Se a proposta não tiver a repercussão que se poderia esperar, não há problema, outras podem e devem ser tocadas, há tempo de sobra para isso. O mais importante é ter de volta aquele segmento com o qual contam todas as sociedades que desejam e têm avançado na qualidade de vida do seu povo. Se assim for, fica aqui mais do que o meu pedido de desculpas a eles. Fica o meu agradecimento.
Categoria: Falando da Vida
A Privataria Tucana 1
e também ali começava um processo de esvaziamento do livro que poderia destruir o PSDB, como está ocorrendo e vocês verão logo adiante. A única televisão que mostrou os fatos como eram foi a Record.
A Privataria Tucana 2
Não é a primeira vez que um livro aborda o tema das privatizações. Outros já o fizeram e pode ser citado “O Brasil Privatizado”, de Aloysio Biondi que, é lógico, também foi boicotado pela grande (?) imprensa.
a Bahia), onde Serra se hospedava e passou o réveillon de 2010 (página 171). Serra agora se hospeda na casa de sua filha, Verônica, que também comprou uma mansão em Trancoso.
Reportagem da Record News http://www.youtube.com/watch?v=T-eukqC0iOg
Ou no próprio site da Record http://noticias.r7.com/brasil/noticias/livro-revela-esquema-de-propina-nas-privatizacoes-do-governo-fhc-20111213.html
Entrevista de Amaury Ribeiro Jr. (autor do livro) http://www.youtube.com/watch?v=ufUjcYOY_iE
Entrevista à Rede Record http://www.youtube.com/watch?v=V14fyWK9Cnc
Jornalista Bob Fernandes comenta no Jornal da Gazeta o “silêncio ensurdecedor” da mídia sobre o livro http://www.youtube.com/watch?v=LZQleDJLNMo&feature=endscreen&NR=1
Finalmente Ricardo Boechat comenta a privataria tucana http://www.youtube.com/watch?v=xu0nt_sY72k
Questão de justiça
Quando Itamar Franco passou o governo a Fernando Henrique Cardoso em 1994, o Brasil era a 7ª economia do mundo.
De 1995 a 2002, período dos 2 governos de FHC, o Brasil quebrou 3 vezes e 3 vezes recorreu ao FMI, ou seja, pediu dinheiro emprestado ao FMI. Em uma dessas vezes, o FMI se negou a emprestar e foi necessária a intervenção de Bill Clinton presidente dos Estados Unidos. O Brasil estava totalmente desmoralizado. Você não acredita? Então, aproveito para mostrar um vídeo que sei que a maioria absoluta dos brasileiros não conhece. Clique aqui http://www.youtube.com/watch?v=MeAOen8vyiQ
Resultado. Em 2002, quando FHC entregou o país a Lula, o Brasil estava rebaixado para a condição de 13ª economia do mundo. Vamos lembrar que FHC recebeu na 7ª posição e entregou na décima terceira, praticamente o dobro no sentido de queda da nossa economia.
Lula recebeu de FHC um país desacreditado, na condição de 13ª economia, e em 2010 entregou a Dilma na 7ª posição, com uma economia saneada e sólida, ultrapassando de novo México, Espanha, Coreia do Sul, Canadá, Índia e, pela primeira vez na história, ultrapassando a Itália.
Lula não recorreu a Obama (o Clintom atual), pelo contrário, por ele foi chamado de “o cara”. O Brasil, hoje, não é mais devedor, mas sim credor do FMI. Em outras palavras, não pede mais dinheiro ao FMI, empresta (em 01/12/2011, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, veio ao Brasil pedir o apoio do governo para salvar países da Europa).
Agora, o Brasil acabou de ultrapassar o Reino Unido e se tornou a 6ª economia do mundo (os especialistas do mundo todo dizem que em breve será a quarta). Um feito histórico que, estranhamente, não mereceu uma maior cobertura por parte da nossa grande (?) e velha imprensa.
Se você pensa que o mérito de o Brasil ser hoje a 6ª economia do mundo, caminhando para ser a quarta, é de Lula e Dilma, está redondamente enganado. O mérito é de Fernando Henrique Cardoso que, ao deixar o Brasil com a economia forte (tendo quebrado o país 3 vezes) e o terreno preparado, permitiu aos dois colher os frutos. Pelo menos é o que ensinam a imprensa brasileira e algumas das pessoas que conheço. Como diria Milton Leite, locutor de futebol do SporTV, que beleza!!!
Temos que tirar proveito desses ensinamentos e dar os méritos a quem merece também no futebol brasileiro. Em 1990, o técnico da Seleção Brasileira de futebol era Lazaroni e com ele perdemos a Copa (fomos eliminados já na segunda fase da competição), em um dos momentos mais vergonhosos da seleção canarinho. Se existisse FMI no futebol, teríamos sido salvos.
