Derrotistas derrotados

Por Ronaldo Souza

Ainda que não tenha adotado nesse episódio e tão somente nesse episódio, nada mais, o cinismo da Globo, foi muito pouco o que a Abril fez. Diante do que a Veja tem feito ao longo dos últimos 11 anos, somente reconhecer que errou nas previsões terroristas sobre a Copa é muito pouco.

Não posso deixar de reconhecer, entretanto, que saiu na frente dos outros.

Por que ela reconheceu a sua culpa nesse episódio?

Simples, muito simples.

Dessa vez a imprensa mexeu com uma coisa chamada futebol.

Futebol e política caminham juntos, apesar do reflexo de um no outro não ser exatamente o que se espera e se diz.

O futebol é um patrimônio do povo brasileiro. É o maior patrimônio no imaginário do povo desse país.

Segundo Nietzsche “a inteligência do homem tem limites, a estupidez não”.

A sanha com que partiram para cima da Copa do Mundo no Brasil é a maior prova disso

Esqueceram que deveria ser somente a Copa do Mundo no Brasil. Como em todos os outros países, um evento da FIFA.

Entretanto, movidos por objetivos menores, tacanhos, típicos do segmento social que ela formou e com o qual mantém íntima relação, a imprensa tentou transforma-la na Copa do Brasil.

É no Brasil, não pode ser bom; a insensatez se impôs.

Sabem o que é o pior?

Conseguiram.

Conseguiram fazer da Copa do Mundo, um evento que se repete a cada quatro anos em diferentes países do mundo, a Copa do Brasil.

Esta é a COPA DO BRASIL. Esta é a COPA DAS COPAS.

E não é a Copa das Copas por causa da quantidade de gols (como há muito tempo não se via) e 0 X 0 inesquecíveis, por causa dos belos estádios e da qualidade dos gramados (elogiados por todos), por causa das fan fest (quantos sabem fazer festa como os brasileiros?).

Isso ajuda, mas não é por isso. Virtudes e defeitos ela tem como todas as anteriores.

É a Copa do Brasil, a Copa das Copas, por tudo que a cercou.

Será que alguém imagina que existem vários correspondentes internacionais de todos os países no Brasil?

Não, não é assim. A imprensa internacional repercute a imprensa nacional. E divulga lá fora o que lhes parece mais importante, E em tempos de Copa do Mundo, quantas notícias serão mais importantes do que a Copa do Mundo?

O terrorismo da imprensa brasileira, particularmente da Globo, Veja, Folha e Estadão, transformou a Copa do Mundo que seria realizada no Brasil na pior das copas.

Muito antes de começar.

Muito antes de a bola rolar.

Aliás, a bola não ia rolar.

Não ia ter Copa.

Tentando destruir a imagem do país por interesses políticos, a imprensa brasileira detonou a Copa do Mundo que seria realizada no Brasil.

Pelos seus exclusivos interesses particulares.

Mas a imprensa internacional veio ao Brasil. E com ela vieram 3,5 bilhões de pessoas de todo o mundo.

E perguntaram.

Onde está o caos?

A imprensa internacional que repercutira a nacional agora a ridicularizava.

Um belíssimo tiro no pé.

A imprensa brasileira já caiu no ridículo há muito tempo.

Agora o mundo percebeu.

Ela vai continuar cínica e fazendo as mesmas coisas. E da mesma forma sabendo quem e porque vai continuar acreditando nela.

Mas, uma coisa é fato.

Terão cada vez mais uma quantidade muito menor de pessoas que ainda lhe darão alguma credibilidade.

A Seleção Brasileira ainda tem tempo para reverter o momento difícil pelo qual passa e tentar ser campeã. Continuemos a torcer para que nos gramados a nossa seleção ganhe.

Porque fora deles já ganhamos.

O Brasil venceu.

Você, que faz parte do povo brasileiro. Você, que faz parte desse povo maravilhoso. Você, que contribuiu para a realização da Copa do Brasil. Você, que contribuiu para a realização da Copa das Copas.

Você está de parabéns.