PSDB é campeão nacional de barrados pela Lei da Ficha Limpa

 
 
Em dezembro, postei aqui Mais um acusador no banco dos réus, em que falo das peripécias do senador Álvaro Dias (PSDB) (já notou que ele anda meio sumido?), que no momento acumula oito processos movidos contra ele. Foram e continuam sendo muitos, dos quais os mais famosos, recentemente, são os casos do ex-governador de Brasília, Roberto Arruda (DEM) e Demóstenes Torres (DEM).
 
Engana-se, porém, quem pensa que são alguns poucos. Como você já viu nas imagens acima, o PSDB, o partido que todos os dias clama por honradez e dignidade na política no Jornal Nacional, o partido que mais acusa no Brasil, é o grande campeão brasileiro de barrados na Justiça. Observem que são dados oficiais, retirados dos Tribunais Regionais Eleitorais, Procuradorias Regionais Eleitorais e Tribunal Superior Eleitoral.
 
Surge mais um acusador envolvido em processo. A reportagem é da Folha de São Paulo, no sábado, 09/03/2013.
 
Senador tucano é processado por dar calote

Aguirre Talento (de Belém)

 
O líder da oposição no Senado, Mário Couto (PSDB-PA), está sendo processado na Justiça do Pará por ter passado três cheques sem fundo para adquirir uma lancha usada, no valor de R$ 80 mil.
 
Segundo o vendedor –um médico de Belém que diz ter comprado a embarcação em junho de 2011 no Rio–, a transação foi acertada com o senador no fim do mesmo ano.
 
Ambos gostam de pescar e se conheceram em Salinópolis (PA) por meio de amigos em comum. Segundo Albedy Bastos, vendedor da lancha, em meados de 2011 o senador lhe pediu a embarcação emprestada sob o argumento de que gostaria de comprá-la.
 
Couto continuou a usá-la outras vezes antes de efetuar a transação: "Até que liguei para o caseiro dele e mandei perguntar se ele ia comprar a lancha. Respondeu que sim".
 
Os cheques de Couto foram datados para março, abril e maio de 2012. "Chegou a data e fui checar meu extrato de conta. Nada. O cheque foi devolvido por insuficiência de saldo", declarou Bastos.
 
De acordo com outro processo a que Couto responde na Justiça, a conta do cheque é a mesma na qual ele recebe seu salário de parlamentar.
 
Bastos afirma que tentou contato com o senador e somente conseguiu falar com a esposa dele, que teria lhe garantido que o filho de Couto faria o pagamento em dinheiro do valor do primeiro cheque recusado. "Estou esperando até hoje", disse Bastos. Os outros dois cheques também estavam sem fundos.
 
A ação pedindo a cobrança dos R$ 80 mil foi ajuizada em julho de 2012. Segundo a tramitação processual, a Justiça não localizou Couto.
 
Além desse caso, Couto é réu em duas ações na Justiça do Pará sob a acusação de envolvimento em supostos esquemas de desvios de recursos quando presidia a Assembleia Legislativa do Estado (2003-2007). O senador diz que não sabia dos problemas. Na década de 1980, como já revelou a Folha, Couto atuava no jogo do bicho.
 
PS. 1. Foi o senador Mário Couto, líder do PSDB, que protocolou no Senado projeto de lei para instituir o dia 12 de novembro como o Dia do Mensalão, com o objetivo de criar “um marco contra a corrupção no Brasil”. Típico do PSDB.
 
PS. 2. Jamais espere ver notícias como essa na grande (?) mídia. 

O novo herói da elite brasileira

O ministro e a liturgia do cargo 

Por Sergio Nogueira Lopes – do Rio de Janeiro

O ministro Joaquim Barbosa se ofendeu com uma pergunta que o repórter ainda iria lhe fazer

Os poderes fundamentais para a integridade dos pilares desta nação desmancham-se nas águas de março, solapados por este festival de desvarios promovido exatamente por aqueles cidadãos investidos no poder público para guardar em segurança os valores pétreos que deveriam reger a vida de todos nós. Uma conjunção de fatores políticos, própria de um tempo em que a mediocridade assoma o debate acerca dos pontos elementares para a sobrevivência da sociedade, converte-se em pano de fundo para arbítrios e intolerância. Aqueles que ocupam postos de extrema visibilidade na República precisam guardar o recato que convém à carga, imensa, de responsabilidades que o acompanham desde quando o sol se levanta, até raiar outra vez, dia após dia. Não há margem para deslizes. Não há espaço para problemas pessoais, dores nas costas, nos pés, na cabeça. Apenas na consciência, se esta estiver em dia com seus afazeres. Há apenas o sentido republicano de sacrifício por seu país, pois este foi o acordo, explicito no termo de posse. Qualquer tentativa de se alterar tais pressupostos será um atentado contra cada um dos brasileiros.