A seleção voltou a convencer, a brilhar, na Copa do Mundo de 2002, com Felipão como treinador. Mas, por uma questão de justiça, devemos reconhecer que o mérito do título de campeão da Copa do Mundo de 2002 é de Lazaroni.
O escândalo do século
Por Luciano Martins Costa
O livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr, intitulado A privataria tucana, publicado pela Geração Editorial na coleção “História Agora”, está produzindo um estranho fenômeno na imprensa brasileira: provoca um dos mais intensos debates nas redes sociais, mobilizando um número espantoso de jornalistas, e não parece sensibilizar a chamada grande imprensa.
O autor promete, na capa, entregar os documentos sobre o que chama de “o maior assalto ao patrimônio público brasileiro”. Anuncia ainda relatar “a fantástica viagem das fortunas tucanas até o paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas”. E promete revelar a história “de como o PT sabotou o PT na campanha de Dilma Rousseff”.
Ex-repórter do Globo, originalmente dedicado ao tema dos direitos humanos, Ribeiro Jr. ganhou notoriedade no ano passado ao ser acusado de violar o sigilo da comunicação de personagens da política ao investigar as fonte de um suposto esquema de espionagem que teria como alvo o então governador mineiro Aécio Neves. Trabalhava, então, no jornal Estado de Minas, que apoiava claramente as pretensões de Neves de vir a disputar a candidatura do PSDB à Presidência da República em 2010.
Os bastidores dessa história apontam para o ex-governador paulista José Serra como suposto mandante da espionagem contra Aécio Neves, seu adversário até o último momento na disputa interna para decidir quem enfrentaria Dilma Rousseff nas urnas.
“Outro ninho”
Informações que transitaram pelas redes sociais no domingo (11/12) dão conta de que Serra tentou comprar todo o estoque de A privataria tucana colocado à venda na Livraria Cultura, em São Paulo, e que teria disparado telefonemas para as redações das principais empresas de comunicação do país.
Intervindo em um grupo de conversações formado basicamente por jornalistas, o editor Luiz Fernando Emediato, sócio da Geração Editorial, afirmou que foram vendidos 15 mil exemplares em apenas um dia, no lançamento ocorrido na sexta-feira (9). Outros 15 mil exemplares estavam a caminho, impressos em plantão especial para serem entregues às livrarias na segunda, dia 12, juntamente com o lançamento da versão digital.
Aos seus amigos do PSDB, Emediato recomendou cautela e a leitura cuidadosa da obra, afirmando que o trabalho de Amaury Ribeiro Jr. não é “dossiê de aloprado, não é vingança, não é denúncia vazia, não é sensacionalismo. É jornalismo”.
O editor indicou ainda aos leitores que procurassem informações no blog do deputado Brizola Neto (PDT-RJ), no qual, segundo ele, estariam as pistas de “outro ninho offshore na rua Bernardino de Campos, no bairro do Paraíso, em São Paulo. A investigação agora chega na família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Vamos ver onde isso vai parar”, concluiu.
O Titanic da política
A julgar pelo volume e a densidade das denúncias, pode-se afirmar que, sendo verdadeira a história contada por Amaury Ribeiro Jr, trata-se do mais espetacular trabalho de investigação jornalística produzido no Brasil nas últimas décadas. Foram doze anos de apuração e depurações. A se confirmar a autenticidade dos documentos apresentados, pode-se apostar nessa como a obra de uma vida. A hipótese de completa insanidade do autor e do editor seria a única possibilidade de se tratar de uma falsificação.
Confirmado seu conteúdo, o livro representa o epitáfio na carreira política do ex-governador José Serra e um desafio para o futuro de seus aliados até agora incondicionais na chamada grande imprensa.
O editor garante que são 334 páginas de teor explosivo, escancarando o que teria sido a articulação de uma quadrilha altamente especializada em torno do processo das privatizações levadas a efeito durante os dois governos de Fernando Henrique Cardoso. Os documentos envolvem o banqueiro Daniel Dantas, a família de José Serra e alguns personagens de sua confiança.
Não apenas pelo que contém, mas também pelos movimentos iniciais que lhe deram origem, o livro representa uma fratura sem remédio na cúpula do PSDB e deve causar mudanças profundas no jogo político-partidário.
“Privataria”, a expressão tomada emprestada do termo que o colunista Elio Gaspari costuma aplicar para os chamados malfeitos nas operações de venda do patrimônio público, ganha agora um sentido muito mais claro – e chocante.
Os sites dos principais jornais do país praticamente ignoraram o assunto. Mas portais importantes como o Terra Magazine entrevistaram o autor. O tema é capa da revista Carta Capital, e não há como os jornais considerados de circulação nacional deixarem a história na gaveta. Mesmo que seus editores demonstrem eventuais falhas na apuração de Amaury Ribeiro Jr., o fenômeno da mobilização nas redes sociais exige um posicionamento das principais redações.
