Herói ontem, capacho hoje, Moro já é lixo da História

Moro merda e hacker

Por Ronaldo Souza

A degradação de Sergio “Conje” Moro foi muito rápida.

Quantos conseguem ou querem ver é o que menos importa, ou simplesmente não importa.

O herói nacional que entrou no governo do mico para lhe dar respaldo moral, o super ministro que seria a grande referência do governo, derreteu.

Completamente desmoralizado, foi-se por completo o sonho de ser presidente da república, seu desejo de há muito.

Sonho esse que ele já trabalhava como ministro da justiça, o que o tornava alguém perigoso para o pensador que hoje ocupa a cadeira da presidência.

O pensador, também conhecido como mico, já fora alertado para isso por assessores; “Cuidado! Na sua sanha por poder, Moro vai lhe trazer dificuldades”.

Claro que não nesses termos, pois traria “dificuldades” para a compreensão do mico.

Foi esse o teor, mas dito de outra forma.

Os vazamentos iniciais do governo do mico para a Globo deram os primeiros sinais de que realmente as coisas fugiriam do controle e acenderam a luz amarela. O mico, num esforço mental que quase queima seu esforçado neurônio, começou a perceber que de fato corria risco.

A rapidez com que andavam as investigações no ministério público do Rio de Janeiro sobre um dos vice-presidentes, Flávio Bolsonaro, um rico plantador de laranjas, chamaram a atenção também.

E aí, como que de repente, Bolsonaro deixou de brigar para dar o Coaf a Moro.

Vamos lá.

Não é pelo Coaf que se investigam as movimentações financeiras?

Estas não ‘abririam’ de vez a caixa preta das relações com os milicianos?

Nas mãos de Moro, como andariam, por exemplo, as investigações do Coaf sobre o vice-presidente Flavio Bolsonaro e sua íntima relação com os milicianos?

Você percebe que com o Coaf, Moro teria um poder enorme?

Percebe também que ele teria Bolsonaro na mão?

Mesmo o mico percebeu que, de lá de dentro, Moro trabalharia para detonar seu governo.

O que fez?

Como um Red Bull ao contrário, cortou-lhe as asas.

Tirou o Coaf dele.

Enquanto isso, os geniais gênios de genialidade genial, sentados com as suas camisas amarelas CBF-padrão FIFA nas confortáveis poltronas dos auditórios da estupidez no Farol da Barra (como dói falar assim de algo que é tão caro aos baianos como o Farol da Barra, símbolo de tanta coisa na nossa história e ao mesmo tempo de rara beleza) e nas avenidas paulistas espalhadas pelo país, defendiam bravamente o Coaf nas mãos do Conje; em nome do combate à corrupção.

Como se Bolsonaro quisesse realmente que fosse assim.

Meu Deus!

Como são geniais os geniais gênios de genialidade genial, também conhecidos como miquinhos amestrados, nata da inteligência e intelectualidade da nossa rica e culta classe média.

Aproveito para parabenizar a Polícia Federal.

Que se registrem, com os devidos elogios, a competência e rapidez da Polícia Federal em localizar bandidos.

Viram como rapidinho, rapidinho chegaram nos hackers!

Por falar nisso, cadê Queiroz?

O problema é que o episódio dos hackers só complicou a vida de Moro e expôs toda a sua incapacidade de pensar, acostumado que ficou a não precisar fazer isso. A força que teve como juiz lhe permitiu fazer o que agora mostra ser a sua grande característica; a truculência.

Mesmo partindo de um homem do qual sempre chamei a atenção para as evidentes limitações de inteligência (falo disso há anos), é incrível como ele não percebeu o tiro que daria no pé por conduzir a questão dos vazamentos e dos hackers como fez.

Moro prenderam os hackers

É inacreditável.

Nitidamente tentando tirar do foco mais uma fraude que cometera, atraiu a atenção do país para a necessidade de identificação dos “criminosos invasores” do celular de autoridades brasileiras, como brilhantemente afirmado por Dallagnol, o procurador que procura e acha dinheiro com extrema facilidade.

Foi tão convincente na necessidade de se buscarem os criminosos, que por pouco os miquinhos amestrados também não saíram à procura daqueles miseráveis bandidos.

E, não esqueça, bandido bom é bandido morto.

Ou pelo menos deportado.

O He-Man (eu tenho a força, lembra?) usou o que tinha; a força.

Não pensou.

Não pensou e procurou os autores do que não existia.

Afinal, depois de reconhecerem os diálogos, ele e Dallagnol passaram a dizer que eram falsos, que não reconheciam e que caso fossem verdadeiros poderiam estar alterados.

No entanto, ele se apressou a pedir desculpas ao MBL por causa de uma crítica feita a eles, revelada nos… diálogos.

Pedir desculpas por uma crítica feita em diálogo que não existe!!!

Descer do pedestal da arrogância e prepotência e pedir desculpas só mostra uma coisa quando se trata de Moro; o desespero que tomou conta dele. Ele está de tal forma que não pode desagradar a ninguém. Agora precisa de todos, sem exceção, até do MBL.

Por outro lado, se os diálogos são falsos por que tamanha preocupação em descobrir os hackers?

Depois de tanto procura-los e perceber que só fizeram confirmar que os diálogos são verdadeiros, o que faz Moro agora?

Tenta desqualifica-los!!!

E nisso, desqualificar os adversários (agora no Brasil juízes têm adversários e não eventuais réus para julgar), há que se reconhecer; eles são mestres.

Mas algo mais ainda estava por vir.

O maior escândalo do judiciário brasileiro estava para vir à tona.

E foi aí que aconteceu.

Moro revelou qual era o verdadeiro objetivo em descobrir os hackers.

Uma violência jamais vista no Brasil.

O Ministro da Justiça do Brasil propôs a destruição de provas.

Destruição de provas.

Diante de todos os microfones e câmeras, diante de toda a nação.

Abertamente.

Escancaradamente.

Vergonhosamente.

O rei está, definitivamente, nu.

Moro e a corrente

Ainda há mais, que aos poucos vai aparecer, mas a podridão que já veio à tona desse reinado em qualquer país que se diga sério seria suficiente para, no mínimo, afastar esses homens dos seus cargos públicos.

É uma verdadeira imoralidade.

Para Moro foi-se de vez o sonho da presidência.

Mas há ainda um plano B.

Supremo Tribunal Federal.

STF. 

A sigla mágica.

A que faz homens e mulheres pensarem que são supremos homens e mulheres, quando muitas vezes sequer são homens e mulheres.

Mesmo para esse tribunal também vergonhoso, Moro está completamente desqualificado, como desqualificado está para qualquer cargo público.

Moro é um homem indecente.

O super ex-juiz, agora super ex-ministro, continua ardentemente desejando ser um supremo ministro.

Por conta disso, tornou-se um dependente da boa vontade do mico.

Passou a comer na sua mão.

Um capacho que agora se limita a concordar e aprovar tudo que o mico propõe ou faz.

Não que isso represente qualquer tipo de dificuldade para ele.

Camaleônicos se adaptam a qualquer situação.

Para eles, nenhum energético é mais efetivo que a ambição pelo poder.

Moro é a maior fraude do Brasil nesses longos e tenebrosos últimos anos.

Ele e Dallagnol só não foram afastados dos seus cargos porque o Brasil de hoje é um país que perdeu o respeito por si próprio.