No Brasil, porém, ocorrem fatos próprios apenas de uma sociedade jovem ainda, afoita e estabanada, capaz de se deixar levar por encantos débeis como o discurso impresso nas páginas dos diários comprometidos com seus donos e os patrões destes, em escritórios na Wall Street. Assim, a mídia irresponsável, aliada aos interesses inconfessáveis das elites brancas e podres de rica, viu uma oportunidade para ganhar terreno na eleição de um presidente negro para a Corte Suprema, disposto a romper paradigmas à força, ainda que para tanto precisasse usar o “Domínio do fato” e todas as demais polêmicas que o envolvem. E sem qualquer medida, de forma intempestiva e maniqueísta, estabeleceu-se o rigor da Lei aos réus de um processo rumoroso sobre corrupção, imposto por um juiz contundente com terceiros, mas leniente com seu ego disforme de tão inflado após capas das revistas e tantas primeiras páginas expostas ao clima, nas bancas de jornal. Na internet, longe das impressoras carregadas nas tintas, outra versão sobre o novo “Torquemada”, como o classificou o professor Emiliano José, emérito  doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia, passa a ganhar corpo, consistência, na silhueta de um ser instável, irritadiço, mau humorado e ríspido.

Não demorou muito para que a vestal de outrora, símbolo do preto no branco, da rigidez de caráter e moral conservadora, aparecesse em todos os tons de cinza que permeiam os desvios da alma humana. Como ocorre, quase sempre, o desvelo com o conceito de sensatez e amabilidade no trato com o público, aquele que lhe paga o régio salário, esvai-se na pergunta pertinente do repórter de um daqueles veículos que tanto o incensaram. O rapaz ia questioná-lo sobre a gastança e o estilo de vida perdulário dos tribunais de Justiça, inclusive no Supremo Tribunal Federal, dado a recepções e jantares e coisas e tais em que se consomem champanhas e acepipes na mesma razão com que a fome rasga os ventres dos nordestinos, dos favelados, dos desvalidos que lotam as prisões abarrotadas. A pergunta, na realidade, sequer chegou a ser concluída, quando o representante da imprensa domesticada surpreende-se com a explosão vulcânica do entrevistado que o manda, sem meias-palavras, “chafurdar no lixo” onde, provavelmente, encontrou dúzias de Veuve Clicquot e potes de Beluga, lotados do que o sambista e boa gente Zeca Pagodinho nunca viu, nem comeu, apenas ouviu falar.

Os meios de comunicação que criaram a imagem daquele que lhes serviu para impor a maior derrota midiática de que se tem registro na História brasileira a uma agremiação política, pasmos, ficaram reticentes em divulgar o ocaso do mito, reduzido ao humano raivoso que, para completar a grosseria, classifica o jornalista em serviço de “palhaço”, por tentar levar ao público um pouco dos bastidores de um dos poderes do tripé da democracia. Esta, ora claudica diante da atitude irascível de quem deveria apascentar. “Depois de endeusá-lo, fica difícil criticá-lo”, pontua o mestre baiano, diante de um pífio editorial publicado no jornal que emprega o repórter destratado. O editorialista, bem recompensado, resume a inominável agressão a um de seus funcionários como mero fato “lamentável”, ainda que reconheça “o temperamento muitas vezes descontrolado” do ministro.

Fica-se claro, agora, para todos os brasileiros – até aqueles mais dóceis e submissos aos ditames do poder central – que, se uma simples reportagem é capaz de tirar do sério o presidente da mais alta Corte de Justiça do país, cabe até a uma criança perguntar, devido a este espírito iracundo, se não seria o caso de se perpassar uma a uma das sentenças desta lavra e aferir até que ponto seriam válidas, à luz do Direito, diante do contraditório ameaçado por tal estado de exasperação.

Lembre-se, ministro, que perguntar não ofende.

Sergio Nogueira Lopes é sociólogo, jornalista e escritor, autor de Opinião Giratória, entre outros livros. 

A mulher brasileira

O Natal é uma festa maravilhosa. Um dos poucos momentos em que se “vê” um clima diferente, pessoas em elevado estado de espírito confraternizando-se como não se percebe em nenhum outro dia do ano.
 
Para mim, por motivos diferentes, alguns são inesquecíveis. Veio-me à mente um em que, ainda garoto em minha querida Juazeiro (BA), saí com meu pai no final da tarde para ir buscar o presente de minha mãe: uma enceradeira elétrica.
 
Feliz da vida, caminhava por uma estreita rua que nos conduzia da rua Antônio Pedro, na qual morávamos, para a rua da Apolo, a rua principal de Juazeiro e onde a vida acontecia. Doces lembranças em que à noite a vida passeava pela Rua da Apolo
 
A minha felicidade encontrava explicação na antecipação da felicidade que minha mãe sentiria ao receber de presente de Natal uma enceradeira elétrica. Minha mãe foi a mais perfeita dona de casa que conheci. Nada igual.
 
Os tempos mudam. Enceradeiras não constituem mais o motivo de felicidade das mulheres numa noite de Natal.
 
“Atrás de um grande homem, sempre há uma grande mulher”. Até pouco tempo, o máximo que o homem se permitiu.
 
Como aceitar que este era o seu papel. A mulher não queria ficar atrás. Não podia ficar. Os homens sempre contaram com as mulheres, para o que desse e viesse. Foi, sem chorar (não pode), que os homens sempre tiveram onde chorar; no colo da mulher. Era necessário que também pudessem contar com eles nos seus anseios, nas suas lutas. Alguns homens entenderam. Sem que soubessem, era a porção melhor deles se manifestando; a porção mulher, como canta Gilberto Gil na sua antológica Super Homem (veja o vídeo abaixo). 
 