Se a carreira de Serra parece ter se chocado contra o iceberg do jornalismo investigativo, a imprensa precisa correr imediatamente para um bote salva-vidas. Ou vai afundar junto com ele.
Extraído do Observatório da imprensa:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_escandalo_do_seculo
O Globo torce e distorce…até no futebol
Por Eliakim Araújo
O tempo passa, o tempo voa e as organizações Globo não perdem o vício da parcialidade em seu noticiário, agravado pela informação deturpada. Até nas páginas esportivas encontramos tal deformação.
Quer ver um exemplo? Na última quinta-feira, um dia depois dos jogos das equipes cariocas na Copa Sul-Americana, que eliminou da competição Flamengo e Botafogo, e classificou o Vasco, mandava o jornalismo honesto e imparcial que se desse o devido destaque à vitória do Vasco, único vencedor e o último time do Rio na competição, sobretudo porque reverteu um placar negativo de 3 a 1, quando enfrentou o Aurora, na Bolivia, no primeiro jogo, para uma vitória por 8 a 3, no jogo de volta, em São Januário.
Só o fato de uma vitória por placar dessa magnitude já mereceria o devido registro, mas o Globo Online ignorou solenemente e optou por destacar em manchete que a Copa Sul-Americana não desperta interesse, e o subtítulo em letras pequeninas: “Vasco é o único brasileiro ainda na competição”.
Quando você clica para ler a matéria, a nova manchete é ainda mais perversa: “Eliminação de Fla e Botafogo com reservas em campo mostra que Sul-Americana ainda não pegou no Brasil”.
Perceberam a má-fé? Bastou o Flamengo, time sabidamente do coração do fundador do jornal, Roberto Marinho, e dos herdeiros do império, para que a competição fosse relegada ao lixo, algo de somenos importância.
Além de maldosa, a manchete induz o leitor a acreditar que o Flamengo foi eliminado porque escalou uma equipe reserva, o que é no mínimo uma meia verdade. Qualquer torcedor que acompanha o noticiário esportivo sabe que o Flamengo tomou uma lavada de quatro a zero, do Universidad do Chile, jogando em casa, com seu principal jogador em campo, Ronaldinho, o famoso R10 das baladas cariocas.
Ora, tendo levado uma surra em casa do Universidad do Chile, o time nem em sonhos teria como reverter esse placar lá em Santiago. Daí a opção pela escalação de jogadores reservas. Estratégia, aliás, utilizada por todas as equipes, inclusive o vitorioso Vasco, fato que passou despercebido pelos autores da matéria.
A matéria tenta desavergonhadamente justificar a eliminação do Flamengo com argumentos e informações deturpadas. Além disso, usa a tática traiçoeira de desqualificar a competição, como na história da raposa e as uvas. E já determinou que ela não interessa aos clubes brasileiros, como se vê pelo tom afirmativo da pergunta que submete à opinião dos leitores: “por que a Copa Sul-Americana ainda não pegou entre os clubes brasileiros?”.
Não pegou porque o Flamengo foi eliminado, responderam centenas de leitores nos comentários sobre a matéria, que não estão mais disponíveis na página online do jornal. Claro, o torcedor não é trouxa e odeia esse partidarismo clubístico do jornal dos Marinho.
Está certo que se queira criticar o calendário da Copa Sul-Americana, cujos jogos coincidem com a reta final do Brasileirão, mas tentar justificar a eliminação do “time da casa” e desmerecer a vitória de outro desqualificando a competição não é um jornalismo ético… nem honesto.
E aí a gente fica sempre com aquela dúvida: se no noticiário esportivo, o Globo torce e distorce informações, de acordo com seu interesse, o que será que ocorre no noticiário político e econômico? Respostas para a seção de cartas do jornal.
PS. Não encontrei ilustração ligando o Globo ao Flamengo, só a com o logotipo da TV Globo. Mas acho que o leitor entenderá que não faz diferença.
PS2. Nesta segunda-feira, o Globo voltou a mostrar seu partidarismo clubístico. Na manchete sobre o Vasco: "Empate com sabor de derrota". Sobre o Flamengo que tomou um baile em Porto Alegre, depois de estar vencendo por 2 a zero: "Flamengo mais longe do título".
É ou não é uma vergonha?
A pancadaria do Bahia
Passei alguns anos “afastado” do futebol. Para se ter uma idéia, fiz isso quando o Bahia foi campeão brasileiro de 1988, título ganho no começo de 1989. Isso significa que quando saí do futebol o Bahia estava no auge, portanto, não foi porque o meu time estava mau, muito pelo contrário.
Foram várias as razões para esse afastamento, mas todas desaguavam em um aspecto: o desencantamento com as coisas do futebol. Nesse desencantamento, coisas menores e coisas maiores, algumas muito sérias.
