Primeiro, veja essas duas manchetes:
1. Brasil desiste de vinda de 6.000 médicos cubanos
2. ‘Alvo’ do Brasil, Portugal buscou médicos em Cuba
Ambas são do jornal a Folha de São Paulo, em “reportagens” feitas pela jornalista Flávia Marreiro, que você pode ler aqui e aqui.
Agora veja a matéria do Correio do Brasil e volto a falar com você ao final dela.
Negociações entre Brasil e Cuba para contratação de médicos seguem normais
Não procede a informação de que o Ministério da Saúde tenha paralisado negociações com o governo cubano para a contratação de médicos formados naquele país. Segundo a assessoria de Comunicação Social do ministro Alexandre Padilha, ao Correio do Brasil, “o programa lançado nesta segunda-feira não traz qualquer alteração na política de contratação de médicos do exterior, nem em relação a Cuba ou qualquer outro país”.
O desmentido ocorre sobre uma matéria publicada na última edição do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, na qual a repórter Flávia Marreiro afirma que “o Brasil paralisou as negociações com Cuba” para a contratação de 6 mil médicos cubanos.
– Não sei de onde a repórter tirou essa informação. Aqui na assessoria (de imprensa) não foi, e em nenhum outro segmento do Ministério, pois o programa lançado pelo ministro na tarde desta segunda-feira está pronto e não traz, de forma alguma, essa informação – afirmou a jornalista que conversou com a reportagem do CdB.
A Folha também afirma que “nem o Ministério da Saúde nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora diz que ela está congelada, explicam as razões da mudança de planos”. Mas a resposta do Itamaraty foi ainda mais contundente.
– Isso é tudo invenção. A repórter já ligou com a matéria pronta. Por mais que disséssemos serem improcedentes todas as informações que ela apresentava, de nada adiantou – afirmou a assessora do Ministério das Relações Exteriores, ao CdB.
Ainda de acordo com o Itamaraty, compete à chancelaria brasileira viabilizar os trâmites legais e as negociações entre os governos brasileiro e cubano para a contratação dos profissionais, “mas em momento algum é tarefa do Ministério das Relações Exteriores traçar a política pública de saúde do país”, acrescentou.
A informação da Folha, de que “a desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo” também foi categoricamente desmentida por alta fonte do governo cubano próxima às negociações, ouvida por telefone pela reportagem do CdB, em condição de anonimato.
– Em nenhum momento houve a suspensão das negociações com o governo cubano para o envio dos médicos ao Brasil. Aqui (em Havana), a notícia sequer repercutiu, pois os preparativos para a viagem dos profissionais que seguirão ao B
rasil seguem normais, sem nenhuma intercorrência. Ao contrário do que disseram aí (no Brasil), estão todos muito felizes em poder contribuir para a saúde dos nossos irmãos brasileiros – afirmou.
rasil seguem normais, sem nenhuma intercorrência. Ao contrário do que disseram aí (no Brasil), estão todos muito felizes em poder contribuir para a saúde dos nossos irmãos brasileiros – afirmou.
O programa de contratação de médicos estrangeiros, em curso no Ministério da Saúde, também buscará profissionais de outros países, como Espanha e Portugal.
– Não há exclusão de nenhum país, exceto aqueles que tenham uma relação médico/habitante menor do que a do Brasil. Esta é a única condição impeditiva para a contratação de profissionais de saúde de outras nacionalidades – concluiu a assessora do Ministério.
Posso assegurar a você que esse tipo de manipulação não é de agora. Houve um período em que diminuiu bastante, mas nos últimos dez anos ela ocorre todos os dias.
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