Submissas (Chico já cantava, “mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas”), ciumentas, doces, companheiras, guerreiras. Mulheres. Mulheres guerreiras. Que definição poderia ser melhor para a mulher brasileira do que esta; guerreira?
 
Quantas esqueceram das suas próprias vidas em nome dos filhos e dos próprios maridos? Quantas se anularam em nome desse projeto? Quantas saíram das suas cidades, nas diversas regiões desse país continente, e enfrentaram tempos e situações absolutamente desconhecidos e, por isso, assustadores, pelos filhos e maridos? Quantas deixaram para trás a sua adolescência e foram enfrentar as injustiças nas suas formas mais cruéis e por isso foram simplesmente acusadas pelos tribunais dos homens? A mulher guerreira ganhava outros nomes. Quantas tiveram filhos chamados Stuart Angel, para nunca mais vê-los?
 
Mãe,
Você me pergunta se eu acredito em Deus e eu te pergunto, que Deus? Tem sido minha missão te mostrar Deus dentro do homem, pois, somente no homem ele pode existir.
Não há homem pobre ou insignificante que pareça ser, que não tenha uma missão. Todo homem por si só influencia a natureza do futuro. Através de nossas vidas nós criamos ações que resultam na multiplicação de reações.
Esse poder, que todos nós possuímos, esse poder de mudar o curso da história, é o poder de Deus. Confrontado com essa responsabilidade divina eu me curvo diante do Deus dentro de mim.
Stuart Edgar Angel Jones
 
Roubo algumas palavras de Stuart Angel: Confrontado com esse ser, eu me curvo diante da mulher brasileira.

PSDB é vergonhosamente desmascarado no Congresso

Cesta básica: Tucanos plagiam petistas e querem ser “pais” da desoneração
 
Na noite da última sexta-feira (8), durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, a Presidenta Dilma Rousseff anunciou a retirada de impostos federais que incidem sobre todos os produtos da Cesta Básica Nacional. Isso significa que o governo vai zerar a incidência de PIS/Pasep-Cofins e de IPI de 16 itens: carnes (bovina, suína, aves e peixes), arroz, feijão, ovo, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes, o que terá impacto positivo no orçamento da população mais pobre.
 
Logo depois do anúncio, pipocaram denúncias do PSDB de que o projeto seria de autoria tucana e teria sido usurpado pelo governo federal, já que o partido apresentou a proposta em forma de emenda, vetada pela presidenta, em abril do ano passado. O discurso foi repetido à exaustão e divulgado em diversos veículos de imprensa.
 
No entanto, a proposta é de autoria de parlamentares petistas. Os deputados Paulo Teixeira (PT/SP), Jilmar Tatto PT/SP, Amaury Teixeira PT/BA, Assis Carvalho PT/PI, Claudio Puty PT/PA, José Guimarães PT/CE, Pedro Eugênio PT/PE, Pepe Vargas PT/RS e Ricardo Berzoini PT/SP apresentaram o Projeto de Lei 3154/2012 em fevereiro do ano passado. A proposta dispõe sobre a redução das tributações incidentes sobre os produtos alimentares que compõem a Cesta Básica Nacional e altera a Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004.
 
Em pronunciamento feito no ano passado, o deputado Bruno Araújo (PSDB/PE) admite que a emenda à MP 563 – que tratava de vários programas do governo e incentivos a diversos setores da economia – é um “plágio do bem” do projeto petista. De fato, o texto apresentado é a cópia ipsis litteris do conteúdo do Projeto de Lei dos deputados do PT.
 
Assessoria de Imprensa do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP).
 
Vejam abaixo o que o PSDB publicou no seu site e depois vejam o vídeo com as declarações do próprio Bruno Araújo (PSDB-PE), líder do partido na Câmara, dizendo que a emenda do PSDB era um “plágio do bem”. Afirma que a proposta é do PT e cita os deputados que a fizeram. 
 
 
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As empregadas domésticas e o maldito Lula

 
Há uma passagem na Bíblia em que São Tomé duvida da ressurreição de Cristo, razão pela qual ficou conhecido como um incrédulo. Daí vem uma expressão muito conhecida; sou que nem São Tomé, só acredito vendo. 
 
Entretanto, tem horas em que nem vendo você acredita. Não são tão poucas, embora possa não parecer, as situações desse tipo, aquelas que de tão absurdas, você não acredita que seja possível.
 
As irresponsabilidades cometidas nesses últimos anos pelo consórcio oposição/mídia não podem ser esquecidas. No episódio da febre amarela a imprensa fez horrores e ficou conhecido um artigo absolutamente irresponsável de Eliane Cantanhêde, da Folha de S. Paulo, sugerindo vacinação em massa. Graças a isso, houve pelo menos um caso de morte que poderia ter sido evitada. Acrescente-se aí o episódio da gripe suína.
 