Comecei a ensaiar a minha volta nesses últimos 2 a 3 anos e algo como um fechamento desse processo se deu no ano passado, na volta do Bahia à primeira divisão. Voltei com o Bahia.
Volto, portanto, cerca de 20 anos depois. Precisava fazer isso. O futebol não podia deixar de fazer parte da minha vida, como sempre fez. E aí vejo que, natural da vida, em vinte anos muitas coisas mudam, mas parece que outras não.
Ainda garoto, até por influência dos adultos, criei determinados hábitos. Um deles, provavelmente por ser de uma cidade do interior da Bahia (Juazeiro), que aqui representa as cidades do interior do Brasil, o de admirar os homens do rádio (não tínhamos televisão, o que só vim a conhecer quando aos 11 anos vim morar em Salvador). Quando se fala em homens do rádio, entenda-se do Rio de Janeiro, já que àquela época São Paulo não existia para aquele menino do interior.
A minha infância, sempre gostosa de rememorar, vem à tona para me incomodar (clique aqui para ler http://www.endodontiaclinica.odo.br/pages//posts/o-menino-de-juazeiro303.php). A minha inocência se foi.
A cada jogo de futebol vemos “Galvão, filma nós”, “mãe, tô na Globo” e outras preciosidades do gênero. Essas carências são conhecidas. Qualquer sociólogo de beira de rua explica isso. São esses mesmos torcedores que se reportam aos programas para dizer um monte de coisa, inclusive para se queixarem de que não falam dos seus times, só falam desse time, só falam daquele time, e por aí vai.
Não conhecia o ESPN, portanto conhecia muito pouco os seus profissionais. Numa tentativa de sair do futebol da Globo, por conhece-lo relativamennte bem, vi alguns programas do ESPN. Apesar de ver algumas coisas interessantes, não me animei.
Flamengo 1X3 Bahia. Antevendo o que iria acontecer, assisti ao Linha de Passe. O Flamengo foi um desastre, o Flamengo não jogou nada, aquela história do “pum” foi ridícula, o Flamengo sem Ronaldinho (malabarista de sinaleira) não joga nada… Somente aí percebi como foi o jogo: Flamengo 1X3. Não, você não está lendo errado, nem houve erro de digitação. O Flamengo perdeu para o abstrato. Ele entrou em campo, não jogou bem e as bolas foram entrando no seu gol, um fenômeno que carece de explicação.
Deixei de ver o ESPN também. Esqueça a explicação, porque tentar fazer isso seria desconsiderar a inteligência das pessoas, inteligência essa que muitas vezes falta aos nossos sábios homens, outrora do rádio, agora também da televisão. Acho que por coisas como essa é que Nietzsche diz que “a inteligência do homem tem limites, a estupidez não”.
Vamos tocar a vida!
Fluminense 0X3 Bahia. Vou voltar lá. Fernando (Calazans), papai Joel interrompeu a subida do Fluminense… Não, o Fluminense não tem um grande time… vai ficar ali no meio da tabela, não quer dizer nada, mas uma coisa me chamou a atenção!!! Suspense. O pobre torcedor do Bahia imaginou; vai dizer que o Bahia jogou mais ou menos… a pancadaria do Bahia. Como o Bahia bateu nesse jogo. O Fred tomou uma pancada, ficou com a perna ferida, foi mostrar ao juiz, tomou cartão amarelo, um absurdo (devidamente endossado por outros membros da mesa).
Fez o gesto para mostrar o jogador que levanta demais a perna para tirar a bola e deixa ela lá para mostrar o cartão de visitas. Na volta do cartão de visitas, é comum que a perna do atacante fique arranhada, um lance que nunca, vou repetir, nunca provocou uma contusão em nenhum jogador. Um lance espalhafatoso, mas que não tira ninguém do jogo. Deve ser punido? Sim, pela intenção e grosseria do lance em si, não pela contundência.
O jogador Titi, do Bahia, não sabe, mas inventou uma jogada que existe desde quando eu ouvia no rádio na minha Juazeiro os jogos do Fluminense do Rio (àquela época, time do meu pai, meu e do meu irmão).
Recordo, por exemplo, que Abel, atual técnico do Fluminense, nunca fez jogadas desse tipo. Sempre foi um zagueiro que se caracterizou pela delicadeza com que jogava. Defendendo esse tipo de lance? Jamais. Só estou tentando mostrar que o zagueiro do Bahia não é o descobridor da pólvora. Ah, ia esquecendo. Fui ver a estatística do jogo: o Bahia cometeu 21 faltas, o Fluminense 18.
