Por Ronaldo Souza
Mais uma vez Gilmar Mendes atropelou princípios elementares das normas jurídicas.
Concedeu liminar a uma solicitação do PSDB de suspensão da posse de Lula como Ministro da Casa Civil do governo Dilma.
Além disso, enviou o processo de volta ao juiz Moro.
Até aí, tudo bem.
Há, porém, dois detalhes.
O relator do processo é o Ministro Teori Zavascki, portanto caberia a ele qualquer decisão.
A outra questão diz respeito ao fato de que a liminar foi concedida sobre solicitação encaminhada pela Dra. Marilda Silveira, advogada subordinada a Gilmar Mendes e coordenadora da Pós-Graduação do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro.
Se o ministro Fachin recusou um parecer sobre a referida liminar alegando ser suspeito por ser amigo de um dos advogados de Lula, pode-se imaginar o grau de suspeição de Gilmar Mendes nas condições descritas.
Estranhou-se muito a demora do STF para se manifestar, mas ao fazê-lo, através do ministro Teori, exigindo a devolução do processo, as coisas tomaram outro rumo.
Ferida nos seus interesses, algo sempre inimaginável e inaceitável por ela, a ameaça da Globo, via editor da revista Época, foi imediata, desrespeitosa e fascista.
Um estímulo a agressão.
https://www.youtube.com/watch?v=Gl9qtCTD008
Entretanto, não é a primeira vez que a Globo faz isso.
No julgamento do mensalão (o do PT), o ministro Lewandowski já acusara que o STF julgou com a faca no pescoço.
A faca foi identificada como peça do faqueiro da Globo.
Se essa é a Democracia de que tanto fala a Globo, assusta a possibilidade de ela se estabelecer no Brasil.
Se o conceito de liberdade de expressão da Globo é esse e alcança um ministro do Supremo Tribunal Superior, assusta mais ainda imagina-lo pairando sobre a cabeça de um simples mortal.
Ou seja, do homem brasileiro.
O estímulo à violência da Globo não poderia ter outros resultados.
Até aonde isso irá?