Quantos acidentes de avião tinham ocorrido pelo mundo afora antes daquele fatídico acidente com o avião da TAM? Em quantos as falhas humanas, falhas da própria aeronave, problemas de infraestrutura, intempéries da natureza, foram isolada ou conjuntamente apontadas como causas do acidente? Quanto tempo duraram as investigações em cada um desses acidentes para se detectarem as causas? 
 
O Brasil, talvez pelo seu reconhecido vanguardismo mundial, demonstrava toda a sua competência técnica ao mostrar ao mundo que, no mesmo dia do acidente, já tinha descoberto quem era o culpado: o presidente da república.
 
Lula foi acusado por toda a imprensa e pelos partidos de oposição (à frente o PSDB/DEM), inclusive na primeira página da Folha de São Paulo, pelo homicídio de 200 passageiros. Um psicanalista conhecido na elite paulista, Francisco Daudt, um irresponsável, escreveu:
 
"Gostaria imensamente de ter minha dor amenizada por uma manchete que estampasse, em letras garrafais, “GOVERNO ASSASSINA MAIS DE 200 PESSOAS”. O assassino não é só aquele que enfia a faca, mas o que, sabendo que o crime vai ocorrer, nada faz para impedi-lo. O que ocorreu não pode ser chamado de acidente, vamos dar o nome certo: crime".
 
Comprovou-se depois que o acidente foi uma fatalidade causada por erro humano,
 
As razões para esse comportamento animalesco de determinado setor da sociedade brasileira, conhecido como um por cento, são claras e não perderemos tempo em discuti-la. 
 
Domenico De Masi é um sociólogo italiano respeitado no mundo todo, inclusive no Brasil, autor de livros, entre os quais um muito interessante, cujo título é O Ócio Criativo (recomendo ler). Em recente entrevista à revista Valor, veja o que disse De Masi:
 
Valor: Como resolver tantos paradoxos (do capitalismo), então?
De Masi: É necessário rever totalmente o modelo da nossa sociedade, com a redistribuição de algumas coisas. É necessário a redistribuição da riqueza, pois ela está em poucas mãos; do trabalho, pois há desempregados demais; do poder, pois poucas pessoas mandam em muitos lugares; do saber, pois há pessoas com duas, três faculdades, e outras analfabetas; das oportunidades, pois alguns têm oportunidades demais e outros, de menos. Não se trata de fazer muitas pequenas reformas, mas, sim, de inventar um modelo completamente novo para a sociedade.
 
Qual o país do mundo que vem realizando isso de que fala De Masi? Quem é capaz de adivinhar? Por isso que agora não se encontram empregadas domésticas como antigamente. Por isso aeroporto agora parece rodoviária… 
 
Voltando de viagem, o jornalista Paulo Henrique Amorim conta que descia do avião e o comandante, já fora da cabine, deu a notícia: “O Chávez morreu. Depois é o Fidel.” Fez uma pausa breve e continuou. “Depois, eu espero, é o Lula.”
 
A elite brasileira realmente é um fenômeno. Ela é capaz de coisas que nenhum ser humano que tenha pelo menos dois neurônios, um pra ir, outro pra voltar, consegue acreditar. Não há limites. 
 
Numa passeata contra Lula em São Paulo, as cerca de vinte e poucas pessoas presentes, como registra a reportagem, portavam cartazes como os que são vistos na imagem acima. Se São Tomé, ao ver Jesus vivo, passou a acreditar e a ser chamado de Tomé, o crente, mesmo vendo a imagem acima não tem quem me faça acreditar que é real. Não tem quem faça. Não tem como. 
 

Não sei por que lembrei de Nietzsche, quando diz: “a inteligência humana tem limite, a estupidez não”. 

Desaba a audiência do Jornal Nacional

Há algum tempo falo da grande (?) mídia brasileira e o nenhum apreço que tenho por ela. Fazem parte desse cartel poderosos grupos de comunicação como a Editora Abril (particularmente a Veja), a Folha e o Estadão, ambos de São Paulo. Sem dúvida, porém, o carro chefe é a Globo, particularmente o Jornal Nacional. Pelo seu poder, a Rede Globo é a grande força desse movimento.

A impressão que se tem é que esses órgãos da imprensa ainda fazem a cabeça das pessoas e uma prova forte disso foi dada pelo Sr. Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. No ano passado, envolvido por uma série de denúncias de corrupção, ele soltou uma frase lapidar: “tô cag… e andando. Enquanto não sair na Globo não tô nem aí”. 
 
Se o seu envolvimento com corrupção estivesse restrito ao Brasil ele poderia tranquilamente continuar “cag… e andando” porque a Globo jamais faria qualquer reportagem sobre isso (apesar de terem sido publicadas várias delas por órgãos como ESPN, Record, Carta Capital, etc); são conhecidas as relações da Globo com a CBF e Ricardo Teixeira. Ocorre que, por ser um envolvimento que ultrapassava as fronteiras brasileiras, querendo ou não a Globo, ele teve que renunciar. É triste, porém, saber que ela ainda faz a cabeça de algumas pessoas de “nível superior”.
 
Entretanto, acabou o tempo em que a sociedade brasileira assistia/lia a notícia dando credibilidade total à informação. Hoje, qualquer pessoa que tenha o mínimo de discernimento não vê mais a notícia como antigamente. Ela vê e simultaneamente o seu inconsciente está formulando a pergunta: a quem interessa essa reportagem? 
 
