Por Fernando Brito, no Tijolaço
O Brasil é o país do inacreditável.
Leio que os tucanos entraram no STF – e justo nas mãos de Gilmar Mendes – para garantir “protestos ideológicos” nos jogos da Copa.
Tradução: para que tucaninhos, devidamente preparados, exibam cartazes contra o Governo Dilma para que sejam generosamente focalizados pelas câmaras da Rede Globo.
Não é contra uma gaiatice da torcida que ironize alguém por alguma coisa, como fez o Mineirão em 2008, proclamando a superioridade de Aécio Neves sobre Diego Maradona em algumas práticas.
É o ”filma eu, Galvão” de Aécio Neves.
Coisa de canalhas oportunistas.
É a coroação de lata de um processo monstruoso feito contra o direito do Brasil e de seu povo terem uma Copa do que ela é de fato: de futebol.
De tão ridícula, nem mesmo caindo nas mãos de Gilmar Mendes a ação tucana deve prosperar.
Afinal, se prevalecer o argumento de que a liberdade de manifestação independe da forma, do lugar ou do momento, poderíamos imaginar o Supremo Tribunal Federal decidindo em meio a faixas e cartazes das partes, não é?
Imagine o Dr. Gilmar Mendes julgando o banqueiro Daniel Dantas em meio a placas exibindo um “Prende ele, Gilmar”.
Ou o Dr. Barbosa prolatando suas duras decisões diante de uma faixa dizendo “Troque Miami por Copacabana, Doutor”.
Não é assim que as coisas devem ser, depois dessa babaquice tucana?