Mas o senhor Fernando Calazans esqueceu de comentar, talvez por não ter passado na sua televisão, que, segundo o globoesporte.com, “a partida teve muitos lances ríspidos, como uma entrada de Edinho em Lulinha que deixou marcas na perna do meia”. Devo esclarecer que Edinho é jogador do Fluminense e Lulinha meia do Bahia.
Na verdade, não foi na volta do cartão de visitas, que, quando muito, arranha a perna do jogador, como aconteceu com Fred (volto a dizer, atitude condenável). Edinho, jogador do Fluminense, quase quebra a perna de Lulinha, jogador do Bahia. Abriu a perna dele do joelho à metade da canela.
Será que alguém aí está pensando que me irritei, fiquei nervoso com o comentário? Não, fiquei não. E é isso que me preocupa. Estou com medo de me desencantar com o futebol outra vez. O Bahia não entra em campo e quando entra está batendo demais.
Não se preocupem, ainda verei alguns programas esportivos, ainda que em alguns desses momentos tenha que lembrar de Nietzsche.
O menino de Juazeiro
Seis anos de idade. Choro compulsivo, intenso. Nessa idade, só algo justifica sentimento tão forte em uma criança; a perda de um brinquedo.
Era uma perda, mas não de um brinquedo. Era a perda de um título. O Fluminense do Rio de Janeiro acabara de perder o título de campeão carioca para o Botafogo. Como era possível a perda de um título de campeão de um time do Rio de Janeiro provocar tamanha tristeza em uma criança no norte da Bahia?
Aquele menino não era de Juazeiro, pequena cidade do interior da Bahia. Aquele menino era os meninos do interior do Brasil. Ele não conhecia o futebol do interior do Brasil. Ele conhecia o futebol que lhe chegava pelo rádio, o futebol do Rio de Janeiro, o maior do Brasil, o maior do mundo.
Em Juazeiro, ele se acostumara a ver “Seu Né” do Vasco, tio dele, conhecido e fanático torcedor do Vasco da Gama, literalmente ao pé do rádio, “vendo” o jogo pelas palavras dos narradores e comentaristas da bela, maravilhosa e inatingível cidade do Rio de Janeiro. O rádio de “Seu Né” do Vasco era viciado. Só ouvia a Rádio Tupi e a Rádio Globo. Aquilo sim era coisa de se ver. Aquilo sim era futebol. Aqueles sim entendiam de futebol. Aqueles homens eram a verdade.
Corte. Para qualquer momento do futebol brasileiro. Vamos escolher o período que antecedeu a Copa do Mundo de 2002.
Luiz Felipe Scolari, o Felipão, era o técnico. Cometia a insanidade de não levar jogador de nenhum time do Rio para a Copa. Pressão insuportável da imprensa carioca, particularmente da Rede Globo (lá vem ela de novo), principalmente através de um dos seus maiores animadores de auditório: Galvão Bueno. Não levar Romário (já com cerca de 120 anos de idade) era inadmissível.
Reta final, em uma coletiva, Felipão dispara: “Não fui eu quem matou o futebol carioca”. Interna o homem, ele está louco, não pode ser certo um homem desse. Felipão volta penta campeão do mundo.
Momento atual. Santos X Flamengo, 27/07/2011. Em 25 minutos de jogo no primeiro tempo Neymar humilhou o Flamengo: 3X0. Numa falha do goleiro do Santos (interessante, ninguém comentou), deixando a bola nos pés de Ronaldinho Gaúcho, o Flamengo fez o primeiro gol. O Santos, jogando mal, Ganso sem ser Ganso (já há algum tempo), meio de campo completamente desarrumado e aberto, o Flamengo empatou.
Começo do segundo tempo, Neymar faz outro gol. Em atitude inconsequente, típica do atual Santos, inclusive por parte de Neymar e Ganso, Elano perde pênalti de forma ridícula. O Flamengo, todo o time, atuando de forma valente, quase que irretocável, ganha o jogo.
Neymar. Sozinho, fez o que há muitos anos não se via nenhum jogador no mundo fazer, com um gol que qualquer sábio comentarista terá, no mínimo, enorme dificuldade para lembrar de outro igual. Flamengo, todo o time jogando bem, inclusive Ronaldinho Gaúcho.
No outro dia, várias manchetes na mesma direção. Em destaque: “Ronaldinho ofusca Neymar”; “Ronaldinho, que volta a ser o gênio dos tempos de Barcelona, comanda a reação carioca”.
Jogo seguinte, Flamengo 2 X 0 Grêmio. Atuação normal de Ronaldinho Gaúcho (até hoje estou sem saber se o gol foi dele ou do goleiro do Grêmio). Cruzeiro 0 X 1 Flamengo. Sem jogar um grande futebol, Flamengo superior ao Cruzeiro. Final do primeiro tempo, Ronaldinho faz falta no zagueiro (interessante, ninguém comentou), passa a bola para Deivid, gol. Segundo tempo, Cruzeiro desarrumado, desesperado, Flamengo melhor. Um detalhe: Ronaldinho não fez absolutamente nada.