Esquemas de venda da Editora Abril, que incluem entre outros, livros e revistas para escolas, principalmente para o governo e prefeituras de São Paulo, têm sido denunciados com alguma frequência, mas, lamentavelmente isso não é do conhecimento de muitos. 
 
É possível que muitas pessoas não saibam que as recentes mudanças feitas na programação da Globo encontram explicação na sua contínua perda de audiência. Que ninguém pense, por exemplo, que Fátima Bernardes “ganhou” um programa de televisão por serviços prestados. Não, não foi. Foi mais uma tentativa de barrar a queda de audiência. E aproveito para dizer que não funcionou; a audiência continua caindo (veja aqui os dados mais recentes). 
 
Uma pesquisa recente que demonstra essa queda gerou uma série de textos sobre o tema. Ponho aqui as partes principais do texto publicado no Observatório da Imprensa. Os negritos são do texto original. Somente um é meu e está assinalado.
 
Queda da audiência do ‘JN’ é um alerta para a imprensa
 
Por Carlos Castilho 
 
Nos anos 1970 e 80, o Jornal Nacional da TV Globo se orgulhava de ter uma média de 80% de audiência. Oscilava entre o primeiro e o segundo lugar no ranking de popularidade junto ao público da emissora. Hoje, o JN patina nos 27% de audiência e está no quinto lugar na lista dos programas mais vistos na Globo(1), atrás até mesmo, do pouco expressivo seriado Pé na Cova. [Dados de audiência publicados pelo suplemento “TV Show”, do jornal Diário Catarinense, do grupo RBS, afiliada da Rede Globo, em 24/2/2013.]…
 
A explicação para a perda de audiência do Jornal Nacional está fora da emissora. Está nos quase 150 milhões de brasileiros que todas as noites ligam a TV. Este público perdeu a atração quase mística pelo noticiário na televisão, como acontecia entre os anos 1970 a 90, passando para um posicionamento desconfiado, distante e cético…
 
Há 20 ou 30 anos, as pessoas discutiam os fatos, dados e eventos noticiados na TV e nos jornais. Hoje, o leitor e o telespectador se mostram mais preocupados em identificar quem está por trás da notícia (negrito meu, RS), quem são os beneficiários e os prejudicados. Ao longo dos anos, o público, de maneira geral, começou a perceber que os entrevistados e protagonistas do noticiário estavam mais preocupados com sua imagem pessoal do que com a informação. Que os eventos cobertos estavam ligados a interesses políticos, comerciais ou econômicos…
 
O erro está no papel da imprensa,… A confiabilidade de dados e fatos deixou de estar atrelada a uma checagem jornalística para ficar pendente do status da fonte. Os jornais, revistas e telejornais se preocuparam mais com os formadores de opinião e tomadores de decisões do que com o público, que foi aos poucos perdendo a confiança naquilo que lhe era oferecido como sendo a verdade dos fatos.
 
A imprensa está pagando caro por esse erro estratégico porque a crise no modelo de negócios provocada pelas n
ovas tecnologias de comunicação e informação fez com que ela se tornasse mais dependente do consumidor de notícias, justo no momento em que cresce o ceticismo e desconfiança do público em relação ao noticiário corrente. Ceticismo que assume proporções endêmicas no público jovem, com menos de 35 anos e que em breve estará na liderança dos governos, das organizações sociais e das empresas.
 
A solução para esse problema não está em tecnologias mais sofisticadas, mas na revisão das estratégias editoriais que priorizam os interesses das fontes e das empresas jornalísticas. O jornalismo tem no seu DNA a prestação de serviços ao público, e é aí que ele pode encontrar novas fórmulas de relacionamento com leitores, ouvintes, telespectadores e internautas…
 
Se as atuais empresas jornalísticas ignorarem o público como seu parceiro para continuar a vê-lo apenas como comprador de notícias, elas não sobreviverão e serão substituídas por outras. O preço a ser pago é o desperdício de quantidades imensas de informação acumuladas ao longo dos anos e que podem virar sucata junto com marcas jornalísticas centenárias.

Pobre Fernando Henrique Cardoso 2

 
Já falei que dois sentimentos são fatais a Fernando Henrique Cardoso; vaidade e inveja (veja aqui). Recentemente, o filósofo Leandro Konder Comparato falou algo semelhante ao dizer que a vaidade de FHC supera a sua inteligência.
 
Fernando Henrique Cardoso é daqueles homens que sempre se superam. Quando você não mais espera, ele vem e lhe surpreende. O que fazer?
 
As forças governistas voltaram ao diapasão antigo: comparar os governos petistas com os do PSDB. Chega a ser doentio! Será que não sabem olhar para frente? As conjunturas mudam”.
 
Essa é a mais nova dele em sua coluna no Estadão (sempre há espaço aberto para ele na mídia). Ele passa o tempo todo dizendo que fez isso, fez aquilo e fala em olhar para a frente. Quem é que vive dizendo que tudo de bom que ocorre no governo Lula/Dilma teve início no governo dele?
 
