Por Ronaldo Souza
“Por que será que toda vez que a coisa aperta Moro some? Sem a toga, vão embora algumas coisas. A valentia é a primeira. O recurso é sempre se esconder…“
Esse é um trecho de um brevíssimo comentário que fiz no dia 30/03 no FaceBook.
No dia 31/03, um dia depois, leio que “Moro confronta Bolsonaro e autoriza uso da Força Nacional pelo Ministério da Saúde”.
Perdi as contas de quantas vezes já falei aqui (há anos faço isso) sobre o ex-juiz que desonrou a sua categoria, o país, mas que desonra acima de tudo a raça humana.
Já tive oportunidade de dizer que ele é o pior caráter que existe entre os ministros do governo.
Bolsonaro sabe disso. Aliás, o que também já disse aqui.
Bolsonaro, também covarde e oportunista (eles se identificam como iguais, por isso são naturalmente assimiladas as rasteiras e traições entre eles), sabe disso mais do que ninguém.
O tempo todo Bolsonaro soube que tinha um traidor dormindo com ele.
A mulher de Moro agora anda dizendo que apoia o ministro da Saúde
A traição do ex-juiz, “conje” dela, agora se manifesta abertamente e por diversos canais.
Natural.
Ratos pegam o que está ao alcance.
Como ratos que farejam à distância o queijo que surge de repente, Moro observou a fragilidade de Bolsonaro nesse momento.
Percebendo que estava fora da mídia e que a grande estrela agora é Mandetta, o ministro da Saúde, promoveu o espetáculo do esquema do Ministério da Justiça à disposição do ministro estrela.
Não é hora de falar do político Mandeta, que goza da popularidade que Moro um dia experimentou.
A sua história política não o recomenda, mas há uma diferença fundamental entre ele e Moro, colega seu na Esplanada dos Ministérios.
Até pelo momento que vivemos, dispenso-me de qualquer comentário sobre o homem e o político e me atenho à sua condição de ministro da Saúde.
Apesar de suas fraquejadas, expressão que o Capitão Corona que ocupa a cadeira presidencial já utilizou para se referir à sua própria filha e característica pessoal dele, talvez seja difícil acusar Mandeta como médico à frente do ministério da Saúde nesse momento.
Até que se prove o contrário.
Bateu de frente com o Capitão Corona, manteve as ações que estavam determinadas pelo seu ministério, enfim, vem tendo um comportamento que em nada se assemelha à covardia e oportunismo do “conje” de Rosângela Moro.
Covarde, frio, calculista, carreirista e de olho em uma cadeira do STF, prometida pelo homem que “não é presidente mais” (segundo o filósofo haitiano), todo esse tempo Moro agiu como um capacho de péssima qualidade do presidente que nunca governou e não será agora que vai governar.
Até porque, como disse o filósofo haitiano, ele “não é presidente mais”.
Agora como ministro da justiça, tal qual como foi como juiz federal, Moro acobertou todas as jogadas e falcatruas do maior pesquisador da cloroquina, depois de Trump.
Acobertou tudo dos filhos, particularmente Flavio Bolsonaro, do nosso mais recente pesquisador e profundo conhecedor de substâncias químicas na área da saúde, protegeu Queiroz (por onde anda?), milicianos…
Mas, será que vislumbrou que é chegada a hora de pular do barco?
Estará sendo orientado outra vez por alguém?
Seria pelas “câmaras” de televisão? (como do alto de sua cultura ele chama Câmara [dos Deputados] de câmera, é possível que também faça o contrário, chamar câmeras de câmaras de televisão).
Estaria sendo orientado por determinado setor da imprensa? (já notou como estava desaparecido e de repente começou a aparecer nas coletivas de Mandeta?).
Percebendo o momento de extrema fragilidade e novo surto de desequilíbrio mental do Capitão Corona, Moro aproveita para emitir opiniões e tomar atitudes contrárias às do chefe.
E o que acontece com quem não engole os vômitos do nosso mais recente pesquisador?
Porrada nele!
Agora, o nosso herói nacional está sendo fuzilado (opa, é um perigo usar figuras de linguagem para determinados segmentos da sociedade) pela reserva selvagem do Capitão Corona.
Ou recua, como Bolsonaro faz todo dia, ou vai apanhar mais.
E mais do que ninguém, Moro sabe do que é capaz a reserva selvagem do Capitão Corona.
Trair não representa só um verbo para o ex-juiz.
É algo mais.
Alguma novidade?
Só para os idiotas.
Moro é isso.
Nada mais que um covarde oportunista.