Por Ronaldo Souza
Lembram do famoso espírito do Natal?
Falo do verdadeiro e não daquele que nas noites de Natal enche as nossas casas com brindes, presentes e comida.
Você o tem visto?
Não seria hoje o dia do amor?
Presentes, brindes, promessas, juras de amor eterno…
Talvez hoje não faltem corações cheios de amor para dar a amadas e amados e declarações da vida feliz que levamos.
É possível que se manifestem hoje com intensidade nas redes sociais, onde a nossa felicidade é servida em finos talheres, pratos e taças.
Parabéns!
“Amar é jamais ter que pedir perdão”.
Ouvi essa frase de um colega na porta da Faculdade de Odontologia da UFBA, todos nós ainda alunos de graduação.
Dá para imaginar há quantos anos?
Encantado com o filme “Love Story”, sucesso estrondoso naquela época, o colega a repetia como parte de sua entusiasmada narrativa sobre o filme.
Nele, ela tinha cumprido seu papel, em mim, mesmo aos 20 anos, não.
Era uma frase de efeito que, como tantas outras, são criadas para marcar um filme.
Se há algo que torna maior e mais forte o amor é justamente o perdão.
Aprender a perdoar é aprender a amar.
E amar não é trocar beijos ardentes, enviar flores, fazer juras eternas… Ou, pelo menos, não é somente isso.
Quero amar e amo esse amor.
E a minha frase redundante é intencional, porque não quero ficar restrito a essa forma de amar.
“Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental”.
A famosa frase de Vinicius de Moraes (Receita de Mulher, um dos seus poemas) sempre foi polêmica, talvez porque tenha sido muito reduzida na sua interpretação.
Que me perdoem os amantes, mas amar é fundamental.
E amar não pode ser reduzido na sua compreensão.
Amar é amar o amigo.
Amar é amar a companheira, o companheiro.
Amar é amar pessoas, sejam elas de que sexo-religião-cor forem.
Amar é se contrapor à mentira e ao ódio.
Amar é abraçar.
Amar é um gesto.
Amar é um sorriso.
Amar é seduzir com um olhar de afeto.
Amar é ternura.
Quem ama, ama viver.
Quem ama viver, ama a vida.
Quem ama, ama quem ama a vida.
Você tem visto o amor?