Agora ele vem dizer, pasme, que o Bolsa Família é dele, foi ele quem criou o programa. Isso é que é doentio. Como explicar tanto desatino? Mesmo com a eterna proteção dos deuses da grande (?) mídia, um ex-presidente da república, aos 80 anos, não pode ser tão insano. Ele sabe que mesmo os membros do seu partido, que por sinal evitaram a presença dele e o esconderam em todas as campanhas, principalmente Geraldo Alckmin e José Serra, sabem que isso não tem nenhum fundamento.
 
Só para relembrar, quando Lula lançou o Bolsa Família, o que FHC, toda a oposição e a grande (?) imprensa disseram? “É bolsa esmola, é assistencialismo, não dê o peixe, ensine a pescar (essa foi o máximo)…”. Quem não lembra disso? 
 
O que justifica esse comportamento do ex-Presidente da República do Brasil, Fernando Henrique Cardoso? Vaidade e inveja.
 
Hoje, o mundo todo reconhece que o Bolsa Família é o maior programa social do mundo e alguns países já estão copiando, inclusive os Estados Unidos, que neste momento se depara com graves problemas sociais. Na cabeça de FHC foi ele quem criou tudo. Essa não é a opinião do amigo dele, Bill Clinton (assista ao vídeo abaixo).
 
Um governo fraco, covarde, submisso aos interesses do governo americano. Veja parte de uma reportagem, com o link, para que você confirme a veracidade:
 
O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer passou por uma situação constrangedora, fato que teve amplo impacto negativo, pois tirou os sapatos em um aeroporto americano como exemplo da submissão do governo Fernando Henrique Cardoso aos EUA, fato que ocorreu em 31 de janeiro de 2002. Segundo o IPEA, “Este comportamento reiterado [tirar os sapatos] nos aeroportos de Washington e Nova York durante esta visita oficial, poderia ser considerado uma simples anedota, não fosse Celso Lafer o chanceler brasileiro” (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/06/14/celso-lafer-descalco-em-aeroporto-exemplifica-submissao-de-fhc-aos-eua-diz-estudo-do-ipea.jhtm). 
 
Na opinião do jornalista Maurício Dias, Lula errou ao dizer que “neste país, cada um fala o que quer e responde pelo que fala (…) Acho que FHC deveria, no mínimo, ficar quieto”. Maurício Dias acha que quem está certo é o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, quando respondeu a uma pergunta: “Você tem o direito de ser estúpido”. Dias acha que Fernando Henrique Cardoso também tem esse direito.
Fernando Henrique Cardoso foge de qualquer comparação do seu governo com o de Lula/Dilma como o Diabo foge da cruz, por uma razão bem simples; mais do que qualquer outro, ele sabe que perde feio em qualquer parâmetro de comparação.
 
Veja o vídeo do vexame que ele deu em Florença, na Itália, na presença de Bill Clinton, Tony Blair e outros (ao 1’19’’ do vídeo observe na plateia o diretor de cinema americano Oliver Stone, sem o head phone). 
 
Em seguida, veja o outro vídeo. Acostumado com as entrevistas dos jornalistas brasileiros, que só fazem levantar a bola para ele fazer o gol, sentiu-se acuado na entrevista ao programa da BBC. Além de se enrolar todo e gaguejar, mentiu em vários momentos. Depois de dizer o de sempre, que tudo “começou no meu governo” e mentir sobre as privatizações (todo mundo sabe que ele tentou privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal), veja no minuto 8’08’’ como o entrevistador começa a montar uma armadilha que culmina com a história de Geraldo Brindeiro, o “engavetador geral da república”, outra história bastante conhecida no Brasil, e ele cai direitinho. 

 
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[[youtube?id=cNhs2d_ScW4]]

Todos os Magistrados e Juízes do Brasil repudiam Joaquim Barbosa

 

Do Brasil247

Juízes perdem a paciência com Joaquim Barbosa

Pela primeira vez na história, três associações de magistrados se levantam contra um juiz do Supremo Tribunal Federal; em nota, presidentes da Associação de Magistrados do Brasil, da Anamatra e da Ajufe, que representam 100% da categoria, se dizem perplexos com a forma "preconceituosa", "superficial" e "desrespeitosa" com que Barbosa se dirigiu aos integrantes do Poder Judiciário ao dizer que juízes têm mentalidade "pró-impunidade"; será que Barbosa terá humildade para pedir desculpas?

3 DE MARÇO DE 2013 ÀS 06:22

Do Conjur – A Associação dos Magistrados Brasileiros, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho emitiram neste sábado (2/3) nota pública em que classificam de “preconceituosa, generalista, superficial e, sobretudo, desrespeitosa” a declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, a jornalistas estrangeiros.

Em entrevista coletiva concedida na quinta-feira (28/2) a correspondentes internacionais, Barbosa afirmou que os juízes brasileiros têm mentalidade “mais conservadora, pró status quo, pró impunidade”. Já os integrantes das carreiras do Ministério Público seriam “rebeldes, contra status quo, com pouquíssimas exceções”.

