechada), música e cinema. Propriedade da família Marinho, o grupo controla a maior rede de televisão do País, a Rede Globo de Televisão. Em torno dela está formada uma cadeia composta por 121 emissoras de TV entre geradoras (06) e afiliadas (115), com uma cobertura que alcança 5.441 municípios brasileiros e um público estimado em 159 milhões de espectadores. À rede de televisão dos Marinho orbitam 204 veículos de comunicação, distribuídos por 89 TVs VHF e 08 UHF, 34 rádios AM e 53 FM, além de 20 jornais.

A Rede Globo e a Rede Bahia estão diretamente envolvidas no período nefasto da Ditadura Militar (1964-1985) em nosso país, que cumpriu o papel de entregar as nossas riquezas para o capital estrangeiro, perseguir, torturar e assassinar uma série de lutadores e lutadoras que queriam ver brotar a democracia em nosso país.

Nesse momento, pesa sobre a Rede Globo a revelação de que houve irregularidades na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 pela emissora, que teve que pagar R$ 270 milhões à Receita Federal, apesar de mentir, negando a sonegação fiscal. A Rede Globo e a Rede Bahia tremem de medo e ódio quando as organizações populares e movimentos sociais de comunicação afirmam a necessidade da Democratização dos Meios de Comunicação em nosso país.

No momento da Assembléia Popular pela Democratização dos Meios de Comunicação, coletaremos assinaturas para a proposta de iniciativa popular de uma nova lei geral de comunicação. O projeto trata da regulamentação da radiodifusão e pretende garantir mais pluralidade nos conteúdos, transparência nos processos de concessão e evitar os monopólios. Democratizar a comunicação no país é batalha fundamental de todos os lutadores e lutadoras do povo e se insere na disputa pelas reformas estruturais em nossa sociedade. Em torno das lutas fortaleceremos a construção de um Projeto Popular para a Bahia e o Brasil.