Nos microfones (e agora também nas câmeras) da verdade, pipocam os comentários: Ronaldinho, the best.
Agora, o homem, que ocupa o lugar do menino, insiste em dizer: Não, Ronaldinho Gaúcho não está jogando nem perto da bola que os sábios manipuladores das consciências estão dizendo que ele está jogando. Ronaldinho Gaúcho não vai mais jogar a bola que os sábios manipuladores das consciências estão dizendo que ele está jogando.
O menino de Juazeiro voltou para machucar, com a lembrança de como era bom ser o menino de Juazeiro; inocente e puro, ouvindo a palavra dos sábios manipuladores das consciências.
Os assaltantes da consciência
Por Mauro Santayana*
Muitos cometemos o engano de atribuir a Goebbels a idéia da manipulação das massas pela propaganda política. Antes que o ministro de Hitler cunhasse expressões fortes, como Deutschland, erwacht!, Edward Bernays começava a construir a sua excitante teoria sobre o tema.
Bernays, nascido em Viena, trazia a forte influência de Freud: era seu duplo sobrinho. Sua mãe foi irmã do pai da psicanálise, e seu pai, irmão da mulher do grande cientista. Na realidade, Bernays teve poucas relações pessoais com o tio. Com um ano de idade transferiu-se de Viena para Nova Iorque, acompanhando seus pais judeus. Depois de ter feito um curso de agronomia, dedicou-se muito cedo a uma profissão que inventou, a de Relações Públicas, expressão que considerava mais apropriada do que “propaganda”. Combinando os estudos do tio sobre a mente e os estudos de Gustave Le Bon e outros, sobre a psicologia das massas, Bernays desenvolveu sua teoria sobre a necessidade de manipular as massas, na sociedade industrial que florescia nos Estados Unidos e no mundo. O texto que se segue é ilustrativo de sua conclusão:
“ A consciente e inteligente manipulação dos hábitos e das opiniões das massas é um importante elemento na sociedade democrática. Os que manipulam esse mecanismo oculto da sociedade constituem um governo invisível, o verdadeiro poder dirigente de nosso país. Nós somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos formados, nossas idéias sugeridas amplamente por homens dos quais nunca ouvimos falar. Este é o resultado lógico de como a nossa “sociedade democrática” é organizada. Vasto número de seres humanos deve cooperar, desta maneira acomodada, se eles têm que conviver em sociedade. Em quase todos os atos de nossa vida diária, seja na esfera política ou nos negócios, em nossa conduta social ou em nosso pensamento ético, somos dominados por um relativamente pequeno número de pessoas. Elas entendem os processos mentais e os modelos das massas. E são essas pessoas que puxam os cordões com os quais controlam a mente pública”.
Bernays entendeu que essa manipulação só é possível mediante os meios de comunicação. Ao abrir a primeira agência de comunicação em Nova Iorque, em 1913 – aos 22 anos – ele tratou de convencer os homens de negócios que o controle do mercado e o prestígio das empresas estavam “nas notícias”, e não nos anúncios. Foi assim que inventou o famoso press release. Coube-lhe também criar “eventos”, que se tornariam notícias. Patrocinou uma parada em Nova Iorque na qual, pela primeira vez, mulheres eram vistas fumando. Contratou dezenas de jovens bonitas, que desfilaram com suas longas piteiras – e abriu o mercado do cigarro para o consumo feminino. Dele também foi a idéia de que, no cinema, o cigarro tivesse, como teve, presença permanente – e criou a “merchandising”. É provável que ele mesmo nunca tenha fumado – morreu aos 103 anos, em 1995.
A prevalência dos interesses comerciais nos jornais e, em seguida, nos meios eletrônicos, tornou-se comum, depois de Bernays, que se dedicou também à propaganda política. Foi consultor de Woodrow Wilson, na Primeira Guerra Mundial, e de Roosevelt, durante o “New Deal”. É difícil que Goebbels não tivesse conhecido seus trabalhos.
A técnica de manipulação das massas é simples, sobretudo quando se conhecem os mecanismos da mente, os famosos instintos de manada, aos quais também ele e outros teóricos se referem. O “instinto de manada” foi manipulado magistralmente pelos nazistas e, também ali, a serviço do capitalismo. Krupp e Schacht tiveram tanta importância quanto Hitler. Mas, se sem Hitler poderia ter havido o nazismo, o sistema seria impensável sem Goebbels. E Goebbels, ao que tudo indica, valeu-se de Bernays, Le Bon e outros da mesma época e de idéias similares.