Para as entidades que representam os juízes, as conclusões de Joaquim Barbosa partem de “percepções preconcebidas”. Os juízes consideram “incabível” a comparação das carreiras da magistratura e a do Ministério Público, já que o MP é a parte responsável pela acusação no processo penal enquanto os juízes não têm obrigação nem com a defesa nem com a acusação, mas "a missão constitucional de ser imparcial" e garantir um processo justo.

As entidades afirmam que não têm sido ouvidas pelo presidente do STF e disseram que o "isolacionismo" de Barbosa "parte do pressuposto de ser o único detentor da verdade".

Assinam o documento o presidente da AMB, Nelson Calandra, o da Ajufe, Nino Toldo, e o da Anamatra, Renato Henry Sant’Anna.

Leia o original da nota na íntegra:

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entidades de classe de âmbito nacional da magistratura, a propósito de declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em entrevista a jornalistas estrangeiros, na qual Sua Excelência faz ilações sobre a mentalidade dos magistrados brasileiros, vêm a público manifestar-se nos seguintes termos:

1. Causa perplexidade aos juízes brasileiros a forma preconceituosa, generalista, superficial e, sobretudo, desrespeitosa com que o ministro Joaquim Barbosa enxerga os membros do Poder Judiciário brasileiro.

2. Partindo de percepções preconcebidas, o ministro Joaquim Barbosa chega a conclusões que não se coadunam com a realidade vivida por milhares de magistrados brasileiros, especialmente aqueles que têm competência em matéria penal.

3. A comparação entre as carreiras da magistratura e do Ministério Público, no que toca à “mentalidade”, é absolutamente incabível, considerando-se que o Ministério Público é parte no processo penal, encarregado da acusação, enquanto a magistratura —que não tem compromisso com a acusação nem com a defesa— tem a missão constitucional de ser imparcial, garantindo o processo penal justo.

4. A garantia do processo penal justo, pressuposto da atuação do magistrado na seara penal, é fundamental para a democracia, estando intimamente ligada à independência judicial, que o ministro Joaquim Barbosa, como presidente do STF, deveria defender.

5. Se há impunidade no Brasil, isso decorre de causas mais complexas que a reducionista ideia de um problema de “mentalidade” dos magistrados. As distorções —que precisam ser corrigidas— decorrem, dentre outras coisas, da ausência de estrutura adequada dos órgãos de investigação policial; de uma legislação processual penal desatualizada, que permite inúmeras possibilidades de recursos e impugnações, sem se falar no sistema prisional, que é inadequado para as necessidades do país.

6. As entidades de classe da magistratura, lamentavelmente, não têm sido ouvidas pelo presidente do STF. O seu isolacionismo, a parecer que parte do pressuposto de ser o único detentor da verdade e do conhecimento, denota prescindir do auxílio e da experiência de quem vivencia as angústias e as vicissitudes dos aplicadores do direito no Brasil.

7. A independência funcional da magistratura é corolário do Estado Democrático de Direito, cabendo aos juízes, por imperativo constitucional, motivar suas decisões de acordo com a convicção livremente formada a partir das provas regularmente produzidas. Por isso, não cabe a nenhum órgão administrativo, muito menos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a função de tutelar ou corrigir o pensamento e a convicção dos magistrados brasileiros.

8. A violência simbólica das palavras do ministro Joaquim Barbosa acendem o aviso de alerta contra eventuais tentativas de se diminuírem a liberdade e a independência da magistratura brasileira. A sociedade não pode aceitar isso. Violar a independência da magistratura é violar a democracia.

9. As entidades de classe não compactuam com o desvio de finalidade na condução de
processos judiciais e são favoráveis à punição dos comportamentos ilícitos, quando devidamente provados dentro do devido processo legal, com garantia do contraditório e da ampla defesa. Todavia, não admitem que sejam lançadas dúvidas genéricas sobre a lisura e a integridade dos magistrados brasileiros.

10. A Ajufe, a AMB e a Anamatra esperam do ministro Joaquim Barbosa comportamento compatível com o alto cargo que ocupa, bem como tratamento respeitoso aos magistrados brasileiros, qualquer que seja o grau de jurisdição.

Brasília, 2 de março de 2013.

Nelson Calandra
Presidente da AMB

Nino Oliveira Toldo
Presidente da Ajufe

Renato Henry Sant’Anna
Presidente da Anamatra

Cai ainda mais a audiência da Globo

Principais programas da Globo têm queda de ibope; veja lista

Colunistas – Ricardo Feltrin
 
Aos poucos vão fazendo sentido as profundas mudanças que a Globo fez em vários de seus escalões neste ano.
 
Uma análise de ibope de seus principais produtos fixos (não incluídos os sazonais como "BBB", "F1", futebol etc.) aponta que a emissora vem sofrendo queda sistemática de audiência na maioria de seus produtos. E não adianta usar a desculpa de que "oh, boa parte das pessoas está assistindo à Globo na internet", porque isso não é verdade.
 
Os números de visualizações de atrações na internet ainda são muito pequenos para afetar a conta toda. Nem a TV paga ainda conta. O produto importante ainda é, e continuará a ser por um bom tempo, a TV aberta. Vejamos as quedas nas tabelas abaixo, obtidas com exclusividade pela coluna:
 
DRAMATURGIA DAS 21h
 
Das três novelas no biênio 2011/2012, a única que teve algum ganho foi "Avenida Brasil", com inexpressivo crescimento de 1% no ibope e 5% no share. Mas, certamente, esse ganho já será consumido pela má performance da atual "Salve Jorge".
 
DRAMATURGIA DAS 18H e 19H
 
As novelas das 18h e 19h, por sua vez, tiveram marcantes quedas. Entre 2011 e 2012, a novela das 18h perdeu 12% de ibope e 5% de share (share é a participação do programa no número de TVs ligadas; ou seja, do tanto de TVs ligadas àquela hora, X% estavam assistindo a novela tal…). Já a novela das 19h perdeu 10% de audiência e 5% de share. Cada ponto vale por 60 mil domicílios na Grande SP.
 
AFUNDA! AFUNDA!
 
De longe, o produto fixo que mais ibope perdeu no último biênio foi o veterano "Esporte Espetacular", que caiu 16% no ibope e 10% no share. Esse seria um motivo da reação do público à presença de Tande que, como excelente jogador de vôlei, é um insosso apresentador.
 
OUTRO EM QUEDA
 
Outra atração fixa que chama a atenção por estar tendo má performance é o "Caldeirão do Huck". O programa perdeu entre 2011 e 2012 cerca de 12% de índice de audiência e 6% de share. As mudanças promovidas no "Bom Dia Brasil" também não parecem ter surtido muito efeito: caiu 12% em ibope e 7% em share. Está perdendo fôlego para o "Fala Brasil" da Record, tudo indica.
 
E TEM MAIS
 
Pode esperar a partir de agora cada vez mais sambistas e quadros-reality no matinal da Globo. Não se espantem se "Encontro com Fátima" virar uma espécie de cover do "Esquenta", de Regina Casé.Ninguém parece ter ficado muito surpreso com a transferência do programa de Fátima Bernardes para o núcleo de Boninho. Já era esperada uma guinada ainda maior rumo à popularização do programa –para alguns, com ar elitista demais.

 

A Folha quer o Serra

Por Cadu Amaral: http://caduamaral.blogspot.com.br/2013/02/a-folha-quer-o-serra.html

A Folha de S. Paulo quer o Serra como candidato a presidente em 2014. É visível sua insatisfação com o tucanato ao indicar o mineiro Aécio Neves. O impresso paulista nunca gostou muito do neto do Tancredo. Aliás, a elite paulista, em especial a paulistana, tem a certeza de ser o suprassumo do país. Não admite que o candidato contra o PT seja outro senão um dos seus.

Qualquer menção em tom positivo ao senador mineiro é coisa rara. E como até as amebas sabem, a Folha não tem muito pudor em defender seus interesses.

Apoiou a ditadura militar e censurou um sítio satírico às suas publicações: o “Falha de São Paulo”.

Seu preferido é o José Serra, o privatizador. Segundo o próprio FHC, a ideia de tudo foi dele. Sem falar que Serra faz o jogo que a Folha adora: o sujo.

Quem não se lembra da ficha falsa do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) de Dilma durante a campanha presidencial de 2010, ou a bolinha de papel?

Mas independente de tudo isso Serra é paulista! E a elite paulista não gosta de nada que não seja paulista. Imaginem o ódio ao nordestino que ousou desmoralizá-los. E agora a mineira – gaúcha que segue seus passos.

Para ela e a Folha é como se São Paulo ficasse de fora do campeonato se Aécio for o candidato.

A charge publicada na Folha no dia seguinte ao discurso – longo e vazio – do senador mineiro mostra bem isso. Nela Aécio pergunta a FHC se as palavras povo e gente são do idioma francês.

Agora é Elio Gaspari que detona o mesmo discurso que é o pontapé inicial da campanha tucana para 2014.

Assim fica fácil entender o porquê de se inflar o amontoado de candidatos para 2014. Dividir os votos para ter segundo turno.

Tem o “caiu na rede é peixe” da Marina e tinha o Eduardo Campos do PSB. Tinha por que Roberto Amaral, vice-presidente dos socialistas, já dá sinais de que o partido de Arraes irá apoiar a reeleição de Dilma. O que não impede que o PSB se construa nesse tempo.

Enquanto o vampirão está em sua catacumba, seus agentes da luz do dia tentam destruir o intento mineiro. Serra está muito calado. Isso é sinal de sujeira a caminho.

O Alckmin é que deve estar perdendo o resto dos cabelos. Se Serra não for o candidato à presidência, pode ser que queira ser candidato ao governo de São Paulo.

Não bastasse a briga interna e a falta de agenda, Aécio trouxe para si o FHC. Não seria espanto se estivesse usando o ex-presidente apenas para garantir a legenda em 2014.

Aécio, que silencia a imprensa de Minas Gerais, também falou em defesa da blogueira cubana Yoani Sánchez. Que por sua vez tornou-se parceira do principal “mamãe, eu sou reaça” do Congresso, o deputado Jair Bolsonaro.

Será um sinal de que ele estaria disposto a ir ao obscurantismo e ao que tem de mais conservador no país para ter o apoio da elite paulistana? Se for, será que vai adiantar?

Aécio será sempre o mineiro. E ainda por cima que adora o Rio de Janeiro!