A propósito do “instinto de manada” vale a pena lembrar a definição do fascismo por Ortega y Gasset: um rebanho de ovelhas acovardadas, juntas umas às outras pêlo com pêlo, vigiadas por cães e submissas ao cajado do pastor. Essa manipulação das massas é o mais forte instrumento de dominação dos povos pelas oligarquias financeiras. Ela anestesia as pessoas – mediante a alienação – ao invadir a mente de cada uma delas, com os produtos tóxicos do entretenimento dirigido e das comunicações deformadas. É o que ocorre, com a demonização dos imigrantes “extracomunitários” nos países europeus, mas, sobretudo, dos procedentes dos países islâmicos. Acossados pela crise econômica, nada melhor do que encontrar um “bode expiatório”- como foram os judeus para Hitler, depois da derrota na Primeira Guerra – e, desesperadamente, organizar nova cruzada para a definitiva conquista da energia que se encontra sob as areias do Oriente Médio. Se essa conquista se fizer, há outras no horizonte, como a dos metais dos Andes e dos imensos recursos amazônicos. Não nos esqueçamos da “missão divina” de que se atribuía Bush para a invasão do Iraque – aprovada com entusiasmo pelo Congresso.
É preciso envenenar a mente dos homens, como envenenada foi a inteligência do assassino de Oslo – e desmoralizar, tanto quanto possível, as instituições do Estado Democrático – sempre a serviço dos donos do dinheiro. Quem conhece os jornais e as emissoras de televisão de Murdoch sabem que não há melhor exemplo de prática das idéias de Bernays e Goebbels do que a sua imensa empresa.
São esses mesmos instrumentos manipuladores que construíram o Partido Republicano americano e hoje incitam seus membros a impedir a taxação dos ricos para resolver o problema do endividamento do país, trazido pelas guerras, e a exigir os cortes nos gastos sociais, como os da saúde e da educação. Essa mesma manipulação produziu Quisling, o traidor norueguês a serviço de Hitler durante a guerra, e agora partejou o matador de Oslo.
* Jornalista do Jornal do Brasil, revista Carta Capital e Carta Maior, entre outros.
O que a mídia não lhe disse (mais uma vez)
A outra face do amigo do "filósofo" cansado…
Idelber Avelar: O que você não leu na mídia sobre Paulo Renato.
Morreu de infarto, no último dia 25, aos 65 anos, Paulo Renato Souza, fundador do PSDB. Paulo Renato foi Ministro da Educação no governo FHC, Deputado Federal pelo PSDB paulista, Secretário da Educação de São Paulo no governo José Serra e lobista de grupos privados. Exerceu outras atividades menos noticiadas pela mídia brasileira.
Por Idelber Avelar*
Nas hagiografias de Paulo Renato publicadas nos últimos dois dias, faltaram alguns detalhes. A Folha de São Paulo escalou Eliane Cantanhêde para dizer que Paulo Renato deixou um “legado e tanto” como Ministro da Educação. Esqueceu-se de dizer que esse “legado” incluiu o maior êxodo de pesquisadores da história do Brasil, nem uma única universidade ou escola técnica federal criada, nem um único aumento salarial para professores, congelamento do valor e redução do número de bolsas de pesquisa, uma onda de massivas aposentadorias precoces (causadas por medidas que retiravam direitos adquiridos dos docentes), a proliferação do “professor substituto” com salário de R$400,00 e um sucateamento que impôs às universidades federais penúria que lhes impedia até mesmo de pagar contas de luz. No blog de Cynthia Semíramis, é possível ler depoimentos às dezenas sobre o que era a universidade brasileira nos anos 90.
Ainda na Folha de São Paulo, Gilberto Dimenstein lamentou que o tucanato não tenha seguido a sugestão de Paulo Renato Souza de “lançar uma campanha publicitária falando dos programas de complementação de renda”. Dimenstein pareceu desconsolado com o fato de que “o PSDB perdeu a chance de garantir uma marca social”, atribuindo essa ausência a uma mera falha na campanha publicitária. O leitor talvez possa compreender melhor o lamento de Dimenstein ao saber que a sua Associação Cidade Escola Aprendiz recebeu de São Paulo a bagatela de três milhões, setecentos e vinte e cinco mil, duzentos e vinte e dois reais e setenta e quatro centavos, só no período 2006-2008.
Generosidade
Não surpreende que a Folha seja tão generosa com Paulo Renato. Gentileza gera gentileza, como dizemos na internet. A diferença é que a gentileza de Paulo Renato com o Grupo Folha foi sempre feita com dinheiro público. Numa canetada sem licitação, no dia 08 de junho de 2010, a FDE da Secretaria de Educação de São Paulo transfere para os cofres da Empresa Folha da Manhã S.A. a bagatela de R$ 2.581.280,00, referentes a assinaturas da Folha para escolas paulistas. Quatro anos antes, em 2006, a empresa Folha da Manhã havia doado a curiosa quantia – nas imortais palavras do Senhor Cloaca – de R$ 42.354,30 à campanha eleitoral de Paulo Renato. Foi a única doação feita pelo grupo Folha naquela eleição. Gentileza gera gentileza.
Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor do Grupo Folha. Os grupos Abril, Estado e Globo também receberam seus quinhões, sempre com dinheiro público. Numa única canetada do dia 28 de maio de 2010, a empresa S/A Estado de São Paulo recebeu dos cofres públicos paulistas – sempre sem licitação, claro, porque “sigilo” no fiofó dos outros é refresco –a módica quantia de R$ 2.568.800,00, referente a assinaturas do Estadão para escolas paulistas. No dia 11 de junho de 2010, a Editora Globo S.A. recebe sua parte no bolo, R$ 1.202.968,00, destinadas a pagar assinaturas da Revista Época. No caso do grupo Abril, a matemática é mais complicada. São 5.200 assinaturas da Revista Veja no dia 29 de maio de 2010, totalizando a módica quantia de R$1.202.968,00, logo depois acrescida, no dia 02 de abril, da bagatela de R$ 3.177.400, 00, por Guias do Estudante – Atualidades, material de preparação para o Vestibular de qualidade, digamos, duvidosíssima. O caso de amor entre Paulo Renato e o Grupo de Civita é uma longa história. De 2004 a 2010, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação de São Paulo transfere dos cofres públicos para a mídia pelo menos duzentos e cinquenta milhões de reais, boa parte depois da entrada de Paulo Renato na Secretaria de Educação.
Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor dos grandes grupos de mídia brasileiros. Ele também atuou diligentemente em favor de g rupos estrangeiros, muito especialmente a Fundação Santillana, pertencente ao Grupo Prisa, dono do jornal espanhol El País. Trata-se de um jornal que, como sabemos, está disponível para leitura na internet. Isso não impediu que a Secretaria de Educação de São Paulo, sob Paulo Renato, no dia 28 de abril de 2010, transferisse mais dinheiro dos cofres públicos para o Grupo Prisa, referente a assinaturas do El País. O fato já seria curioso por si só, tratando-se de um jornal disponível gratuitamente na internet. Fica mais curioso ainda quando constatamos que o responsável pela compra, Paulo Renato, era Conselheiro Consultivo da própria Fundação Santillana! E as coincidências não param aí.
Além de lobista da Santillana, Paulo Renato trabalhou, através de seu escritório PRS Consultores – cujo site misteriosamente desapareceu da internet depois de revelações dos blogs NaMaria News e Cloaca News –, prestando serviços ao … Grupo Santillana!, inclusive com curiosíssima vizinhança, no mesmo prédio. De fato, gentileza gera gentileza. E coincidência gera coincidência: ao mesmo tempo em que El País “denunciava”, junto com grupos de mídia brasileiros, supostos “erros” ou “doutrinações” nos livros didáticos da sua concorrente Geração Editorial, uma das poucas ainda em mãos do capital nacional, Paulo Renato repetia as “denúncias” no Congresso. O fato de a Santillana controlar a Editora Moderna e Paulo Renato ser consultor pago pelo Grupo Santillana deve ter sido, evidentemente, uma mera coincidência.
Cursinhos pré-vestibular
Mas que não se acuse Paulo Renato de parcialidade em favor dos grupos de mídia, brasileiros e estrangeiros. O ex-Ministro também teve destacada atuação na defesa dos interesses de cursinhos pré-vestibular, conglomerados editoriais e empresas de software. Como noticiado na época pelo Cloaca News, no mesmo dia em que a FDE e a Secretaria de Educação de São Paulo dispensaram de licitação uma compra de mais R$10 milhões da InfoEducacional, mais uma inexigibilidade licitatória era anunciada, para comprar … o mesmíssimo produto!, no caso o software
“Tell me more pro”, do Colégio Bandeirantes, cujas doações em dinheiro irrigaram, em 2006, a campanha para Deputado Federal do candidato … Paulo Renato!
Tudo isso para não falar, claro, do parque temático de $100 milhões de reais da Microsoft em São Paulo, feito sob os auspícios de Paulo Renato, ou a compra sem licitação, pelo Ministério da Educação de Paulo Renato, em 2001, de 233.000 cópias do sistema operacional Windows. Um dos advogados da Microsoft no Brasil era Marco Antonio Costa Souza, irmão de … Paulo Renato! A tramoia foi tão cabeluda que até a Abril noticiou.
Pelo menos uma vez, portanto, a Revista Fórum terá que concordar com Eliane Cantanhêde. Foi um “legado e tanto”. Que o digam os grupos Folha, Abril, Santillana, Globo, Estado e Microsoft.
*Idelber Avelar é colunista da Revista Fórum, professor da Tulane University, que fica em Nova Orleans-LA-EUA e mantém o blog O Biscoito Fino e a Massa.